O MUNICÍPIO DE MESSIAS TARGINO


CONHEÇA MESSIAS TARGINO

I – HISTÓRIA
II - ASPECTOS GEOGRÁFICOS
III - ASPECTOS ECONÔMICOS
IV - PRINCIPAIS EVENTOS SOCIAIS E CULTURAIS
V - HINO DO MUNICÍPIO

I - HISTÓRIA

Informa o Blog da Prefeitura de Messias Targino (www.prefeiturademessiastargino.blogspot.com.br) que, em terras do Município de Patu, dominadas pelo Serrote Junco e formada por calcários que permitem a conservação da umidade e da produção de juncáceos, teve início uma povoação que foi chamada Junco.

Segundo a mesma fonte, sem maiores registros oficiais, o que se sabe da localidade através dos mais antigos, é que nos idos de 1852 a região de Junco era composta por uma pequena e espassa povoação que vivia da criação de gado.

Em 8 de maio de 1962, pela Lei Estadual nº 2.750, o Povoado do Junco desmembrou-se de Patu, tornou-se município e permaneceu com esse nome por pouco tempo, sendo, posteriormente, mudado para Messias Targino, em homenagem a um dos seus idealizadores, o senhor Messias Targino da Cruz.

O escritor, historiador e tabelião aposentado EDIMAR TEIXEIRA DINIZ, que foi também vice-prefeito e presidente da Câmara Municipal de Messias Targino, foi quem trouxe para a História do Município a maior riqueza de informações.

No seu livro “MESSIAS TARGINO-RN - ORIGENS”, lançado em 2008 pela Editora Sarau das Letras, EDIMAR, um apaixonado por sua terra natal, assim se referiu às origens históricas do Município:

“O nome original do município é Junco. Nome de um mato muito usado para encher colchões de cama. O uso de colchões de molas e outros mais modernos, como a espuma, fez com que o junco perdesse essa utilidade.” (obra citada, página 13).

E disse o mesmo escritor-historiador na mesma obra:

“A cidade de Messias Targino, Estado do Rio Grande do Norte, nasceu assim: na década de trinta, o paraibano de Brejo do Cruz – então proprietário e residente no Sítio Cajueiro, município de Patu, comprou ao senhor Vicente Praxedes, pela quantia de cem contos de réis, moeda corrente à época, a propriedade denominada Cangaíra, no município de Caraúbas, hoje Janduís, Estado do Rio Grande do Norte.
[...]
Certo dia, voltando de uma feira em Janduís, pensou em fundar, por motivos imperiosos, um povoado para fazer suas feiras. Continuou com aquele pensamento. Custasse o que custasse, teria de levar adiante esse intento. Sua idéia foi persistente. Tinha de fundar um povoado para suas feiras.
No ano de 1947, numa manhã de um dia de sol, partiu de sua fazenda destinado a resolver seu intento. Não queria o povo em suas terras, pois, certamente, o pessoal de seu município se oporia.
Foi naquele dia ao Sítio Junco, das famílias Pintos e Beatos. De lá surgiu em companhia de várias pessoas, entre elas o senhor Zacarias Gomes da Silva e seu filho mais velho, João Gomes da Silva, com destino ao Sítio Salobro, pois lá existe um alto muito grande, próprio para ser localizada uma rua.
Mantidos entendimentos com os proprietários no Sítio Salobro, Genuíno Fernandes Jales e Antônio Fernandes Jales ou Toinho Jales, esses não consentiram na localização do povoado em suas terras. Nem sequer consultou os outros proprietários, pois esses dois detinham maior quantidade de hectares e eram mais influentes na sociedade da época.
Atendido negativamente naquele sítio, o senhor Messias Targino voltou triste, mas nunca desvanecido.
De volta ao Sítio Junco procurou o senhor Manoel Fernandes Jales ou Sorim e fez a solicitação da permissão para a fundação do povoado em suas terras. De início foi rápida a reação negativa dele. Não consentiria de modo algum. Messias voltou para casa um pouco desanimado, mas continuou insistindo junto ao senhor Sorim.
Os senhores João Tomaz de Almeida, filho mais velho de Sorim e Pelópidas Francisco Pinto, seu genro, começaram a insistir para que o mesmo aceitasse o pedido do senhor Messias. Comentavam que um povoado, uma rua, só traria benefícios para sua família. Viriam escolas, igreja, transportes, feiras, etc. Tudo seria mais fácil para a região. Em primeiro lugar, o motivo de deverem muitos favores ao pretendente...
O senhor João Tomaz começou o trabalho só e quase certo que não conseguiria a permissão, convidou o cunhado Pelópidas para a empreitada. O esforço dos dois conseguiu dobrar a resistência do senhor Sorim. A contragosto, cedeu o terreno para localização da rua. Daí nosso dever de justiça em dizer que os senhores João Tomaz de Almeida e Pelópidas Francisco Pinto, muito fizeram pelo Junco e seu povo. Tudo se deve aos três, incluindo o idealizador, Messias Targino da Cruz.
Arranjado o local da rua só restava iniciar a construção. Alto do Bonito: Local alto e muito bonito e por isso ideal para uma cidade.
Num certo dia do mês de outubro de 1947, dia muito bonito, de um sol forte, era finalmente iniciada a construção do povoado do Junco. A alegria era notória. Àquela festiva reunião compareceram muitas pessoas, entre elas as que podemos lembrar: Messias Targino da Cruz – idealizador da obra, João Tomaz de Almeida, Pelópidas Francisco Pinto – baluartes na aquisição do terreno, a quem o Junco deve muito, Aderaldo Jácome de Lira, Zacarias Gomes da Silva, Manoel Fernandes Jales, Sorim, etc. Aquele dia ficou marcado na memória de todos. Só quem estava presente pode calcular a alegria que todos sentiam naquela hora.
Nessa mesma hora foram escolhidos os locais das construções do Mercado, Igreja e Grupo Escolar. O senhor Manoel Fernandes Jales fez a doação dos terrenos da Igreja e Grupo Escolar. O da Igreja com 50m x 50m.
O senhor Ezequiel Paulino de Araújo ou Quiel, o primeiro construtor da cidade, estava presente nesse dia.
Iniciaram-se as construções do povoado incontinenti e continuaram em ritmo muito acelerado.” (Obra citada, páginas 41, 44, 45 e 46).

Sobre a criação do Município, como entidade federada autônoma, assim escreveu EDIMAR TEIXEIRA DINIZ no seu livro “MESSIAS TARGINO-RN - ORIGENS”:

“ANO DE 1962 – Governo do Dr. Aluízio Alves. O então deputado estadual Osni Valmir de Freitas Targino – Valmir ou Valmir de Messias, filho de Messias Targino da Cruz, dava entrada na Assembléia Legislativa do Estado a um projeto de lei criando o Município de Junco. A Assembléia Legislativa aprovou o referido projeto e o governador Aluízio Alves o sancionou, tornando-o lei. Junco era cidade. Isso aconteceria no dia 08 de maio de 1962.
Cidade sem ser distrito ou vila. De povoado à cidade. Era um sonho? Não, uma realidade. A notícia foi recebida em Junco com muita surpresa. A alegria do povo era enorme. Todos sentiam alegria menos os que de imediato procuraram derrubar o feito. Anular a criação do município. A justiça foi acionada nesse sentido.
O deputado Valmir Targino se integrava a uma luta sem tréguas para manter Junco cidade. Seu pai Messias Targino também não media esforços nesse sentido.
Para adquirir provas concretas a fim de evitar a queda do município, o deputado Valmir Targino sobrevoou a cidade recém-criada, fazendo fotografias de todos os prédios e logradouros públicos.
A luta era grande e certo dia o Tribunal de Justiça do Estado se reuniu e deu ganho de causa ao município. Os adversários políticos, inconformados com o resultado do Tribunal de Justiça do Estado, apelaram para o Superior Tribunal, que manteve a decisão. Junco continuou cidade.
No dia em que o Tribunal do Estado deu ganho de causa ao município, o deputado Valmir Targino mandou um avião sobrevoar a cidade soltando uns folhetos com os seguintes dizeres: ‘Povo do Junco, vencemos a batalha judiciária. O Tribunal manteve nossa independência. Valmir Targino’.
Foi um verdadeiro sucesso a distribuição desse boletim. A alegria agora foi muito grande. Ninguém mais podia vencer o povo. Isso aconteceu à tarde. À noite, a festa foi grande, um grande baile no Mercado Público. Só os adversários da cidade estavam tristes naquela noite. Quem veio naquele avião distribuindo os folhetos foi o Dr. Messias Targino Filho – Júnior Targino” (obra citada, páginas 130 e 131).
Conhecedor profundo da história do seu Município, o escritor EDIMAR TEIXEIRA DINIZ também narrou dois fatos importantes dessa história: a morte do fundador e a mudança de nome do Município. Eis alguns trechos que falam desses temas:
“[...]
No dia 20 de setembro de 1972, depois de muito sofrimento, faleceu em seu leito de paz e amor, o chefe Messias Targino, na sua fazenda Cangaíra. Por conta do seu grande círculo de amizade, foi muito visitado durante a doença.
No dia 21, à tarde, aconteceu seu sepultamento no Cemitério Público de Patu.
[...]
O prestígio político do senhor Messias Targino era grande em toda a região. Político forte, decidido.
O deputado federal Grimaldi Ribeiro, no dia 27 de setembro de 1972, pronunciou um discurso no plenário da Câmara Baixa do País registrando a morte do seu grande amigo e correligionário.
[...]
O discurso do deputado Grinaldi Ribeiro foi publicado no Diário do Congresso Nacional, no dia 28 de setembro de 1972, quinta-feira, à página 3.886.
O Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte, em sessão, fez também registro da morte de Messias Targino e à missa de trigésimo dia compareceu o Desembargador Wilson Dantas, que pronunciou, à beira do túmulo, um brilhante discurso.
A Assembléia Legislativa do Rio Grande do Norte, ciente do discurso do deputado Grimaldi Ribeiro, o deputado emedebista Francisco Diniz Câmara dava entrada na casa de um Projeto de Lei, mudando o nome do Município de Junco para Messias Targino, que foi aprovado e teve a sanção do então governador Dr. José Cortês Pereira.
O projeto em apreço teve o seguinte texto:
‘Lei nº 4.103, de 08 de Novembro de 1972.
Dá nova denominação ao Município de Junco, neste Estado.
O GOVERNADOR DO RIO GRANDE DO NORTE:
FAÇO SABER que o Poder Legislativo decreta e seu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º - O Município de Junco neste Estado, passará a denominar-se MESSIAS TARGINO.
Art. 2º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Palácio Potengi, em Natal, 08 de novembro de 1972, 84º da República.
CORTEZ PEREIRA
JOANILSON DE PAULA REGO.’
Assim, em uma justa homenagem o município passa a ter o nome de seu fundador.” (obra citada, páginas 204, 207, 208 e 209).

