quinta-feira, 27 de março de 2014

Organização

Agricultores familiares messienses criarão associação

Messias Targino foi um dos primeiros Municípios do Rio Grande do Norte a ter agricultores aderindo ao regime de economia familiar e ao cultivo de produtos agrícolas de natureza orgânica, ou seja, sem o uso de agrotóxicos.

A Feira Agroecológica e Solidária do Município, que se realiza aos domingos, é uma das mais antigas do interior do Rio Grande do Norte.

Na "feirinha", como é carinhosamente chamado o evento comercial semanal, trabalhadores da agricultura familiar vendem parte daquilo que produzem, sendo outra parte vendida para a merenda escolar através do "Programa Compra Direta" e outra parte destinada ao consumo da própria família.

A Feira Agroecológica é um projeto desenvolvido em parceria entre os agricultores, a Prefeitura de Messias Targino, o Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras na Agricultura Familiar de Messias Targino, o escritório local da EMATER-RN e associações rurais.

A "feirinha" foi um dos bons exemplos de empreendedorismo apoiados pela Administração Municipal messiense, e ajudou a então prefeita Shirley Ferreira Targino a conquistar o Prêmio "Prefeito Empreendedor" (etapa regional e etapa nacional), promovido pelo SEBRAE.

Agora, os agricultores querem se unir numa associação, para que possam ter acesso a outros benefícios existentes para os trabalhadores rurais da agricultura familiar.

Um desses benefícios diz respeito ao ingresso no PAIS - Produção Agroecológica Integrada e Sustentável, um programa do governo federal de apoio aos trabalhadores rurais da agricultura familiar que cultivem produtos agrícolas orgânicos.

Nesta quinta-feira, 27 de março, às 11 horas e 30 minutos, agricultores familiares de Messias Targino estiveram reunidos no Palácio Oito de Maio, sede do Poder Executivo messiense, para tratar do assunto.

Participaram também da reunião o consultor Roberto Brígido (professor aposentado da antiga ESAM - Escola Superior de Agricultura de Mossoró, atual UFERSA - Universidade Federal Rural do Semi Árido), o secretário municipal de Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente, Paulo Rodrigues Dantas, o extensionista da EMATER-RN (escritório messiense), Aderban Medeiros ("Branco") e o consultor jurídico do Município, Alcimar Antonio de Souza.

Para os atos de criação da associação, o prefeito Arthur de Oliveira Targino orientou o secretário Paulo Rodrigues e a Advocacia do Município a prestarem o apoio técnico que se faça necessário.

O consultor Roberto Brígido atua junto ao PAIS, e também orienta os trabalhadores da agricultura familiar messiense nesse momento de criação da nova entidade.

Os trabalhadores da agricultura familiar messiense entendem que a futura associação pode conviver tranquilamente com o sindicato da categoria, sendo porém necessária para a aquisição de benefícios de política agrícola do Governo Federal e também para outras questões ligadas à agricultura familiar.

O próximo passo dos trabalhadores será a realização de assembleia, para a fundação da entidade, a eleição da sua diretoria e a aprovação do seu estatuto social.

domingo, 23 de março de 2014

Direito e Cidadania

Para a frente é que se anda

Aos que defendem a volta do regime militar, lembrem-se que atualmente vocês só podem defender alguma coisa porque a democracia permite.

Na democracia, a opinião e a manifestação do pensamento são livres; na ditadura, não.

Na democracia, o cidadão e as instituições da sociedade civil devidamente organizadas podem questionar de diversas formas os abusos de autoridades de qualquer dos poderes, usando qualquer dos instrumentos disponíveis na Constituição e na legislação (representação ao Ministério Público, ação popular, mandado de segurança, habeas corpus, ação civil pública, habeas datas, etc.); na ditadura, as autoridades, que serão poucas, não admitirão questionamentos dos seus atos.

Na democracia, a liberdade é a regra e a prisão é a exceção; na ditadura, quem dirá acerca da sua liberdade é o regime militar, que historicamente persegue, tortura e mata quem ousar se opor ao sistema. 

Para chegarmos a esse Estado Democrático de Direito, muitos pagaram com suas próprias vidas, e muitos ainda vivem com as sequelas físicas e/ou psicológicas das torturas sofridas pelo regime dos generais.

Hoje, filhotes da ditadura, camuflados de políticos democráticos, estimulam pessoas de mentes doentias (não há outra explicação para isso) a irem às ruas pedirem o retorno da ditadura.

Ao invés de retroceder, o melhor é buscar melhorar o sistema democrático. E, para tanto, dispomos de todas as "armas", inclusive a mais eficaz, que é o voto.

Então, por tudo isso, DITADURA NUNCA MAIS. VIVA A DEMOCRACIA!

Alcimar Antônio de Souza

sábado, 22 de março de 2014

Fé e tradição sertaneja

Patu vive a 5ª Romaria dos Vaqueiros ao Santuário do Lima

Teve início nesta sexta-feira, 21 de março, a programação da 5ª Romaria dos Vaqueiros ao Santuário do Lima, em Patu.

A Romaria dos Vaqueiros realizada em Patu expressa a fé do sertanejo em Deus, e é também um momento de resgate e de valorização da genuína cultura popular nordestina.




Nesta sexta-feira, 21 de março, houve pela manhã a "Pega de Boi no Mato da Ribeira", na Fazenda Boa Vista, na zona rural de Patu.

