quarta-feira, 10 de julho de 2013

Batalha nos Tribunais

Telexfree sofre quinta derrota consecutiva no Judiciário

A cada dia vai ficando mais remota a possibilidade da empresa Ympactus Comercial Ltda. - ME, detentora da marca Telexfree no Brasil, voltar a funcionar.

Acusada de praticar pirâmide financeira em meio a uma suposta atividade de marcketing multinível, a Telexfree do Brasil e seus sócios foram demandados pelo Ministério Público do Estado do Acre, que entrou em Juízo com uma Ação Cautelar Inominada, para suspender as atividades da empresa em todo o Brasil e bloquear as contas da Telexfree o dos seus sócios.

Nos autos do Processo nº 0005669-76.2013.8.01.0001, da Segunda Vara Cível da Comarca de Rio Branco, Capital do Acre, foi concedida a medida liminar requerida pelo Ministério Público acreano, e as atividades da Telexfree foram suspensas, com ordem de bloqueio de contas da empresa e dos seus sócios. A decisão data de 18 de junho de 2013 e foi publicada no dia 19 de junho de 2013.

A Ympactus Comercial Ltda. - ME e os seus sócios interpuseram então um Recurso de Agravo de Instrumento, em que também pediram uma medida liminar para tornar sem efeito aquela decisão da 2ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco. No Tribunal de Justiça do Acre o Agravo recebeu o número 0001475-36.2013.8.01.0000.

No dia 24 de junho de 2013, o relator do Recurso, desembargador Samoel Evangelista, da Segunda Câmara Cível do TJAC, indeferiu a medida liminar requerida pela Telexfree e por seus sócios, mantendo assim a decisão de Primeiro Grau, oriunda da 2ª Vara Cível de Rio Branco. Foi a segunda derrota judicial da Telexfree e dos seus sócios.

Aí então a Telexfree e os sócios da empresa deram entrada numa Ação Cautelar no Superior Tribunal de Justiça - STJ, situado em Brasília. Naquela Corte Especial, que registrou a ação com o número 0214799-56.2013.3.00.0000, a Telexfree e os sócios também não tiveram êxito processual, pois o STJ extinguiu a ação cautelar liminarmente, sem julgamento do mérito.

Nos autos do Agravo de Instrumento em curso perante o Tribunal de Justiça do Acre, a empresa e os sócios também apresentaram outro Recurso, de Agravo Regimental, interposto nos mesmos autos do Agravo de Instrumento. Neste dia 8 de julho (segunda-feira), porém, a Segunda Câmara Cível do TJAC, à unanimidade de votos, indeferiu o novo recurso da Telexfree.

A quinta e mais recente derrota da Telexfree nessa batalha judicial travada entre ela e o Ministério Público do Acre aconteceu neste dia 10 de julho. Em autos de Mandado de Segurança impetrado pela Telexfree junto ao Pleno do Tribunal de Justiça do ACRE, registrado sob o número 001907-55.2013.8.01.0000, a relatora do processo, desembargadora Eva Evangelista de Araújo Souza, indeferiu liminarmente a petição de Mandado de Segurança, extinguindo o feito sem julgamento do mérito.

Ainda faltam ser julgados, no mérito, a Ação Cautelar Inominada que tem andamento pela Segunda Vara Cível da Comarca de Rio Branco, ajuizada pelo Ministério Público, e o Recurso de Agravo de Instrumento, apresentado pela Telexfree e por seus sócios, em curso perante o Tribunal de Justiça do Acre.

Depois do Acre, Telexfree e similares são investigadas noutros Estados

Depois que o Ministério Público do Estado do Acre iniciou densa investigação nas atividades da Telexfree, o Ministério Público e órgãos de defesa do consumidor de outros Estados passaram a investigar não apenas esta empresa, mas também outras que dizem operar com marcketing multinível, como BBOM, NNEX, Multiclick e outras.

No Rio Grande do Norte, essa investigação também foi iniciada.

O Ministério da Justiça, por seu órgão competente, também desencadeou investigação semelhante.

No Estado de Goiás, decisão liminar desta quarta-feira, 10, mandou bloquear bens da empresa BBOM.

O cenário jurídico, antes sem problema, começa a ficar complicado para a Telexfree e para outras empresas de agir semelhante.

Divulgadores pedem ressarcimento na Justiça

O cansaço e a desesperança parecem abater muitos divulgadores da Telexfree. Diante de tantas decisões desfavoráveis à empresa e já existindo um razoável valor bloqueado pela Justiça, muitos divulgadores estão procurando a Justiça, com ações individuais, para buscarem ressarcimento para o investimento que fizeram junto à referida empresa.

No Acre, já se tem notícia de ações ajuizadas por divulgadores da Telexfree. No Rio Grande do Norte, o blog teve acesso a vários registros de ações cíveis movidas por divulgadores da marca.

Se a moda pegar, é capaz de o valor bloqueado pela Justiça do Acre não ser suficiente para o ressarcimento de divulgadores da Telexfree.

Telexfree: microempresa que movimenta valores de grandes companhias

Um fato peculiar chamou a atenção durante os debates no julgamento de recurso da empresa Telexfree no último dia 8 de julho, em sessão da Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Acre.

É que, registrada como microempresa, a Ympactus Comercial Ltda. - ME, que utiliza a marca Telexfree, movimenta um elevadíssimo capital (de milhões de reais, quiçá na casa dos bilhões), muito acima dos limites que seriam os permitidos para uma microempresa.

São milhões (ou bilhões) de reais movimentados até aqui pela Telexfree, que aos olhos dos valores econômicos, mais parece uma grande companhia.

Questionado pela imprensa do Acre sobre este aspecto, um dos advogados da Telexfree, presente àquele julgamento, não deu maiores explicações.

Com informações de www.tjac.jus.br, www.tjrn.jus.br, www.stj.jus.br e www.ac24horas.com

Patu

Sociedade patuense discute sobre novo CDP

No finalzinho do governo Wilma de Faria/Iberê Ferreira de Souza (PSB) foram criados em vários lugares do Rio Grande do Norte diversos Centros de Detenção Provisória - CDP´s, que passaram a integrar o sistema prisional do Estado.

Os CDP´s foram instalados em antigas e precárias carceragens de Delegacias de Polícia. Serviram para se buscar atender basicamente a duas finalidades: "aumentar" o número de vagas no sistema penitenciário estadual e tirar das Delegacias de Polícia Civil a responsabilidade pela custódia de presos, o que sempre foi uma bandeira de luta do SINPOL/RN - Sindicato dos Policiais Civis do Rio Grande do Norte.

Em Patu, o lugar que servia de carceragem para presos da 7ª Delegacia Regional de Polícia Civil (DRPC) foi transformado num Centro de Detenção Provisória. O CDP patuense, a exemplo de tantos outros espalhados pelo Estado, está, assim, localizado numa extensão do prédio que abriga a 7ª Delegacia Regional de Policia Civil, que, por sua vez, localiza-se ao lado da Companhia de Polícia Militar - CPM de Patu, todos na Rua Lucas Matias, no Bairro Costa e Silva.

Nesses dias, o governo do Rio Grande do Norte publicou edital para o que chamou de obra de ampliação do Centro de Detenção Provisória - CDP de Patu.

Segundo a Administração Pública Estadual, a nova unidade prisional patuense terá capacidade para abrigar oitenta detentos. Atualmente a unidade conta apenas com duas celas, com capacidade para, no máximo, vinte presos.

Depois do lançamento do edital licitatório, tem sido grande o burburinho em terras patuenses.

Antes mesmo desse lançamento, o deputado estadual Gilson Moura (PV), que é de Patu e que integra a base de apoio da governadora Rosalba Ciarlini Rosado (DEM), manifestou-se contrariamente à construção deste novo CDP em solo patuense.

Agora, oficialmente anunciada a obra, a sociedade patuense, na imensa maioria dos que já se manifestaram publicamente (inclusive em redes sociais da internet), tem se mostrado contrária à construção de um novo CDP em Patu, mesmo que se diga que se trata apenas de uma ampliação.

A prefeita Evilásia Gildênia de Oliveira (PSB), o ex-prefeito e atual secretário municipal de Saúde Ednardo Benigno de Moura, o secretário municipal de Administração e Finanças, Rivelino Câmara, e outros setores da Administração Municipal emitiram declarações contrárias à construção de um novo CDP em Patu.

Na internet, principalmente em blogs e pelo facebook, diariamente muitos patuenses opinam a respeito do assunto, sendo a grande maioria contrária à obra anunciada pelo governo do Estado.

Das lideranças políticas locais que apoiaram o projeto de eleição de Rosalba em 2010, apenas a vereadora conhecida como Kaká de Bodinho apresentou manifestação pública quanto ao tema. E, filiando-se à corrente do contra, disse também ser contra a construção do novo CDP de Patu.

Entre os muitos argumentos lançados publicamente por pessoas diversas, diz-se que Patu tem outras necessidades urgentes, em áreas primordiais.

É dito ainda que o governo do Estado deveria primeiramente colocar em funcionamento duas caixas d´água que foram erguidas recentemente na cidade - uma no Bairro Costa e Silva e outra na entrada da cidade, às margens da Rodovia BR 226 -, para se tentar resolver, assim,o problema da falta d´água no Município.

Vários outros que se manifestam publicamente argumentam que o novo Centro de Detenção Provisória de Patu será um grande perigo para a sociedade local, já que será edificado numa área muito habitada - entre os Bairros Costa e Silva, Epitácio de Andrade (Fomento) e Centro - e não terá qualquer segurança, vez que sabidamente o número de agentes penitenciários é mínimo e existe também enorme déficit no número de policiais militares lotados na Companhia de Polícia Militar patuense.

Dizem ainda os defensores da não-construção do novo CDP que, projetado para receber oitenta detentos, a unidade prisional facilmente abrigará o dobro ou até o triplo do número da sua real capacidade, por ser esta uma prática existente em todo o sistema penitenciário estadual, que funciona com superlotação da sua população carcerária.

Neste sentido, aliás, muitos que publicam comentários nas redes sociais defendem que, ao invés de construir um novo CDP em Patu, o Estado deveria aumentar o efetivo policial patuense e até transformar a Companhia de Polícia Miltiar num Batalhão de Polícia Militar, que tem diversas vantagens, inclusive a de poder formar seus próprios policiais.

Audiência pública sobre novo CDP acontecerá nesta quinta-feira, 11

Emprestando acústicas ao eco das ruas e da manifestações nas redes sociais, a Câmara Municipal de Patu, sob a presidência do vereador Suetônio Moura, realizará nesta quinta-feira, 11 de julho, uma audiência pública, para ampla discussão sobre a proposta do governo do Estado de construir em Patu um novo Centro de Detenção Provisória - CDP.

A audiência terá início às 15 horas e deverá contar com a presença de diversas autoridades e lideranças locais e estaduais.

Antes, comentava-se que haveria mobilização popular pelas ruas da cidade, em caminhada que iria do Bairro da Estação até à sede do Parlamento Municipal, localizada no centro da cidade.

No entanto, lendo-se as matérias mais recentes postadas em blogs e noutras redes sociais, não se tem mais certeza quanto à manifestação pelas ruas de Patu. De qualquer forma, ela não parece de todo descartada.

Depois da Telexfree...

Em Goiás, Justiça determina bloqueio de bens da BBOM
A Justiça Federal acatou pedido formulado pelo Ministério Público Federal (MPF)em Goiás, em ação cautelar preparatória, e decretou a indisponibilidade dos bens da empresa EMBRASYSTEM – Tecnologia em Sistemas, Importação e Exportação Ltda, conhecida pelos nomes fantasia “BBOM”  e “UNEPXMIL”,  e da empresa BBRASIL ORGANIZAÇÕES E MÉTODOS LTDA, bem como dos bens dos sócios proprietários dessas empresas.
Ao analisar a documentação juntada pelo Ministério Público Federal, a Justiça entendeu pela existência de robustos indícios de que o modelo de negócios operado pela empresa BBOM se trata, na verdade, de uma “pirâmide financeira”, prática proibida no Brasil e que configura crime contra a economia popular.
A decisão traça, primeiramente, as diferenças entre o modelo de negócios denominado “marketing multinível” ou “marketing de rede”, e o golpe conhecido por “pirâmide financeira”.
Segundo a Justiça, o produto da BBOM, um rastreador de veículos, não possui cadastro na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Fonte: www.ac24horas.com

Mossoró

Inaugurado em dezembro de 2012, novo Fórum Silveira Martins ainda não funciona

A construção do novo Fórum Municipal Silveira Martins, de Mossoró, teve início em agosto de 2010.

O novo prédio que abrigará o Fórum, que está localizado na Alameda das Carnaubeiras, no Conjunto Ulrick Graff, numa área onde já estão os Fóruns da Justiça Federal e da Justiça do Trabalho, custou aos cofres públicos o valor de R$ 14.761.428,23 (quatorze milhões, setecentos e sessenta e um mil, quatrocentos e vinte oito reais e vinte e três centavos).

Cedido pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA, o imóvel tem uma área construída de 20.000 metros quadrados.

As novas instalações do Fórum Silveira Martins comportam o funcionamento de trinta Varas (incluíndo-se aí as Varas do Juizado Especial), além de Plenário do Tribunal do Júri Popular, Sala dos Advogados, Sala do Ministério Público e outras dependências.

Em 17 de dezembro de 2012 houve a inauguração do novo Fórum Municipal Silveira Martins, em solenidade que contou com a presença da então presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte, desembargadora Judite Nunes, do diretor do Fórum Municipal, juiz de Direito Cornélio Alves de Azevedo, da governadora do Estado, médica Rosalba Ciarlini Rosado, de reitores de universidades e várias outras autoridades políticas e judiciais de Mossoró e do Rio Grande do Norte.

O problema é que, embora tenha sido inaugurado em dezembro do ano passado, o novo Fórum Silveira Martins continua sem funcionar.

Enquanto isso, algumas Varas da Comarca de Mossoró estão instaladas no prédio antigo do Fórum Silveira Martins, situado na Avenida Rio Branco, no centro da cidade, e em vários Anexos, como são os casos, em exemplos, das Varas de Família, que estão instaladas num prédio antigo localizado na Praça do Correio, no centro, e da Vara da Fazenda Pública, que funciona num imóvel inadequado localizado na Avenida Alberto Maranhão, próximo à Igreja de São Vicente, também no centro.

O Juizado Especial Cível e Criminal, que tem uma Vara Criminal e algumas Cíveis, e a Vara da Infância e da Juventude também funcionam em Anexos, que, apesar do nome oficialmente adotado (que parece indicar proximidade, ao lado), estão localizados, todos, distantes do atual prédio do Fórum Silveira Martins.

Enquanto isso, cresce o número de escritórios de advocacia localizados no Conjunto Ulrick Graff e nas suas imediações, porque, num futuro breve, todos os segmentos do Poder Judiciário estarão funcionando numa mesma área, à exceção da Justiça Eleitoral, cujo Fórum - que abriga as Zonas Eleitorais sediadas em Mossoró - foi edificado no Conjunto Abolição II, precisamente do outro lado da cidade.