Ao longo da obra mencionada, EDIMAR TEIXEIRA DINIZ apresenta com exatidão os nomes das pessoas que efetivamente contribuíram, de alguma forma, para o nascimento e a construção do Povoado do Junco e do Município do Junco, depois nominado Município de Messias Targino.

II - ASPECTOS GEOGRÁFICOS

Segundo o renomado sítio eletrônico WIKIPEDIA, o Município de Messias Targino, situado na Microrregião do Médio Oeste do Rio Grande do Norte, tem população estimada em 4.188 habitantes, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no ano de 2010 (citação feita pelo Wikipedia).

A mesma página virtual atribui a Messias Targino uma área territorial de 135,09 km², e diz que o Município messiense assim se limita: a oeste, com Patu-RN; a nordeste, com Janduís-RN; a leste, com Campo Grande-RN; ao sul, com Belém do Brejo do Cruz-PB.

A cidade de Messias Targino, sede do Município de mesmo nome, está distante de Natal, capital do Rio Grande do Norte, 298 km.

O escritor e historiador EDIMAR TEIXEIRA DINIZ, todavia, apresenta informações parcialmente distintas acerca do tamanho da área do Município e das suas limitações. No livro “MESSIAS TARGINO-RN - ORIGENS”, o escritor messiense relata:

“O município de Messias Targino, situado na Comarca de Patu, Zona Oeste do Estado do Rio Grande do Norte, ocupa uma área de 117 (cento e dezessete) quilômetros quadrados de superfície. Limita-se, ao nascente, pelo município de Belém do Brejo do Cruz – PB e de Campo Grande – RN; ao poente, pelos municípios de Patu e Caraúbas – RN; ao Norte, pelo município de Janduís – RN e ao Sul, pelo município de Belém do Brejo do Cruz - PB” (obra citada, página 11).

Em síntese, colhendo informações em fontes diversas, podem ser assim resumidos os principais aspectos geográficos do Município de Messias Targino:
- Localização: interior do Rio Grande do Norte, na microrregião do Médio Oeste potiguar e na mesorregião do Oeste do RN, distante 298 Km de Natal, capital do Estado;
- População: 4.188 habitantes, segundo dados do IBGE, relativos ao ano de 2010;
- Clima: Tropical semiárido;
- Vegetação predominante: mata de caatinga, típica das áreas de clima tropical semiárido;

III - ASPECTOS ECONÔMICOS

O Município, nas suas primeiras décadas de existência, sempre teve como aspectos fortes da sua economia a agricultura de subsistência, uma pequena produção leiteira, a pecuária e a produção e venda da cal.

Por sinal, as caeiras, onde se produz a cal, existiam em grande número há duas ou três décadas atrás, tendo porém havido um declínio dessa atividade econômica no Município.

A agricultura, que antes era praticada unicamente para a subsistência dos pequenos agricultores, deu lugar à chamada agricultura familiar, em que os trabalhadores rurais se organizaram e criaram formas de vender parte da produção, mantendo uma parte para o próprio consumo.

No Município, essa nova realidade no campo somente foi possível a partir do ano de 2005, com o surgimento de políticas públicas do Governo Federal e da Administração Municipal, em que há muitas parcerias entre o Poder Público, associações de trabalhadores, sindicato representativo do homem e da mulher do campo e outras entidades.

A Feira Agroecológica e Solidária realizada semanalmente no centro da cidade e a destinação de parte da produção para o Programa “Compra Direta” e, pois, para a merenda escolar do Município, são formas de escoamento da produção da chamada agricultura familiar.

Em Messias Targino, uma fábrica de produtos de limpeza também impulsiona a economia do Município.

A indústria, a propósito, ganhou força após o Município ter criado, durante a primeira gestão da prefeita SHILEY FERREIRA TARGINO (1º de janeiro de 2005 a 31 de dezembro de 2008), as condições legais favoráveis ao pequeno empreendedor. Consequência disso é que, no Município, já são três as unidades de produção industrial de peças de vestimenta, estando uma na zona rural e outras duas na zona urbana.

Essa nova política de incentivo ao empreendedorismo também influenciou diretamente para a formalização de parte da atividade da agricultura familiar, já destacada anteriormente, e foi decisiva para que a Prefeita FRANCISCA SHIRLEY FERREIRA TARGINO fosse ganhadora à nível de Estado e à nível federal do PRÊMIO PREFEITO EMPREENDEDOR, do SEBRAE.

O comércio foi outro segmento de bastante crescimento em solo messiense. Atualmente a cidade conta com bons supermercados, diversas lojas de produtos para vestuário, algumas lojas de muita variedade e é matriz de pelo menos duas grandes redes de vendas de móveis e eletro-eletrônicos, que se espalharam por diversos outros Municípios do interior do Rio Grande do Norte e do interior da Paraíba.

O artesanato é outra espécie de produção de bens no Município. Ainda principia.

No setor de serviços, o Município conta com um posto de atendimento (subagência) do BANCO BRADESCO, uma CASA LOTÉRICA e diversos pontos credenciados para atendimento bancário.

Profissionais liberais, como contabilistas, engenheiros agrônomos, advogados e cirurgiões-dentistas, também residem e/ou atuam no próprio Município. São filhos da terra que saíram para estudar noutros locais e retornaram para trabalharem em Messias Targino.

IV - PRINCIPAIS EVENTOS SOCIAIS E CULTURAIS

Desde 2005, quando teve início a primeira gestão da prefeita FRANSICA SHIRLEY FERREIRA TARGINO, o Município de Messias Targino criou um calendário de eventos sociais e culturais que logo se tornou referência em toda a região Oeste do Rio Grande do Norte.

Realizando diretamente ou apoiando a iniciativa particular, o Poder Público messiense passou a investir nesses eventos, também como forma de gerar renda e dividendos para o Município.

Até então, Messias Targino contava basicamente com os festejos alusivos à sua padroeira, Nossa Senhora das Graças, que são realizados em novembro de cada ano. Nem mesmo a Festa de Emancipação Política do Município, que aniversaria em 8 de maio, merecia a atenção do Poder Público.

De 2005 em diante, ficou assim o calendário de eventos do Município:
- Fevereiro ou Março: Prévia Carnavalesca, realizada na sexta-feira que antecede os quatro dias oficiais de Carnaval;
- Maio: Festa de Emancipação Política do Município, geralmente realizada em dois ou três dias, um deles coincidente com 8 de maio, data de aniversário do Município (alvoradas, café da manhã com bolo gigante, sessão solene da Câmara Municipal, provas de atletismo, apresentações culturais e apresentações musicais em praça pública, entre outros);
- Junho: Torneio Leiteiro e festividades do São João e São Pedro;
- Novembro: Festa de Nossa Senhora das Graças, padroeira do Município (missas, novenas, procissões, leilão beneficente e apresentações culturais).

V - HINO DO MUNICÍPIO

A letra do Hino Oficial de Messias Targino é de autoria do músico e professor de Matemática RAIMUNDO NONATO DE ALMEIDA, filho de JOÃO TOMAZ DE ALMEIDA e neto de MANOEL FERNANDES JALES (SORIM).

A música e a melodia são de RAIMUNDO NONATO DE ALMEIDA e da servidora pública GABRIELA FERNANDES JALES, sendo esta filha de FRANCISCO TOMAZ DE ALMEIDA e neta paterna de MANOEL FERNANDES JALES (SORIM).


O Hino do Município tem sido entoado em todos os eventos oficiais e sua letra e música já são do conhecimento dos messienses, que orgulhosamente o cantam nos referidos eventos.


Para ouvir o Hino do Município de Messias Targino, clique na imagem a seguir:



.

(Fonte do vídeo: OLHAR MESSIENSE)

Nenhum comentário: