sábado, 11 de abril de 2015

Janduís

Falta de segurança no Município é dura realidade

Definitivamente, o Município de Janduís ficou de vez sem qualquer agente de segurança pública presente diariamente em seu solo e capaz de defender a sociedade.

Se num passado recente o Município contou com uma equipe própria da Polícia Civil, com delegado de Polícia, escrivão e agentes, agora o trabalho da Polícia Judiciária no Município é realizado pela equipe da Sétima Delegacia Regional de Polícia Civil, sediada em Patu, cujo titular é o delegado Sandro Régis, que já responde pelo trabalho em várias outras Delegacias de Polícia da região Oeste.

Sem Polícia Civil presente em seu território, Janduís ficou também sem uma equipe permanente da Polícia Militar. No seu Destacamento Policial Militar - DPM, que funciona nas mesmas dependências físicas destinadas à Delegacia de Polícia Civil, não há policiais militares lotados.

Diariamente, uma guarnição da Companhia de Polícia Militar - CPM de Campo Grande faz rondas em Janduís, mas sem permanecer o dia inteiro na cidade, haja vista que também precisa fazer o mesmo trabalho na Comarca de Campo Grande.

O Município de Janduís, que é cortado pela rodovia BR 226, também não recebe, há tempo, a visita da Polícia Rodoviária Federal - PRF, que até pouco tempo auxiliava, mesmo que esporadicamente, no combate à criminalidade.

Resultado disso é que assaltos na BR 226, principalmente entre os Municípios de Janduís e Messias Targino, voltaram a acontecer (clique aqui). Sem qualquer força de segurança estatal presente diariamente no Município, fica fácil o agir daqueles que atuam à margem da lei.

Vereador postulou o retorno da Polícia Civil e da Polícia Militar ao Município

No último dia 09 de abril, o governador do Estado, Robinson Faria e vários auxiliares seus estiveram em Mossoró, cumprindo uma extensa agenda administrativa.

Aproveitando a presença do governador e de auxiliares na segunda maior cidade do Estado, o vereador de Janduís Jozenildo Morais conseguiu ser ouvido pelo governante e por autoridades da área de segurança pública, e na ocasião formulou o pleito de retorno da Polícia Civil e da Polícia Militar para o Município de Janduís.

Na ocasião, o vereador Jozenildo entregou ofício do seu gabinete, com a solicitação antes mencionada, e conversou pessoalmente com o próprio Robinson, com a secretária de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social, Kalina Leite (que é delegada de Polícia Civil de carreira), e com o comandante do Policiamento do Interior, coronel PM Túlio.

Na ocasião, houve a promessa de que a situação seria resolvida no Município de Janduís.

O fato teve ampla repercussão, sendo noticiado por portais de notícias do interior do Rio Grande do Norte (clique aqui e clique aqui).

Organização

Advogados do Médio Oeste buscam organização para a defesa de prerrogativas

Inicialmente através de conversas via WhatsApp, um aplicativo da internet via telefone móvel que permite muita interação, vários advogados da região Oeste do Rio Grande do Norte, sobretudo com forte atuação nas Comarcas de Patu, Janduís, Campo Grande, e outras próximas, formataram a ideia de se reunirem na busca por mais organização para que possam defender melhor suas prerrogativas.

A ideia inicial é trazer para um dos Municípios da região do Médio Oeste uma unidade representativa da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB, notadamente na forma de subseção, ou, no mínimo, uma delegacia regional da entidade, como foi instituída recentemente para o Município de Apodi.

A partir daí, pretendem os advogados lutar de forma mais organizada por suas prerrogativas e por melhores condições de trabalho. Uma das bandeiras de luta será, inevitavelmente, a criação de salas destinadas aos advogados nos fóruns das Comarcas onde elas ainda não existem, e o aparelhamento mínimo das salas de advocacia que já têm funcionamento nos fóruns, mas que carecem de itens básicos, como computador e impressora, por exemplo.

A partir dessa organização mínima, outros pleitos em defesa da categoria serão apresentados aos órgãos competentes, a fim de que esses operadores do Direito da região possam melhor desempenhar suas atividades.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Emancipação Política

Município prepara a sua Festa de Emancipação Política

Nos últimos anos, a Prefeitura de Messias Targino, em função das dificuldades financeiras por que atravessa o Município, bem assim em função do prolongado estado de estiagem, diminuiu consideravelmente o tamanho da sua Festa de Emancipação Política, que sempre teve como ponto alto o dia 8 de maio, data de sua independência política e administrativa.

Nesta edição de 2015, porém, o prefeito Arthur Targino (PMDB), contando com inúmeras parcerias, pretende voltar a realizar uma Festa de Emancipação em formato assemelhado ao das edições que caracterizaram o evento como de importância regional no interior do Rio Grande do Norte.

De certo, sabe-se até agora que haverá a tradicional Cavalgada, com encerramento no Bar Mangue Seco, localizado nos arredores da cidade, além de apresentações musicais em praça pública, bolo comunitário gigante, competições esportivas e outros eventos dentro da programação que está sendo elaborada e que em breve será divulgada.

É provável que a Câmara Municipal de Messias Targino, agora sob a presidência do vereador José Manoel de Almeida Filho (Zé de Zezinho), volte a realizar a tradicional sessão solene dentro da Festa de Emancipação, oportunidade em que são homenageadas diversas pessoas do Município e de também de fora, que tenham prestado relevantes serviços ao povo messiense.

A Festa de Emancipação Política de Messias Targino foi criada pela então prefeita Shirley Ferreira Targino logo no primeiro ano da sua primeira administração. Shirley administrou o Município nos períodos de 1º de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2008 e 1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2012.

terça-feira, 31 de março de 2015

Do Blog de Marcos Dantas

Demóstenes Torres acusa José Agripino de receber dinheiro do "esquema goiano"
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Do Jornal de Hoje – O senador José Agripino Maia (DEM) volta ao noticiário político de maneira negativa. Depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) abrir inquérito para investigar crime de corrupção passiva contra o senador potiguar, por suposta participação no esquema de da Operação Sinal Fechado, em que é acusado de receber R$ 1 milhão em propina, Agripino agora é apontado pelo ex-senador Demóstenes Torres (ex-DEM) de ter se beneficiado financeiramente do esquema do bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Ao escrever um artigo em que o alvo é o senador Ronaldo Caiado, líder do DEM no Senado, Demóstenes acusa Agripino e outros integrantes de sua chapa em 2010 no Rio Grande do Norte de terem se beneficiado de um “esquema goiano”, com intermediação de Caiado. “Caiado não ousou me defender, me traiu, mas, em relação a Agripino Maia, figura pouquíssimo republicana, disse que ele merece o benefício da dúvida. Poucos sabem, mas o político potiguar e seus companheiros de chapa em 2010 foram beneficiados pelo ‘esquema goiano’, com intermediação de Ronaldo Caiado”, afirmou Demóstenes.
O “esquema goiano”, segundo o ex-democrata, tem relação com o jogo do bicho, no qual o bicheiro Carlinhos Cachoeira prepondera. “Eurípedes Barsanulfo era prócer das máquinas caça-níqueis em Goiás. Ronaldo uma vez, inclusive, me pediu para interferir junto a Carlos Cachoeira para ampliar a atividade de Eurípedes no jogo ilícito. Simplesmente, disse a ele, como era verdade, que desconhecia a prática de ilicitudes por parte de Cachoeira”, conta Demóstenes no artigo.
Ainda em seu artigo, o ex-senador volta a citar Agripino, destacando que o potiguar é “dependente financeiro” do governador Marconi Perillo (PSDB). “Ronaldo Caiado, no afã de ser candidato a senador ao lado de Marconi Perillo, foi atrás de Aécio Neves e Agripino Maia (este dependente financeiro de Perillo) para que eles compusessem a chapa com coerência nacional, apesar de todo histórico de desavenças com o carcamano”, contou Demóstenes.
Procurador de Justiça, Demóstenes Torres foi cassado em julho de 2012 por quebra de decoro parlamentar. Ele foi acusado de usar o mandato para favorecer o bicheiro Carlos Cachoeira. Como resultado, ficou inelegível por oito anos. Ainda em seu artigo, ele acusa o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado, de ter sido financiado pelo contraventor Carlos Cachoeira nas campanhas que disputou à Câmara Federal nos anos de 2002, 2006 e 2010.
Segundo Demóstenes, as digitais da contravenção seriam facilmente identificadas com uma investigação nas contas de material gráfico, transporte aéreo e gastos com pessoal. As afirmações estão contidas em artigo publicado na edição desta terça-feira (31) do jornal Diário da Manhã, de Goiânia.
Fonte: Jornal de Hoje via www.marcosdantas.com

Semana Santa

Justiça fica sem expediente regular por vários dias

Em virtude da Semana Santa, órgãos do Poder Judiciário reduziram a quantidade de dias de regular expediente.

Na Justiça Federal, na Justiça do Trabalho e na Justiça Eleitoral só houve expediente até esta terça-feira, 31 de março de 2015.

Na Justiça Estadual, o expediente regular prossegue até esta quarta-feira, 1º de abril de 2015, sendo feriado nos dias 2 e 3 de abril (Quinta-feira Santa e Sexta-feira Santa, respectivamente).

No âmbito da Justiça Federal e da Justiça Estadual haverá plantões durante os dias de ausência de funcionamento regular.

Em todos os órgãos, o regular atendimento ao público voltará ao normal na segunda-feira, 6 de abril.

segunda-feira, 30 de março de 2015

Religiosidade e tradição

Cristãos católicos celebram a Semana Santa

Para os fiéis cristãos-católicos de todo o mundo, o último domingo, 29 de março, foi o dia de abertura da Semana Santa, período dedicado pela Igreja Católica à celebração e à reflexão em torno da morte e da paixão de Jesus Cristo.

No domingo, os cristãos católicos relembraram a entrada de Jesus Cristo em Jerusalém na semana da Páscoa, quando o Filho de Deus foi recebido com ramos de oliveira. Em alusão ao ato, os católicos realizaram a tradicional Procissão dos Ramos, seguida da celebração da Santa Missa.

Ao longo de toda a semana, até o Domingo da Páscoa (5 de abril), muitas serão as celebrações que referenciam os últimos dias de Jesus Cristo na terra, até a sua ressurreição.

Na Quarta-feira Santa, por exemplo, acontecerá a tradicional Procissão do Encontro, que retrata o encontro de Jesus Cristo com sua mãe Maria.

Na Quinta-feira Santa acontecerá a celebração do Lava-pés, que relembra o ato de Jesus Cristo, em gesto de grandiosa humildade, de lavar os pés dos seus discípulos.

Nesse dia também é comum que jovens de várias paróquias façam a encenação da Paixão e Morte de Jesus Cristo, seguindo-se à risca o roteiro registrado na Bíblia Sagrada.

A Sexta-feira Santa é o dia dedicado à reflexão em torno da morte de Jesus Cristo, levado a julgamento por Pilatos por pura inveja dos sumos sacerdotes, que temiam perder o poder religioso que exerciam sobre os judeus da época. Condenado, Jesus foi morto e crucificado no monte Gólgota, expressão hebraica que significa Calvário.

No sábado, os cristãos-católicos celebrarão a ressurreição de Jesus Cristo.

No domingo, os fiéis celebrarão a Páscoa, assim como faziam os judeus há mais de dois mil anos.

Um dos costumes católicos é o jejum de alimentos praticado por muitos fiéis, realizado como forma de compartilhamento da dor sofrida por Jesus em seus últimos momentos de vida terrena na forma de homem.

Na celebração do Domingo de Ramos na Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores, em Patu, no último domingo, o pároco padre Américo Leite chamou a atenção dos cristãos-católicos para a importância da Semana Santa, exaltando que "Semana Santa não é feriado, é tempo de reflexão".

Nesse período, é comum que muitas pessoas que moram distante de seus Municípios de origem a ele retornem, para rever familiares e amigos e celebrarem, juntos, esse período tão importante para a Igreja Católica.

terça-feira, 24 de março de 2015

Em busca do respeito!

Em Conferência Nacional, OAB emite nota de desagravo a advogada

Porto Seguro (BA) – Na última sexta-feira, 20 de março, durante a I Conferência Nacional do Jovem Advogado, realizada em Porto Seguro, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB, a Seccional da OAB da Bahia (OAB-BA) e a Subseção da OAB de Porto Seguro desagravaram publicamente a advogada Inahani Santos Confolonieri, ofendida no exercício profissional pela juíza titular da Vara do Trabalho de Porto Seguro.

O vice-presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, classificou o ato de desagravo como um dos momentos mais lindos da profissão do advogado. “Inahani, estou com a voz embargada porque você nos deu, mesmo ainda jovem, um grande exemplo de respeito para com a nossa profissão. Quem desrespeita um advogado, não desrespeita somente os 850 mil integrantes da classe, mas desrespeita a democracia e a cidadania”, apontou o dirigente.

“Quem atenta contra a independência e a liberdade do advogado, atenta contra o próprio Estado Democrático de Direito”, continuou Cláudio Lamachia, que ainda disse: “A maturidade de uma democracia se explica pelo respeito das autoridades às normas constitucionais. O agente público deve agir sempre em nome do cidadão, pelo cidadão e em respeito ao cidadão, jamais confundindo autoridade com autoritarismo”.

Luiz Viana, presidente da seccional da OAB na Bahia, usou uma metáfora para simbolizar a luta pela valorização do advogado: “Juntos enfrentamos as onças, mas sozinhos viramos comida delas”. O conselheiro federal pela OAB-BA, Maurício Santos, que preside a Comissão de Prerrogativas da Seccional baiana, leu o ato de desagravo à advogada e lembrou que faltou urbanidade e civilidade por parte da magistrada da Justiça do Trabalho.

Bastante emocionada, a advogada Inahani agradeceu à Ordem pela postura. “Meu sincero ‘obrigada’ ao presidente de minha subseção, José Arruda, porque se mostrou um profissional de palavra e jamais me abandonou. Ao Luiz Viana e ao Fabrício Oliveira, por igual, bem como o Conselho Federal da OAB, pela unanimidade no reconhecimento. Se for pra tomar partido, tomo por parte dos 850 mil guerreiros que somos. Nasci advogada e muito me orgulho desta profissão”, disse a advogada após o desagravo.

Infelizmente, fatos como esse vez por outra acontecem, esquecendo os ofensores da advocacia o está expresso no artigo 133 da Constituição Federal, segundo o qual o advogado é indispensável à administração da Justiça.

No tripé juiz, representante do Ministério Público e advogado, não há hierarquia.

Com informações da OAB (www.oab.org.br)

domingo, 22 de março de 2015

Oeste do RN

Prédio do Fórum Eleitoral de Janduís poderá ficar sem uso


No dia 27 de agosto de 2010, foi inaugurada em Janduís a nova sede da 58ª Zona Eleitoral do Rio Grande do Norte. O novo Fórum Eleitoral, que recebeu o nome de "Procurador William Ubirajara", foi construído pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte - TRE/RN em terreno que foi doado pela Prefeitura de Janduís.

Na época, fizeram-se presente à solenidade de inauguração o então presidente do TRE/RN, desembargador Expedito Ferreira de Souza, o juiz eleitoral da Zona, Cláudio Mendes Júnior, o prefeito janduiense de então, médico Salomão Gurgel Pinheiro (PT), familiares do homenageado com a denominação do Fórum e várias autoridades.

O prédio, localizado na Avenida Santa Terezinha, nº 120, Bairro Onézimo Fernandes Maia, é moderno e bastante amplo.

O problema é que, num futuro breve, esse prédio ficará sem destinação e muito dinheiro público aplicado na sua construção poderá ter sido em vão.

É que, como sabido, o Tribunal Regional Eleitoral potiguar, cumprindo determinação do Conselho Nacional de Justiça - CNJ, iniciou um processo de rezoneamento eleitoral (clique aqui), que atringe em cheio a 58ª Zona Eleitoral do Rio Grande do Norte, sediada em Janduís (clique aqui).

Em razão do rezoneamento eleitoral já em curso, o Município de Janduís e seus eleitores integrarão a 37ª Zona Eleitoral do Rio Grande do Norte, que tem sede em Patu e da qual constam também os eleitores de Messias Targino.

Com isso, o imóvel que atualmente sedia a Zona Eleitoral de Janduís ficará, ao menos a princípio, sem uma destinação específica.

