sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Opinião

A César o que é de César: Cada um com seu Avião

Por Rodrigo Souza

Recentemente tem circulado nas redes sociais um vídeo contendo algumas declarações do grande artista, poeta, cantor, sanfoneiro e compositor Dorgival Dantas. Nesse vídeo Dorgival derrama elogios sobre o cantor Xandy, da banda Aviões do "Forró".

No afã de agradar e dar credibilidade ao trabalho do amigo, acredito eu, Dorgival chega a comparar o trabalho de Xandy ao de Marinês, Trio Nordestino, Dominguinhos e, ninguém menos do que Luiz Gonzaga. A polêmica na declaração de Dorgival, que vem tomando conta das redes sociais, basicamente gira em torno da afirmação de que Xandy, com Aviões do "Forró", alcançou vôos mais altos do que os demais citados.

Ora, é sabido que um show da banda de Xandy custa mais de R$300.000,00 e, certamente, no Avião do vôo financeiro já faturou mais do que todos os outros artistas citados juntos. No mercado artístico musical esse deve ser realmente um vôo bem alto. Nada comparado a Ivete Sangalo que fatura milhões, mas ainda assim alto. Por outro lado, dificilmente um fã deles irá se recordar, sem recorrer ao Google, de uma música com mais de 2 anos de existência, sendo bem razoável.

Luiz Gonzaga não deixou grande herança financeira para os seus. Dominguinhos também nunca foi milionário. A herança destes monstros da música popular brasileira está na nossa cultura. Asa Branca, composição de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, é uma música com 68 anos e gravada em 16 países. Não existe um São João no Nordeste que não toque as musicas do Rei do Baião todos os anos.

O nosso Rei não voou no Avião do dinheiro, mas deu Asas à nossa cultura.

Há quem goste de voos altos, eu prefiro os duradouros.

O resto é Bará Bará Bará, Berê Berê Berê.

Fonte: Facebook via Blog Comunicação Alterativa

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