segunda-feira, 18 de maio de 2015

Terra sem lei

Assaltantes novamente agem em Messias Targino em plena luz do dia

Está virando rotina. Definitivamente, Messias Targino, seguindo a realidade vivida na maioria dos Municípios do interior do Rio Grande do Norte, está se transformando numa terra sem lei, sem segurança, sem alguém que consiga frear a onda de violência que se instaurou.

Nesta segunda-feira, 18 de maio, por volta das 9 horas, dois homens armados assaltaram o Armarinho Dantas, de propriedade de Acilon Dantas, localizado na Rua Manoel Fernandes Jales, de frente ao Palácio 8 de Maio, sede da Prefeitura Municipal, no centro de Messias Targino.

A ação foi vista por pessoas que estavam na sede da Prefeitura, e relatos dão conta que populares telefonaram para a Polícia Militar comunicando a ocorrência.

Depois do assalto, os meliantes fugiram em direção ao Município de Belém do Brejo do Cruz, no vizinho Estado da Paraíba.

O detalhe é que, segundo populares, a Polícia Militar de Belém do Brejo do Cruz chegou ao local do assalto, em Messias Targino, antes mesmo da Polícia Militar do Rio Grande do Norte. Algo a mais que os assaltantes teriam feito no Estado paraibano teria atraído a presença da PM paraibana à cidade de Messias Targino.

A propósito, a única viatura da Polícia existente em Messias Targino está quebrada neste momento, sem circular, segundo informações de pessoas ouvidas pelo Blog.

Em Messias Targino, a Polícia Militar da Paraíba solicitou ao comerciante assaltado cópia da filmagem do circuito interno de câmeras.

Sem o voltar seus olhos e sua vontade de agir para o interior do Rio Grande do Norte, o Governo do Estado vai entregando a vida dos cidadãos potiguares dessas bandas à própria sorte. A fé inabalável do sertanejo em Deus parece ser a única proteção contra a onda de violência que assola os pequenos Municípios do interior potiguar.

Os assaltos a estabelecimentos comerciais e à agência do Correios de Messias Targino se tornaram frequentes.

Se falta policiamento ostensivo, falta também investigação, resultando desse conjunto de faltas a impunidade, que estimula os que agem à margem da lei.

E não há como se fazer eficientemente um e outro, pois diariamente ficam apenas dois policiais militares de serviço em Messias Targino (há dias em que fica apenas um), que agora não dispõem sequer de uma viatura, quebrada, segundo relatos chegados ao Blog.

Sem um efetivo razoável da Polícia Militar, a cidade também não dispõe de um Delegado de Polícia Civil e de uma equipe da Polícia Civil no próprio Município, já que o trabalho de Polícia Judiciária é feito pelo delegado regional de Polícia Civil de Patu, Sandro Régis, que atualmente é titular de nove Delegacias de Polícia, inclusive Messias Targino.

Se todos (inclusive a sociedade civil) continuarem de braços cruzados, esperando que o Governo do Estado espontaneamente volte a sua atenção na área de segurança pública, eficientemente, para algum Município além da Reta Tabajara, o quadro tende a ficar pior, muito pior. Não é presságio, é a realidade.

A segurança pública é dever do Estado, que não tem feito ao longo de décadas os investimentos necessários para que esse serviço possa funcionar eficientemente.