quarta-feira, 24 de abril de 2013

Nova realidade

Chuvas mudam rapidamente a paisagem da caatinga

O cinza da caatinga, que dava o tom no período da falta de chuvas, rapidamente deu lugar ao verde da esperança do povo sertanejo.

A fé inabalável do homem do campo do sertão nordestino em Deus e as recentes chuvas caídas no interior do Rio Grande do Norte fazem-no acreditar que o ano não será de seca devastadora.



No Vale do Assu, no Oeste, no Médio Oeste e no Alto Oeste do Rio Grande do Norte, o cenário é completamente diferente do que se via há algumas semanas atrás.

Grandes e médios reservatórios da região aumentaram consideravelmente seus volumes de água, como foram os casos da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves (situada nos Municípios de Itajá e Assu) e do Açude do Rodeador (localizado na comunidade de mesmo nome, com abrangência nos Municípios de Rafael Godeiro e Umarizal), para não citar outros reservatórios da região.

Pequenos açudes transbordam em dezenas de Municípios do interior do Rio Grande do Norte, graças às chuvas caídas nesses últimos dias.

Transborda também de alegria o coração do bom e aguerrido sertanejo.

Caminhões de fazendeiros da região Centro-Oeste, vistos na região Oeste do Rio Grande do Norte para a compra de gado bovino a preço quase vil, certamente não voltarão tão cedo a estas terras. Com as chuvas, o pequeno e médio produtor rural potiguar já não pensa em se desfazer do seu modesto rebanho.

E, ao que parece, nem foi preciso esperar pela ajuda humanitária do Sul e do Sudeste do País, que nunca vem.

O momento serve também para que os governantes estaduais e federais reflitam e vejam que precisam avançar no que diz respeito às políticas públicas de combate aos efeitos danosos da estiagem no sertão semiárido nordestino.

A seca é própria da região. Aprender a conviver com ela é o que falta em termos de políticas governamentais.

Mas, graças a Deus, pensa o homem do campo, as chuvas chegaram e, pelo visto, ficarão por aqui mais um bom tempo.

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