Para este sábado, 22 de março, a programação prevê a realização do "Forró da Chegadinha", que acontecerá na Praça de Eventos Oliveira Rocha, no Centro de Patu, com início previsto para as 20 horas.

No Forró da Chegadinha, a atração principal será o forrozeiro Aleijadinho de Pombal, da Paraíba. No entanto, outras atrações também se apresentarão na Praça de Eventos Oliveira Rocha nesta noite de sábado.

Além do Aleijadinho de Pombal, o cantor Oscar Silva, o "Trio Pé de Serra" (de Patu) e o grupo forrozeiro "Os Caboclos do Sertão" passarão pelo palco da festa, que ainda terá aboiadores, repentistas e o lançamento de um livreto de literatura de cordel do professor-poeta José Bezerra, que fará homenagem à Romaria dos Vaqueiros.

O poeta e apresentador de rádio e TV Lalauzinho de Lalau, da TV Cabo Mossoró, fará a apresentação nesta noite do Forró da Chegadinha, que objetiva receber os vaqueiros e amazonas que vêm de outros Municípios para a Romaria e que também serve para o resgate e a valorização da cultura popular nordestina.

Neste domingo, 23 de março, a programação da Romaria chega ao seu último dia. A partir das 6 horas, haverá concentração e café da manhã no Posto Nossa Senhora dos Milagres, no Bairro da Estação, em Patu.

Às 7 horas, vaqueiros e amazonas farão a tradicional subida da Serra do Lima, em direção ao Santuário de Nossa Senhora dos Impossíveis, um dos pontos de romaria mais visitados do Nordeste brasileiro.

Às 9 horas deste domingo haverá o ponto alto da Romaria, que é a "Missa do Vaqueiro", celebrada no Santuário do Lima.

Às 12 horas, os romeiros almoçarão no Restaurante da Pousada do Santuário do Lima.

O último evento da programação da 5ª Romaria dos Vaqueiros será o "Forró da Saidinha", que terá início às 15 horas, na Praça de Eventos Oliveira Rocha.

A TV Cabo Mossoró fará a cobertura da 5ª Romaria dos Vaqueiros ao Santuário do Lima.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Fé e Ciência

Chove no sertão no Dia de São José

Já é madrugada do dia 19 de março (quarta-feira) quando da redação desta postagem. Para a Igreja Católica, é Dia de São José.

E, já no dia 19 de março, chove na região, como tem acontecido nos últimos dias, inclusive na véspera do dia dedicado ao Santo.

Para a Ciência, as chuvas no sertão nordestino brasileiro no dia 19 de março são até comuns. Para os cientistas, o equinócio, que acontece no dia 21 de março, seria o fenômeno responsável pelas águas que, nesse período, costumam cair nas terras semiáridas do sertão do Nordeste.

Os equinócios ocorrem nos meses de março e setembro, e definem mudanças de estação. Em março, o equinócio marca o início da primavera no hemisfério norte e do outono no hemisfério sul. Em setembro ocorre o inverso, quando o equinócio marca o início do outono no hemisfério norte e da primavera no hemisfério sul.

Mas, para o sertanejo nordestino, que carrega consigo a fé em Deus, as chuvas no dia 19 de março, ou um pouco antes ou um pouco depois dele, são decorrentes da graça de Deus por intercessão de José, o nazareno que foi marido de Maria e, junto com esta, cuidou de Jesus Cristo, segundo o Novo Testamento da Bíblia.

Descendente da casa real de Davi, José é tido como santo pela Igreja Ortodoxa, pela Igreja Anglicana e pela Igreja Católica, que o celebra como seu padroeiro universal. A Liturgia Luterana também dedica um dia ― 19 de março ― à sua memória, sob o título de "Tutor de Nosso Senhor".

Operário, José é tido como "Padroeiro dos Trabalhadores". Pela fidelidade a sua esposa e pela dedicação paternal a Jesus, é intitulado de "Padroeiro das Famílias", emprestando seu nome a muitas igrejas e lugares ao redor do mundo.

A crença e a fé do sertanejo dizem que, quando chove no Dia de São José, o primeiro semestre do ano será de boas chuvas no sertão do Nordeste. A experiência popular tem apontado para isso.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Oi, tem sinal?

Telefonia fixa também fica sem sinal

No interior do Estado do Rio Grande do Norte, não é só o serviço de telefonia móvel que fica sem sinal ou apresenta sinal deficiente. A operadora Oi, de telefonia fixa, também deixa seus clientes sem o serviço.

Em Patu, no mês de fevereiro de 2014, em várias áreas da cidade o sinal da Oi-Fixo sumiu por dias seguidos.

Na tarde desta segunda-feira, 17 de março, novamente algumas áreas da cidade de Patu foram afetadas pela falta de serviços de telefonia fixa da Oi.

A Prefeitura de Patu e comerciantes, principalmente, lamentaram bastante a falta do sinal de telefonia fixa, por motivos óbvios. No caso dos comerciantes, vale destacar que as máquinas de operadoras de cartões de crédito necessitam, para funcionar, do serviço de telefonia fixa.

Em resumo, os serviços de telefonia ofertados à população, fixos ou móveis, são de péssima qualidade.

sábado, 15 de março de 2014

Direito e Cidadania

“Expresso Judiciário” funcionará a partir do dia 24 na Comarca de Patu

No dia 24 de março, às 11 horas, em solenidade no Fórum da Comarca de Patu, será instalado o “Expresso Judiciário”, um programa do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte - TJRN que tem por objetivo dar melhor andamento a processos nas Comarcas onde não há juiz titular, mas apenas juiz substituto, como é o caso da Comarca de Patu.

