sábado, 31 de janeiro de 2015

Direito e Cidadania

Rede pública de saúde estadual tem falta de medicamentos para pacientes com doenças graves

Terminada em 31 de dezembro de 2014 a gestão de Rosalba Ciarlini Rosado (DEM) como governadora do Rio Grande do Norte, os efeitos maléficos à sociedade ainda são fortemente sentidos.

Na área de saúde, o caos vai além das precárias situações dos hospitais públicos do Estado, recentemente visitados pelo novo governador, Robinson Faria, e por sua equipe de auxiliares.

Medicamentos importantes, necessários ao combate de doenças graves, estão em falta nas sedes da Unidade Central de Agentes Terapêuticos - UNICAT, órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde Pública - SESAP, responsável pela distribuição, à população, de medicamentos de diversas espécies.

A falta de medicamentos na UNICAT, que não é novidade e vez por outra é notícia na mídia (clique aqui), agravou-se durante o governo de Rosalba Ciarlini, findo em 31 de dezembro de 2014, e ainda não foi superada pelo novo governo, de Robinson Faria.

Recentemente, o Blog constatou junto à UNICAT de Mossoró que, além de outros medicamentos, estão em falta o Dimorf e o Reminyl.

O primeiro é feito à base de morfina, e serve para aliviar a dor crônica grave e aguda de pacientes em geral, especialmente os pacientes que sofrem de câncer, que certamente são os que mais utilizam a droga.

Já o Reminyl, produzido à base de bromidrato de galantamina, é usado no combate ao Mal de Alzheimer, doença igualmente grave, sem cura, que acomete milhares de pessoas em todo o Brasil.

Ao Blog, uma servidora da UNICAT de Mossoró, que funciona vinculada à Diretoria Regional de Saúde - DIRES mossoroense, informou que o problema é burocrático. Disse que o estoque de ambos os medicamentos acabou e o Estado prepara o procedimento de licitação para nova aquisição.

Sem disponibilidade dos medicamentos de alta complexidade na rede pública estadual, os pacientes de câncer e Alzheimer têm que comprá-los nas farmácias da rede privada.

Uma caixa de Dimorf, com comprimidos para poucos dias, custa em média R$ 75,00 (setenta e cinco reais), enquanto a caixa de Reminyl, com sete cápsulas, custa em média R$ 100,00 (cem reais).

Para quem necessita fazer uso constante de algum desses medicamentos, o tratamento fica a um preço bastante elevado.