Vamos deixar de heim heim heim. Dilma sofreu um golpe sim!
Por Carlos Alberto Barbosa
Seria bom que certas pessoas incautas lessem mais sobre política e
deixassem de heim heim dizendo que a ex-presidenta Dilma não sofreu um golpe e
foi afastada do poder por ter cometido "pedaladas fiscais".
Ora,ora,ora. Perícia do corpo técnico do Senado informou que Dilma Rousseff não
deixou suas digitais nas “pedaladas fiscais” que formam a espinha dorsal do
processo de impeachment.
Me utilizo das palavras do conceituado jornalista Elio Gaspari em artigo
publicado nesta quarta-feira (29) nos jornais O Globo e Folha
de S. Paulo para dizer que "paralisia, falta de rumo e
incapacidade administrativa podem ser motivos para se desejar a deposição de um
governo, e milhões de pessoas foram para a rua pedindo isso, mas são
insuficientes para instruir um processo de impedimento. Como diria o presidente
Temer: não “está no livrinho”".
Pois mito bem: não
resta dúvidas, caro leitor, que houve um golpe sim contra a presidenta Dilma.
As gravações tornadas públicas e as delações do ex-diretor da Transpetro,
Sérgio Machado, que dizem claramente que foi tramado um golpe por caciques do
PMDB, José Sarney, Romero Jucá e Renan Calheiros, seu padrinho na Transpetro,
quando disse que eles, os caciques peemedebistas, só viam um jeito de abafar a
Lava Jato, que era o impedimento de Dilma, não deixam dúvidas.
Agora o encontro de
Temer e Cunha num domingo à noite, sem sequer constar da agenda presidencial. A
própria assessoria da Presidência da República informou na segunda-feira
(27) que o presidente em exercício Michel Temer se reuniu na noite deste
domingo (26) em Brasília com o presidente afastado da Câmara dos Deputados,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A informação, a bem da verdade, foi
antecipada pela repórter Andreia Sadi, da GloboNews. De acordo com
a assessoria do Planalto, o objetivo da reunião foi avaliar o atual cenário
político.
E mais:
A abertura do
processo de impeachment de Dilma, todos estão careca de saber, foi uma
retaliação de Eduardo Cunha ao PT. Na tarde de quarta-feira 2 de dezembro, por
volta das 14h, os três deputados petistas que integravam o Conselho de Ética –
Zé Geraldo (PA), Leo de Brito (AC ) e Valmir Prascidelli (SP) – confirmaram
voto contrário a Cunha na comissão. Cerca de cinco horas depois, ciente da
derrota no conselho, que poderia abrir contra ele investigação por uma suposta
mentira na CPI da Petrobras a respeito de contas na Suíça, Cunha acatou o
processo de impeachment.
E aí pergunta-se:
por que o presidente interino Michel Temer se encontraria de forma clandestina
no Palácio do Jaburu, com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, afastado e
investigado pelo Supremo Tribunal Federal? Isso é o tipo de ação nada
republicana e só engana aos incautos.
Aliás a imprensa
internacional já fala nas tramas do presidente interino para permanecer no
Planalto. Hoje mesmo o jornal espanhol El País relata em sua
edição que "perto de ser cassado do cargo de deputado federal, o
presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ainda
tenta interferir nas decisões da Casa por intermédio de seu aliado que está no
principal posto da República, o presidente interino Michel Temer.
Na noite de
domingo, os dois se encontraram na residência oficial da vice-Presidência, o
Palácio do Jaburu, em Brasília. O encontro, confirmado pelo governo, mas negado
pelo deputado, foi para tratar da sucessão no comando do Legislativo. O
parlamentar quer emplacar um membro do seu grupo político, o centrão,
na presidência da Câmara.
E por que tanto
interesse nisso de Cunha? Por que tanto interesse nisso, da mesma forma, de
Temer? Não precisa ser nenhum vidente para responder isso, obviamente.
Por isso vamos
deixar de heim heim heim. Dilma sofreu um golpe sim.
Tenho dito!
Fonte: Coluna do
Barbosa, do Portal No Minuto.
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