O juiz de Direito da Comarca de Patu, Valdir Flávio Lobo Maia, uma equipe de servidores do próprio Tribunal de Justiça e servidores da Comarca realizarão conjuntamente esse trabalho, para que os processos que tramitam na Comarca de Patu possam ter melhor andamento.

O “Expresso Judiciário” permanecerá na Comarca de Patu por dois ou três meses, conforme se faça necessário para a análise e o julgamento dos processos.

No último dia 12 (quarta-feira), o juiz Valdir Flávio Lobo Maia, membros da equipe do “Expresso Judiciário” e a diretora da Secretaria Judiciária de Patu, Marluce Maia, estiveram reunidos com representantes dos Municípios de Patu e Messias Targino, para que fosse definida a forma da solenidade de lançamento do “Expresso” na Comarca. O secretário de Administração e Finanças Rivelino Câmara representou a prefeita Evilásia Gildênia de Oliveira, de Patu, e o advogado Alcimar Antônio de Souza representou o prefeito Arthur Targino, de Messias Targino.

Na ocasião, ficou definido que a solenidade contará com a Banda de Música Luiz de França e com a participação de artistas locais, além das autoridades que participarão do evento.

Depois, um almoço será oferecido para os convidados no Santuário do Lima.

“Pai presente”, outro projeto do TJRN, também será apresentado na Comarca

Durante o lançamento do programa “Expresso Judicário” na Comarca de Patu, no próximo dia 24 de março, um outro programa do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte - TJRN também será apresentado na Comarca.

Trata-se do projeto “Pai presente”, que objetiva estimular e facilitar o reconhecimento de paternidades, diminuindo-se assim os litígios na Justiça. Para implantá-lo, o TJRN seguiu as diretrizes traçadas pelo Conselho Nacional de Justiça - CNJ, mentor da ideia.

A juíza Maria de Fátima, coordenadora do projeto no Estado, estará presente na Comarca de Patu, para falar sobre o tema.

Em razão desse projeto, diretores de Escola, membros do Conselho Tutelar e outros agentes envolvidos na questão de crianças e jovens serão convidados para a solenidade do dia 24 de março, no Fórum da Comarca de Patu.

Abuso de imprensa

Gushiken derrota os 902 mil euros da Veja


“A Veja dá a entender que não eram fantasiosas as contas no exterior. E não oferece um único indício digno de confiança. Infere, da identidade dos acusadores e dos interesses em jogo, a verdade do conteúdo do documento. A falácia é de doer na retina.” (trecho da sentença que condenou Veja)

Quase oito anos se passaram. A Justiça levou tanto tempo para ser feita, que a vítima dos ataques covardes já não está entre nós. Fundador do PT, bancário de profissão, Luiz Gushiken foi ministro da SECOM na primeira gestão Lula. Por conta disso, teve seu nome incluído entre os denunciados do “mensalão” (e depois retirado do processo, por absoluta falta de provas)…

Mas os ataques de que tratamos aqui são outros. Em maio de 2006, a revista “Veja” publicou uma daquelas “reportagens” lamentáveis, que envergonham o jornalismo. A torpe “reportagem” (acompanhada de texto de certo colunista que preferiu se mudar do Brasil – talvez, por vergonha dos absurdos a que já submeteu os leitores) acusava Gushiken de manter conta bancária secreta no exterior. Segundo a publicação da editora Abril, os ministros Marcio Thomaz Bastos, Antonio Palocci e José Dirceu (além do próprio Lula!) também manteriam contas no exterior.

Qual era a base para acusação tão grave? Papelório reunido por ele mesmo – o banqueiro Daniel Dantas. A “Veja” trabalhou como assessoria de imprensa para Dantas. Da mesma forma como jogou de tabelinha algumas vezes com certo bicheiro goiano. Mas mesmo ataques vis precisam adotar alguma técnica, algum rigor.

No caso das “contas secretas”, não havia provas. Havia apenas o desejo da revista de impedir a reeleição de Lula. O vale-tudo estava estabelecido desde o ano anterior (2005) – com a onda de “denuncismo” invadindo as páginas (e também as telas – vivi isso de perto na TV Globo comandada por Ali Kamel) da velha imprensa.

Pois bem. Gushiken processou a “Veja”. O trabalho jurídico (árduo e competente – afinal, tratava-se de enfrentar a poderosa revista da família Civita) ficou por conta do escritório Manesco, Ramires, Perez, Azevedo Marques Sociedade de Advogados – com sede em São Paulo. Em primeira instância, a revista foi evidentemente derrotada. Mas a Justiça arbitrou uma indenização ridícula: 10 mil reais! Sim, uma revista que (supostamente) vende 1 milhão de exemplares por semana recebe a “punição” de pagar 10 mil reais a um cidadão ofendido de forma irresponsável. Reparem que este blogueiro, por exemplo, que usou uma metáfora humorística para se referir a certo diretor da Globo (afirmando que ele pratica “jornalismo pornográfico”), foi condenado em primeira instância a pagar 50 mil reais a Ali Kamel! E a “Veja” deveria pagar 10 mil… Piada.

Mas sigamos adiante na história de Gushiken. O ex-ministo recorreu ao Tribunal de Justiça de São Paulo. Antes que os desembargadores avaliassem a demanda, Gushiken morreu. Amigos mais próximos dizem que o estado de saúde dele (Gushiken lutava contra um câncer) se agravou por conta dos injustos ataques que sofreu nos últimos 8 anos.

Gushiken morreu, mas a ação seguiu. E os herdeiros agora acabam de colher nova vitória contra “Veja”. O TJ-SP mandou subir a indenização para 100 mil reais, e deu uma lição na revista publicada às margens fétidas da marginal.

O desembargador Antonio Vilenilson, em voto seguido pelos demais desembargadores da Nona Câmara de Direito Privado do TJ-SP (apelação cível número 9176355-91.2009.8.26.0000), afirmou:

“A Veja dá a entender que não eram fantasiosas as contas no exterior. E não oferece um único indício digno de confiança. Infere, da identidade dos acusadores e dos interesses em jogo, a verdade do conteúdo do documento. A falácia é de doer na retina.”

Quanto aos valores, o TJ-SP sentenciou:
“A ré abusou da liberdade de imprensa e ofendeu a honra do autor. Deve, por isso, indenizá-lo. No que diz com valores, R$ 10.000,00 não condizem com a inescusável imprudência e com o poderio econômico da revista. R$ 100.000,00 (cem mil reais) atendem melhor às circunstâncias concretas.”

Chama atenção que a Justiça tenha levado 8 anos para julgar em segunda instância (portanto, há recursos possíveis ainda nos tribunais superiores) caso tão simples. O “Mensalão” – com 40 réus na fase inicial – foi julgado antes.

A Justiça é rápida para julgar pobres, pretos, petistas. E eventualmente é rápida também para punir blogueiros que se insurgem contra a velha mídia. Mas a Justiça é lenta para punir ricos, tucanos e empresas de mídia.

De toda forma, trata-se de vitória exemplar obtida por Gushiken – que era chamado pelos amigos mais próximos de “samurai”…

E falando em samurais, há um ditado oriental que diz mais ou menos o seguinte : submetido ao ataque de forças poderosas, o cidadão simples deve agir como o bambu – sob ventania intensa pode até se inclinar, mas jamais se quebra.

O “samurai” ganhou a batalha. Inclinou-se, ficou perto de quebrar-se. Mas está de pé novamente. E é de se perguntar, depois da sentença proferida: quem está morto mesmo? Gushiken ou o “jornalismo” apodrecido da revista ”Veja”?

Nunca antes na história desse país, o Judiciário adotou expressão tão precisa e elegante para descrever fenômeno tão abjeto: a revista da família Civita produz “falácias de doer na retina”. E não são poucas

Fonte: www.viomundo.com.br

sexta-feira, 14 de março de 2014

Direitos Humanos

Comissão da OAB apoia policiais em suas reivindicações

Os membros da Comissão de Direitos Humanos da Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil -OAB de Mossoró acompanharam nesta última quarta-feira, dia 12 de de março a Assembleia Geral realizada pela Associação de Praças da Polícia Militar de Mossoró e Região - APRAM. A categoria busca melhorias salariais e de condições de trabalho e está recebendo o apoio da OAB/Mossoró. O encontro serviu para definir estratégias de mobilizações e a pauta de reivindicações.

A assembléia foi realizada nas dependências do Hotel Vila Oeste, que fica no Bairro Alto de São Manoel, zona leste de Mossoró.

Estiveram presentes as advogadas Catarina Vitorino e Vanessa Rodrigues, da Comissão de Direitos Humanos da Subseção da OAB de Mossoró. Elas acompanharam os debates entre os policiais e seus representantes. A insatisfação com as autoridades públicas ficou visível. Eles querem mais atenção do governo.

Além de definir as estratégias de mobilização, a categoria elencou uma série de reivindicações. Será produzido um documento para ser encaminhado aos órgãos ligados ao Governo do Estado do Rio Grande do Norte, como a Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (SESED) e o Comando-Geral da Polícia Militar, entre outros.

A advogada Catarina lembra que a Comissão de Direitos Humanos já vem dando todo o apoio necessário aos policiais militares, que têm buscado melhorias junto ao Governo do RN.

A postagem tem informações da Assessoria de Imprensa da OAB-Mossoró.

Solidariedade

OAB realiza campanha em prol do Abrigo Amantino Câmara, de Mossoró

A Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil -OAB de realizará mais uma entrega de fraldas geriátricas ao Abrigo Amantino Câmara, que funciona no Bairro de São José, em Mossoró.  A instituição é mantida pela Igreja Católica, através da Paróquia de São José, e conta com a solidariedade de segmentos da sociedade. A OAB tem sido um desses parceiros

A ação é desenvolvida através do projeto "Fralda Solidária", que tem contribuído para amenizar as dificuldades enfrentadas pelos idosos que vivem no referido abrigo. Qualquer pessoa, advogado ou não, pode contribuir. As doações podem ser feitas na sede da Subseção da OAB de Mossoró, que fica na Rua Duodécimo Rosado, 1125, Bairro Nova Betânia.

O projeto "Frauda Solidária" vem sendo desenvolvido pela Comissão "OAB em Ação", da própria Subseção mossoroense.

As doações são feitas pelos advogados e outras pessoas da comunidade que se dispuseram a contribuir com uma causa tão importante.

A próxima entrega de fraldas ocorrerá na terça-feira (18), mas as doações não foram encerradas.

E, quem desejar, pode também enviar o material pelos Correios. Para tanto, o Código de Endereçamento Postal - CEP a ser utilizado é o 59.607-020. Qualquer quantidade será recebida.

A postagem tem informações da OAB, Subseção de Mossoró.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Homenagem

A casa de Sorinho está triste

Domingo, cedo, antes mesmo do raiar do sol, ela chegava ao Mercado Público de Messias Targino, para abrir o seu pequeno comércio de venda de alimentos, que a cidade toda conhecia como o “Café de Áurea”. A cidade acordava junto com ela, naquele burburinho da feira, que sempre acontecia aos domingos. Feirantes de Messias Targino e também chegados de outros Municípios, principalmente de Patu, começavam a montar as suas bancas e barracas de venda, e, entre um trabalho e outro, quase todos iam ao Café de Áurea, provar da comida caseira que ela preparava com tanto carinho.

O pequeno restaurante era modesto, mas a simplicidade das suas acomodações contrastava com a grandeza do sabor que Áurea Almeida dava aos alimentos que preparava. A clientela de Áurea também mostrava a beleza daquele dom que Deus lhe havia dado. Além do povo mais humilde, autoridades em geral faziam ali as suas refeições. Padres, então, por lá passaram muitos, durante anos, durante décadas. José Kruza, Eurico, Antônio, Silvano, Tarcísio, foram alguns dos religiosos da Paróquia que desfrutaram não apenas da comida, mas da companhia agradável, simples e sincera de Áurea Almeida, a quem carinhosamente aprendemos a chamar de “Tia Áurea”, “Madrinha Áurea” ou simplesmente “Madrinha”.

Ali, no seu Café, tia Áurea não apenas vendia alimentos. De bom coração, ela também alimentava gratuitamente muitas crianças da sua família, que aos domingos se dirigiam até lá sabendo que, além da bênção divina que ela desejava, encontrariam também um prato de comida que, para o povo pobre deste sertão, na época fazia muita diferença. E eu estava entre esses meninos que eram bem acolhidos por “Madrinha” todos os domingos.

Fora desse ambiente de trabalho que ela escolheu, tia Áurea gostava mais ainda de ficar naquele pedaço de terra que lhe sobrou por herança dos seus pais Manoel Fernandes Jales (“Sorinho”) e Maria Cândida de Almeida. O Junco de Cima foi um pouco do que restou aos familiares de Sorinho depois que ele, num gesto de grandeza, doou para a fundação do Povoado do Junco, hoje Messias Targino, grande parte das terras onde agora se situa a cidade.

No Junco de Cima, Áurea era feliz perto de muitos irmãos, sobrinhos e outros parentes. Antônia Almeida, ou “tia Toinha”, sua companheira inseparável, fez-lhe companhia por toda uma vida. Não teve tempo de lhe esperar até o fim, pois a morte lhe chegou primeiro.

No Junco de Cima, tia Áurea cuidava das coisas simples do campo, e sempre com muita fé em Deus, era pessoa muito feliz, de bem com a vida.

Aos sábados bem cedo, as irmãs Áurea, Noêmia, Antônia e Sebastiana se juntavam a outras cristãs-católicas de Messias Targino e juntas cantavam e rezavam o Ofício de Nossa Senhora das Graças. Da rua se ouvia o belo coral de vozes que ecoavam do interior da Capela de Nossa Senhora das Graças. Eram vozes que louvavam a Deus e pediam a sua proteção por intercessão da Virgem Maria. Fizeram isso por muito tempo, praticamente desde que o Povoado foi criado até meados dos anos oitenta do século passado.

Por opção de vida pessoal, as irmãs Áurea e Antônia Almeida preferiram não se casar. Não tiveram filhos biológicos. Mas a vida se encarregou de lhes dar filhos e uma grande e bonita família. Juntas, foram responsáveis pela criação de Novinho, filho do irmão Torrola, que teve assim o privilégio de ter três mães: a biológica e as irmãs Toinha e Áurea.

Paulina, sobrinha das duas inseparáveis irmãs, filha de Pelópidas Pinto e Sebastiana Maria de Almeida, foi outro maravilhoso presente na vida de tia Áurea, que lhe adotou cedo como filha e as duas mantiveram, até agora, essa relação divina e fraterna de mãe e filha.

A essa família se juntaram Luiz, Ismael, Euzélia, Gabriela, Neto, Rômulo e o nosso querido e saudoso Francisco Tomaz, ou Chico Tomaz, irmão de Áurea. A casa de Sorinho voltava a ficar cheia, voltava a ter uma grande família. Ali pertinho, o irmão de Áurea, José Manoel de Almeida, a esposa Maria das Graças e os filhos Aíla e José Manoel de Almeida Filho também participavam desse convívio, ao qual se juntou, por muitos anos, o também saudoso Otoniel Tomaz de Almeida, que, embora tivesse a casa grande dos pais João Tomaz de Almeida e Ozelita, preferiu ficar perto das tias Áurea e Toinha, sendo também adotado por elas como mais um filho, tamanho era o carinho que existia nessa relação familiar.

Quando todos se juntavam, os da casa grande de Sorinho e os outros da família que chegavam, de longe da casa de Áurea se ouvia muito barulho, pois nossa família sempre gostou de falar muito e em bom tom; mas de perto se via muito afeto, muito respeito, muito carinho e uma forte presença do espírito de família.

Hoje, desde a zero hora, mais uma voz se calou no Junco de Cima. Mais um, da casa de Manoel Fernandes Jales, foi chamado à outra vida, depois de uma abençoada existência nesse mundo terreno.

Hoje, depois de noventa e três anos de vida, Áurea foi se juntar aos pais Manoel Fernandes Jales e Maria Cândida e aos irmãos João Tomaz de Almeida, Noêmia Maria de Almeida, Francisco Tomaz, Tomaz Manoel de Almeida, José Manoel de Almeida, Sebastiana Maria de Almeida e Antônia Almeida. Para a alegria deles, tivemos que ficar tristes, pois, por mais que a morte seja um evento certo e esperado, ela, com seus mistérios, sempre nos deixa inconformados, principalmente quando a pessoa chamada para o outro plano é alguém a quem queremos muito bem.

A partir de hoje, seus irmãos Alcides, Dedé e Torrola e todos nós, da sua família, além de muitos amigos que conquistastes, passaremos a sentir a sua ausência.

Conforta-nos, porém, a certeza de que, pela vida de fé, de temor a Deus, de trabalho e de bom coração que teve Áurea, ela será recebida pelo Senhor Deus Nosso Pai, e terá, como recompensa, a vida eterna, no Reino do Céu.

A você, tia Áurea, queremos agradecer, como família, por toda a atenção e por todo o carinho que sempre teve conosco.

Vá com Deus e descanse na paz destinada aos justos e às pessoas de bem!

Alcimar Antônio de Souza
Filho de Maria José de Souza (sobrinha de Áurea)
Neto de Noêmia Maria de Almeida (irmã de Áurea)

segunda-feira, 10 de março de 2014

Patu/Messias Targino

"Expresso Judiciário" chegará à Comarca de Patu

Teve início nesta segunda-feira, 10 de março, um treinamento para os servidores lotados no Fórum da Comarca de Patu, ministrado por uma equipe do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte - TJRN.

O objetivo do treinamento é preparar os servidores da Comarca para o funcionamento, em período a ser anunciado, do "Expresso Judiciário", um trabalho específico realizado pelo Tribunal de Justiça com vistas à apreciação de processos que estão há mais tempo paralisados.

Pelas Comarcas por onde passou, o "Expresso Judiciário" conseguiu dar andamento a uma grande quantidade de processos.

Segundo a diretora de Secretaria da Comarca de Patu, Marluce Maia, o atendimento ao público estará suspenso durante toda a semana.

Quanto aos prazos processuais, Marluce Maia informou que está no aguardo da edição de uma portaria por parte do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, para uma provável suspensão dos prazos.

No "Expresso Judiciário", o juiz de Direito e os servidores da Comarca se juntam à equipe do "Expresso", realizando-se um verdadeiro mutirão para o julgamento de processos que estão mais atrasados na sua tramitação.

A Comarca de Patu compreende os Municípios de Patu e Messias Targino. O magistrado Valdir Flávio Lobo Maia, que é titular de uma Vara da Comarca de Natal, atua como substituto na Comarca de Patu.

domingo, 9 de março de 2014

Direito e Cidadania

DF não consegue reformar decisão que manteve em concurso candidato eliminado no psicotécnico
A Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF) que permitiu a um candidato, eliminado em exame psicológico aplicado no concurso da Polícia Militar do Distrito Federal, continuar no certame e ser matriculado no curso de formação.

O TJDF reconheceu a subjetividade nos critérios da avaliação e reformou sentença que havia negado mandado de segurança ao candidato.

O Distrito Federal, no entanto, interpôs recurso especial com fundamento no artigo 105, III, alínea “a”, da Constituição Federal, alegando violação dos artigos 267, 295 e 535 do Código de Processo Civil (CPC). Também apontou divergência de entendimento entre tribunais (alínea “c”) em relação à possibilidade de o exame psicotécnico ser eliminatório.

Opinião pessoal

O relator, ministro Ari Pargendler, externou sua opinião pessoal de que o exame psicológico pode ser utilizado como meio de apurar a saúde mental do candidato, mas jamais para excluí-lo do concurso.

A aptidão psicológica legalmente exigida para ingresso nos cursos de formação da Polícia Militar, segundo o ministro, “não pode significar mais do que saúde mental, mas o item 8 do edital impôs, na interpretação que lhe deu a autoridade administrativa, uma avaliação psicológica que, para dizer o menos, frustra o direito constitucional de acesso aos cargos públicos”.

A Turma, entretanto, não apreciou o mérito da questão. O colegiado entendeu que o recurso não deveria ser conhecido pela alínea “c”, já que o Distrito Federal não indicou a norma que seria objeto de interpretação divergente, como exige a Corte Especial do STJ.

Quanto à violação dos artigos do CPC, a Turma conheceu do recurso, mas negou-lhe provimento.

Fonte: www.stj.jus.br

Rotina da dupla Fla-Flu

O Fluminense foi novamente beneficiado pela arbitragem em partida decisiva

O futebol do Rio de Janeiro continua a mesma lambança de sempre. Mais uma vez o Fluminense foi favorecido pela arbitragem (parece até redundância!). Neste domingo, o Flunimed perdia de 2 a 1 para o modesto Duque de Caxias, que jogava muito bem para tentar fugir da zona de rebaixamento para a segunda divisão do campeonato de futebol do RJ. Mas, no início do segundo tempo, o árbitro encontrou um jeitinho de beneficiar o Fluminense.

