quarta-feira, 18 de abril de 2018

Guerra à vista?

EUA e aliados novamente praticam "solidariedade seletiva"

Há dias o mundo ficou chocado com a informação de que o governo da Síria, que tem à frente o presidente Bashar al-Assad, teria usado armas químicas contra civis, em meio à guerra interna que trava com rebeldes que lutam contra seu poder.

O governo sírio, apoiado pela Rússia, de Vladimir Putin, nega o fato, e diz que tudo não passou de encenação dos rebeldes para que houvesse a motivação para um ataque por tropas do Ocidente.

De fato, isso bastou para que os Estados Unidos da América, do presidente Donald Trum, mais a França e o Reino Unido bombardeassem instalações militares da Síria, onde, segundo essa nova tríplice aliança, estariam sendo produzidas armas químicas.

O ataque aconteceu antes mesmo de haver uma inspeção pela Organização das Nações Unidas - ONU ou por alguma entidade ligada a ela.

Como "justificativa", Estados Unidos da América e aliados disseram que o bombardeio se dava por solidariedade às vítimas das armas químicas supostamente utilizadas pelas forças do governo da Síria.

Enquanto isso, milhares de pessoas passam fome em países pobres da África, milhares de pessoas atravessam desertos e mares da Ásia e da África para chegarem à Europa e ali serem humilhados (quando não morrem durante a travessia) e outras tantas mazelas sacodem o mundo.

Mas Estados Unidos da América, França e Reino Unido não se mostram solidários a esses outros milhares de cidadãos do mundo. Nada fazem para ajudar. Do contrário, ajudam a piorar todo esse quadro.

Na verdade, a "solidariedade" de norte-americanos, franceses e britânicos esconde outros interesses, nada humanitários.

A possível nova guerra, que se avista, certamente trará ganhos a esses três Estados, que não estão nem um pouco preocupados com os graves problemas que afetam diversas nações, muitas delas empobrecidas e destruídas justamente pelas guerras que aqueles realizam ou de alguma forma patrocinam, ou apoiam.

O episódio também faz lembrar a invasão das forças dos ianques ao Iraque, durante o governo de Saddam Hussein (que havia chegado ao poder com o apoio dos Estados Unidos da América). A alegação era a existência de armas químicas, cuja existência nunca restou comprovada.

Isso não quer dizer que Bashar al-Assad seja "santo". Longe disso. Mas não é o único tirano dessa história.

Nenhum comentário: