quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Matam e se matam

EUA continuam cometendo erros que matam inocentes

Certamente a indústria bélica dos Estados Unidos da América é uma das mais prósperas na Terra do Tio Sam e também mundo afora. É ela quem dá combustão a grande parte da violência mundo afora, além de ser responsável pelas atrocidades que acontecem dentro do próprio território norte-americano, onde predomina uma cultura infeliz de uso e apologia a armas.

Nesses dias, um hospital da organização não-governamental Médicos Sem Fronteiras foi destruído na Síria. Na luta contra os extremistas ensandecidos do Estado Islâmico, os também extremistas norte-americanos bombardearam a referida unidade de saúde, levando-o à destruição e matando ali médicos e pacientes, num total de mais de vinte pessoas mortas, além das muitas que ficaram gravemente feridas.

Assustados, os profissionais do Médico Sem Fronteiras bateram em retirada, deixando de atender a uma multidão de pessoas que já haviam perdido tudo ou quase tudo numa guerra sem fim existente na Síria, que, se já tinha suas guerras civis internas, agora também convive com a guerra causada pelos fundamentalistas do Estado Islâmico, que querem criar um Califado em territórios sírio e iraquiano.

As autoridades norte-americanos reconheceram o erro militar e na Organização das Nações Unidas - ONU alguns esbravejam, cobram providências, falam de punição, mas tudo não passa de jogo de cena. Não é a primeira nem será a última vez que o poderio bélico-militar dos Estados Unidos da América matou inocentes em guerras que ele ajuda a fomentar, mesmo que indiretamente.

Em seu próprio solo, o governo do Estados Unidos da América viu uma criança de onze anos matar outra de nove anos, apenas porque a vítima teria se recusado a mostrar ao seu algoz um cachorrinho de estimação. O menino usou uma espingarda do próprio pai.

Na quase totalidade dos Estados que formam a Federação republicana norte-americana, é permitido e é comum que pessoas possuam armas de fogo em casa, sendo também permitido em muitos dos Estados daquele País que essas armas sejam transportadas em carros sem qualquer problema. Por lá, vende-se armas de fogo como se vende bugiganga na Rua 25 de Março, em São Paulo. É comércio livre.

Esse caso mais recente é apenas um dos muitos casos de assassinatos envolvendo menores de idade nos Estados Unidos da América. E eles geralmente acontecem em locais menos prováveis, como bairros de classe média-alta e escolas. A facilidade do acesso a armas de fogo por parte de menores é incentivo ao ato de matar, que cada vez mais se torna banal dentro da cultura norte-americana.

Depois dizem que o Brasil é muito atrasado por ser de Terceiro Mundo e que os Estados Unidos da América são um País exemplar em matéria de desenvolvimento. Fica claro, pois, que o desenvolvimento econômico, em parte mantido pela exploração e pela invasão de terras alheias mundo afora, não reflete o desenvolvimento humano daquela gente, que tem prazer de matar longe de suas terras e tem fascínio de matar internamente.

Nenhum comentário: