sábado, 19 de abril de 2014

Futebol

Siglas, letras e "sorte" marcam o esporte mais popular do mundo

Seria cansativo se a cada vez que alguém fosse se reportar à entidade máxima do futebol mundial tivesse que falar Federação Internacional de Futebol Associação. A imprensa talvez não tenha esse tempo todo. Então, prático mesmo é dizer FIFA.

E, à semelhança dela, as demais entidades que dirigem o futebol em espaços determinados, também são popularmente conhecidas por suas siglas. A Confederação Sul-Americana de Futebol, por exemplo, é simplesmente CONMEBOL, e a Confederação Brasileira de Futebol é apenas a CBF, e assim por diante.

Nos clubes, a situação é parecida, noutras plagas e também nesse Brasil de abreviaturas. Na França, para se reportar ao Paris Saint German basta mencionar a sigla PSG. No Equador, a Empresa Elétrica do Equador deu origem ao EMELEC, um dos mais tradicionais clubes de futebol do Equador, precisamente da cidade de Guayaquil.

No Brasil, talvez o Estado de Alagoas seja o que mais reúna clubes de futebol identificados por siglas. A Associação Sportiva Arapiraquense é identificada apenas por ASA, uma das forças do futebol alagoano, representante da cidade de Arapiraca. O Clube Regatas Brasil - CRB e o Clube Sociedade Esportiva - CSE são outras duas grandes bandeiras do futebol alagoano.

Em matéria de clássicos, o Brasil está repleto de siglas. No Rio Grande do Sul, GRE-NAL é identificador de jogo entre Grêmio e Internacional. No Paraná, ATLETIBA é o clássico disputado entre Atlético Paranaense e Coritiba. Em São Paulo, SANSÃO é o jogo entre Santos e São Paulo e COMEFOGO é partida disputada entre Comercial e Botafogo, ambos de Ribeirão Preto.

No Rio, FLA-FLU é sinônimo de partida entre Flamengo e Fluminense. Na Bahia, BAVI é jogo quente entre Bahia e Vitória. No Pará, REPÁ é o clássico entre Remo e Payssandu.

Até por essas bandas, existe também sigla identificadora de clássico do futebol. O POTIBA aponta para jogo entre Potiguar e Baraúnas, de Mossoró, um clássico que tende a ficar violento e sem local, porque tem registrado muitas brigas de torcidas e o único estádio da cidade, o Nogueirão, passa mais tempo interditado do que aberto à prática do desporto.

Coincidência ou não, o futebol tem também uma letra que parece dar sorte. E é justamente a letra "F", que inicia a palavra futebol. Quer ver por quê? Veja, para se classificar às Copas do Mundo de 2010 e 2014, a França somente obteve a vaga em jogos de repescagem e com dois gols irregulares: um deles através de um passe (assistência) de mão (para a Copa de 2010) e outro com o atacante em posição escancarada de impedimento (para o Mundial de 2014).

No Brasil, a letra da sorte é também a "F". Veja o caso do Fluminense, que é recordista em rebaixamentos para outras divisões, mas na maioria das vezes escapa com a "sortuda" ajuda do "tapetão", como aconteceu agora em 2013 e como já aconteceu noutros tempos (clique aqui).

O Flamengo é outro clube que anda sempre de braços dados com a sorte. Com muita frequência a arbitragem erra decisivamente em jogos do rubro-negro carioca, mas constantemente erra a seu favor. Exemplo disso foram os dois clássicos disputados com o rival Vasco da Gama pelo Campeonato Estadual do Rio de Janeiro de 2014. Na Taça Guanabara, a arbitragem não validou um gol legítimo de Douglas, do Vasco, quando a partida ainda estava no zero a zero. No segundo jogo da decisão do próprio Campeonato, o Flamengo empatou o jogo aos 46 minutos do segundo tempo através de Márcio Araújo, que estava em claríssima situação de impedimento.