Até agora não se tem notícia, ao menos publicamente, de ter havido algum pedido por parte de qualquer outro órgão público para uso do referido imóvel.

Direito e Cidadania

Redes sociais potencializam a divulgação de falsas informações e de difamação
O aumento do acesso à internet e o natural desenvolvimento das mídias sociais, que agora podem ser acessadas através de smartphones e até mesmo de relógios, viabilizou um gigantesco processo de inserção social à tecnologia. O uso indevido destas mídias, porém, viabilizou que "boataria", com divulgação de informações inverídicas e até mesmo a difamação se potencializassem de forma nunca antes vista.
Um bom exemplo deste novo quadro foram os recentes acontecimentos registrados no Rio Grande do Norte, onde a crise na segurança pública do Estado ganhou proporções muito maiores do que já eram, devido à propagação de uma série de informações inverídicas e desconexas, que geraram pânico na população. 
A estudante de Zootecnia da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), Mariana Ribeiro, foi uma das vítimas do compartilhamento viral de informações. Ela explica que este tipo de atitude pode parecer divertida para quem viraliza, mas é muito assustadora para as pessoas que são diretamente influenciadas.
"Eu sou estudante, portanto ando muito nas imediações da Ufersa. Quando as informações sobre uma suposta invasão das universidades começou a ser compartilhada nas redes sociais,eu fiquei muito preocupada, achei que realmente aconteceria um atentado. Depois, fui percebendo que as informações estavam desencontradas e que não tinham muito fundamento", narrou.
A especialista e pesquisadora na área de redes sociais, Izaíra Thalita, explica que a forma de comunicar foi se alterando com o passar dos anos. De acordo com ela, a boataria tem ganhado cada vez mais espaço porque as pessoas buscam atenção e credibilidade através da internet, e a corrida incessante pelo "furo jornalístico", faz com que informações inverídicas se viralizem.
"Boatos são coisas sérias, e no mundo virtual infelizmente o que chama mais a atenção é o que é mais bombástico independente de ser verídico ou não. Conter isso é muito difícil, pois o 'contraboato', ou a tentativa de se desmentir uma informação inverídica que se viraliza, nunca vai ter a mesma força e o mesmo alcance", explicou a especialista.
Izaíra, que também é assessora do Partage Shopping, comenta que o estabelecimento foi uma das vítimas da onda de boataria que se alastrou por Mossoró durante a crise do sistema penitenciário. Ele afirma que durante as rebeliões a presídios foi divulgada a informação inverídica de que criminosos planejavam invadir o shopping para cometer uma série de crimes.
"A falsa informação seria muito prejudicial às lojas do shopping, se não fosse desmentida imediatamente nas redes sociais. A assessoria saiu em campo, nos grupos e chats onde a notícia era divulgada e prontamente começamos a informar que não era verdade o que estava sendo divulgado. As consequências de uma atitude irresponsável nos deram muito trabalho", explicou.
Especialistas discutem o uso das redes sociais para "boataria"
A boataria e suas consequências sociais têm sido cada vez mais analisadas e estudadas por especialistas. Os recentes acontecimentos envolvendo informações inverídicas só reaqueceram os debates acerca dos limites da rede.
O psicólogo João Valério Alves comenta que a internet é um importante veículo para troca de informações, mas que a falta de limites da sociedade em seu uso tem provocado o que ele chama de ''sintomas da contemporaneidade'', ou mudanças de comportamento que só podem ser observadas neste atual cenário. Para ele, o mundo hoje vive uma era totalmente conectada, realidade que começou a não mais do que três anos, e factoides e inverdades fazem parte da mudança que está acontecendo.
"A internet e as redes sociais oferecem o anonimato, que é uma importante ferramenta para que deseja viralizar inverdades, difamações ou crimes, tudo isso faz parte de um novo contexto, visto na contemporaneidade. Certamente temos pessoas que se divertem, que sentem prazer em divulgar mentiras, não temos como afirmar se isso é um quadro de psicopatia ou se outra disfunção psicossocial, mas podemos afirma que a grande parte das pessoas só divulga ou repassa boatos na intenção de chamar a atenção, de ser percebida em uma realidade tão fria que é a da internet", comentou.
Texto: Redação do Jornal O Mossoroense
Fonte: www.omossoroense.com.br

Política

Entenda por que o "Fora corruPTos" não ajuda o País
Lino Bocchini
Na avenida Paulista não haviam faixas ou cartazes contra o PP ou o PMDB, partidos líderes em número de parlamentares na já famosa lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Tampouco alguém foi às ruas reclamar do governo Geraldo Alckmin (PSDB) por conta do cartel do metrô ou docaso Alstom, mesmo com o atraso colossal das obras do metrô paulista. Nenhum organizador ou manifestante entrevistado pela imprensa criticou as empreiteiras, corruptoras maiores deste País e cujos presidentes foram presos na Operação Lava Jato. Sobre o caso HSBC, a mais nova evidência da lavanderia suíça de dinheiro, também nenhuma palavra, apesar das centenas de figurões brasileiros envolvidos.
Os focos dos atos do domingo 15 de março em todo País foram exclusivamente o PT, Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula. A pauta central na avenida Paulista, em Copacabana, na Esplanada dos Ministérios ou nos demais locais onde houve aglomerações foi a derrubada da presidenta. A divergência era quanto ao método – uns preferiam o impeachment, outros a intervenção militar. E todos alegam, contudo, tratar-se de um ato apartidário e contra a corrupção.
Não, caro leitor. Este não é mais um texto para justificar a "roubalheira do PT", apontando os erros semelhantes cometidos pelos demais partidos. É uma modesta contribuição para um debate menos agressivo e simplista.
Falemos do "Fora CorruPTos" e dos gritos "Fora Dilma" e "Fora PT".
Desculpem-me, mas apenas com ingenuidade ou má-fé é possível acreditar em uma solução mágica. Tiramos a Dilma, o peemedebista Michel Temer vira presidente e tudo estará resolvido? Ou impede-se a chapa toda, caem Dilma e Temer e assume o Eduardo Cunha, aquele que nesta quarta-feiraderrubou o ministro da Educação em poucas horas por ele ter dito umas verdades. Desta forma estará moralizado o governo?
Obviamente não. Haverá, isso sim, uma piora da situação atual: ficará aberto o caminho para que os demais políticos corruptos sigam fazendo o que bem entenderem, sem o ônus de serem do PT. Os manifestantes do dia 15 pensarão: “pronto, derrubamos a Dilma, agora acabou a corrupção no Brasil”. E outras legendas fisiológicas, tão ou mais interessadas no poder e no dinheiro do que o Partido dos Trabalhadores, seguirão mandando na nação.
Vale outro lembrete: em nenhuma hipótese prevista na Constituição o presidente empossado será Aécio Neves. Para chegar ao Planalto o senador do PSDB precisará ser eleito pela maioria da população em 2018, o que não aconteceu em 2014.
Um combate real à corrupção no Brasil é muito mais complicado e demorado do que os memes dos revoltados on-line e MBLs da vida “ensinam”. Exige debate sério e engajamento diário de toda a população em assuntos considerados chatos, como uma profunda reforma política.
Aliás, mesmo a reforma política não é necessariamente a solução. Nada mais é do que um conjunto de leis acerca do sistema político-eleitoral. Pode ser um bom conjunto ou não. E uma mesma proposta, como o fim da reeleição ou a unificação do calendário eleitoral, pode ter um lado bom e um lado ruim, dependendo da leitura que se faça. De novo, é preciso se informar com cuidado e rejeitar simplificações.
É trabalhoso, mas para progredir vamos precisar todos lermos mais, conversarmos mais, nos informarmos mais, desconfiarmos mais. E sempre pautados pelo bom senso, e não pela raiva.
Se a simples retirada de Dilma resolvesse os problemas nacionais ou ao menos a corrupção, eu estaria na rua gritando pela sua derrubada. Mas, como em todos os aspectos da nossa vida, na política as promessas mirabolantes também não são verdadeiras. Acreditar na derrubada de Dilma como o fim dos problemas no Brasil é como acreditar naquele cartaz que promete “trazer a pessoa amada em sete dias”. Abra o olho.
Fonte: www.cartacapital.com.br