Alegando "cera" do goleiro Andrade, do Duque de Caxias, o juiz da partida aplicou um cartão amarelo ao arqueiro e logo em seguida aplicou outro cartão amarelo, mostrando assim o cartão vermelho e expulsando o goleiro, deixando o Duque de Caxias com um jogador a menos por quase todo o segundo tempo da partida.

Apesar do erro gritante do árbitro, o Flunimed só conseguiu empatar com o Duque. Porém, se o Fluminense inventar de ir à Justiça Desportiva para obter os três pontos da partida, é quase certo conseguir, afinal, ganhar no tapetão é uma "virtude" do Flunimed, há anos.

É por essas e outras que o campeonato de futebol do RJ só tem público nas partidas de 3.000 mil pagantes, 4.000 pagantes, 900 pagantes, 1000 pagantes, e algo parecido.

A propósito, segundo o blogueiro Erasmo Firmino, Campeonato Carioca é um erro de designação, pois o termo "carioca" só serve para designar aquele ou aquilo que é do Município do Rio de Janeiro, no que está corretíssimo o blogueiro.

sábado, 8 de março de 2014

Aqui e lá

Além do Nordeste, o Sudeste sofre com a falta de chuvas

A seca tem sido o fenômeno natural que mais tem castigado o Nordeste do Brasil ao longo dos séculos.

Do Brasil-Colônia à República, passando pelo Império, pouco se fez para o combate aos muitos efeitos da estiagem. Apenas nas últimas décadas foi que as autoridades começaram a colocar em prática algumas medidas que efetivamente combatem os efeitos danosos da falta de chuvas na região. Mas ainda é pouco. É preciso fazer mais.

Por causa da seca, muitos nordestinos migraram para outras regiões do País, principalmente para o Sudeste (com destaque para São Paulo) e também para o Centro-Oeste (com destaque para Brasília).

"Retirante", "pau-de-arara", "cabeça chata" e "paraíba" têm sido alguns dos apelidos jocosos dados aos nordestinos pelos habitantes do Sudeste e do Sul do País, principalmente.

Na internet, ainda há quem faça piada de mau gosto com o sofrimento do povo nordestino, que, porém, nunca se deixou abater e tem enfrentado esse problema com a determinação encontrada na definição que lhe deu o escritor Euclides da Cunha, na obra "Os Sertões", de que "o sertanejo é, antes de tudo, um forte".

Longe de haver a retribuição por parte do povo nordestino da jocosidade e da gozação que lhe foram feitas ao longo das décadas por moradores de outras regiões do País, fato é que, agora, alguns Estados do Sudeste e do chamado Sul maravilha sentiram na pele os efeitos drásticos da falta de chuvas, a começar pela elevação da temperatura.

Em polvorosa, a imprensa nacional passou semanas e mais semanas dos meses de janeiro e fevereiro dando exagerada ênfase à estiagem e à elevação da temperatura em Estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul.

O "Rio quarenta graus", cantando e decantado em conhecida canção da música popular brasileira, deixou de chamar a atenção pela beleza da canção em si. Além do calor, a indicação de racionamento de água, em decorrência da baixa quantidade de água nos reservatórios daquelas regiões, passou a preocupar.

Na maioria dos Estados das regiões Sul e Sudeste voltou a chover e a temperatura diminuiu, mas em São Paulo as chuvas caídas, além de poucas, ainda não foram derramadas em locais que a levassem aos principais reservatórios do Estado.

O sistema Cantareira, que abastece quase três (das quatro) regiões da cidade de São Paulo e ainda alguns Municípios metropolitanos, como Osasco e Guarulhos, está à beira do colapso, com pouco mais de 15% (quinze por cento) da sua capacidade de armazenamento.

Com isso, o racionamento de água no Estado de São Paulo, ainda não admitido oficialmente pela companhia de águas do Estado, já é dado como certo, e, na prática, ele já vem acontecendo, pois são muitas as queixas de moradores de que o precioso líquido já não chega às torneiras dos paulistas e paulistanos com a mesma frequência de antes. Do contrário, em alguns bairros a água passa dias sem chegar.

No Rio de Janeiro, a falta d´água em alguns bairros da Cidade Maravilhosa também foi notícia da grande imprensa nesse início de ano.

Agora, portanto, seca e racionamento de água não são mais problemas apenas do povo nordestino.

A diferença é que, embora a seca no Nordeste brasileiro seja secular, a mídia nacional nunca lhe deu a mesma importância. Mas, quando passam dois ou três meses sem chover em algum Estado do Sul ou do Sudeste do País, então o assunto passa a compor a pauta do noticiário nacional com enorme destaque.

Se naquelas regiões não se aguenta viver com a falta de chuvas de alguns meses, no Nordeste o povo chega a conviver com a falta de chuvas de alguns anos. Infelizmente.

Em verdade, bom mesmo é torcer para que São Pedro abra as torneiras de cima para todo o País, com a regularidade necessária.

sexta-feira, 7 de março de 2014

Opinião

O Dono do Paredão


Nonato Santos

O dono do paredão é um ser que estabeleceu, com o seu equipamento de som, uma relação pansexual, basta observar a quantidade de cerveja que consome, olhando exclusivamente para o seu paredão, enquanto executa todas as “dancinhas” e “pacinhos” que considera “sucesso”.

Sua filosofia de vida é incomodar o resto da humanidade com seu gosto musical, executado preferencialmente no limite máximo de seu volume de seu grande amor, o paredão.

Como possui menos de um neurônio não consegue distinguir a diferença entre natal, réveillon, carnaval, festas juninas e seu próprio aniversário; por isso, escuta sempre o mesmo repertório em qualquer época do ano.

Se ele tem namorada, não sei, mas isso não importa, ele tem um PAREDÃO e isso lhe basta.

Quando diminuir o volume de seu equipamento de som, respire fundo, porque o repertório que até então reverenciava “a cachaça”, “a rodadinha”, “a mãozinha pra cima” e “tire o pé do chão”, agora virá com “desce - desce”, “rebola a bundinha”, “enfinca”, “ran – ran – ran”, “leko-leko” e muitas outras “coisas” pra “baixo” e “pru ladinho”.

Os seres humanos do sexo feminino, para o dono do paredão, são “cachorras”, “ordinárias”, “vadias”. Pelo menos é o que dizem as letras berradas pelos vocalistas das “bandas” que ouvem. “As “rimas perfeitas obedecem, invariavelmente, as seguintes combinações: “ao com Chão”; “Ê com você”; “vai com vai”;” sexta feira com bagaceira” e demais rimas que combinem com desce.

E se você acha que a rés do chão é o limite, não vos enganeis a “coisa” ainda pode descer mais do que imagina a nossa vã inteligência.

Tenho observado também, que o paredão necessita de alguns comandos especiais para funcionar bem. Antes de iniciar é preciso gritar a senha: “Solte o som fí de rapariga” e, entre uma faixa e outra, tem que ter uma voz cavernosa dizendo “mais um sucesso...”.

Soxtô.

Fico besta como ainda tenho o que aprender.


Nonato Santos é ator, diretor e teatrólogo.
Fonte: página do facebook de Niécio Roldão

quarta-feira, 5 de março de 2014

Opinião

A Senzala e a Casa Grande, de ontem e de hoje

Alcimar Antônio de Souza

Aboliram-se as senzalas há mais de cem anos, mas ainda há quem se comporte como se elas existissem, infelizmente. Os senhores da Casa Grande mudaram de nomes, mas continuam, no geral, com o mesmo perfil de antes: arrogantes, prepotentes, indiferentes à dura realidade social de uma parcela significativa da sociedade.

Os senhores da Casa Grande, de ontem e de hoje, continuam raivosos quando constatam que alguém resolveu dividir melhor o "bolo" da riqueza desse imenso País. Preferiam os tempos em que só eles desfrutavam da nossa riqueza. Preferiam os tempos da chibata que levava à opressão e à submissão.

Hoje, ficam raivosos quando constatam que não há mais espaço para discriminações motivadas por etnia, cor da pele, razão social ou outro critério igualmente repugnante. Torcem o nariz, por exemplo, quando o filho do pobre chega a uma universidade, ou adquire uma profissão por um curso técnico que lhe garantirá dignidade e respeito.

O pior é quando enxergamos que existem aqueles que há mais de um século atrás habitariam ou a senzala (pela cor da pele, o que seria o meu caso) ou algum grotão de miséria (pelo critério de renda social), mas que ignoram a História e passam a se comportar como se fossem também da Casa Grande, e, assim como os herdeiros da Casa Grande, também torcem o nariz para as conquistas das camadas sociais menos favorecidas, agora melhor lembradas.

sábado, 1 de março de 2014

Direito e Cidadania

Órgãos do Poder Judiciário só voltarão ao expediente normal na quinta-feira, 6

Oficialmente o Carnaval só começou neste sábado, 1º de março. Mas, desde esta sexta-feira, 28 de fevereiro, o País já vive um tempo de folia em vários lugares. Há até quem tenha iniciado mais cedo o período da Festa de Momo.

Por conta da maior festa popular do Brasil e da chamada Quarta-feira de Cinzas, o Poder Judiciário também readequou o seu funcionamento, permitindo que um grande número de seus servidores possa aderir às alegrias do Carnaval, ou mesmo parar para descansar.

No âmbito do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte - TJRN, o expediente normal foi encerrado mais cedo nesta sexta-feira, 28 de fevereiro (14 horas, ao invés de 18 horas), e tanto a sede do TJRN (em Natal) como as Varas e Comarcas a ele vinculadas somente voltarão à regularidade de funcionamento na próxima quinta-feira, 6 de março.

Até lá, desembargadores (no TJRN) e juízes de primeiro grau (nas Varas e Comarcas) atuarão em regime de plantões, para o atendimento das urgências que surgirem durante o período carnavalesco e da quarta-feira de cinzas.

Medidas semelhantes foram adotadas na esfera da Justiça Federal no Rio Grande do Norte, que tem Varas Federais em Natal, Mossoró, Caicó, Assu e Pau dos Ferros.

Na sexta-feira, 28 de fevereiro, o expediente regular da Justiça Federal em solo potiguar terminou mais cedo (às 12 horas, ao invés das 18 horas), e não haverá expediente normal até a quarta-feira de cinzas (5 de março), voltando o funcionamento rotineiro apenas na quinta-feira, 6 de março.

Também na Justiça Federal se adota o regime de plantões judiciários para o atendimento de situações urgentes.

O Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região, com sede em Natal e com Varas do Trabalho espalhadas na capital e em vários outros Municípios do Estado, também fechou as suas portas de atendimento normal durante o período de Carnaval e também na quarta-feira de cinzas.

Assim, a Justiça do Trabalho só voltará ao funcionamento regular na quinta-feira, 6.

Em todos esses segmentos da Justiça, os prazos processuais estão suspensos.