quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Messias Targino/Patu

Falta de energia elétrica se repete no interior do RN

Uma leitura a blogues e portais de notícia hospedados na grande rede mundial de computadores permitirá ao leitor constatar que a falta de fornecimento de energia elétrica em Municípios do interior do Rio Grande do Norte é quase uma constante.

Vendida - a preço questionável - pelo Governo do Estado do Rio Grande do Norte à iniciativa privada quando o governador potiguar era o agora senador da República Garibaldi Alves Filho (PMDB), a COSERN - Companhia Energética do Rio Grande do Norte não conseguiu resolver esse problema, que vem desde os tempos em que a Companhia tinha o Estado como acionista majoritário.

Precisamente nos Municípios de Messias Targino e Patu, houve corte generalizado no fornecimento de energia elétrica nesses dias 17 e 18 de fevereiro de 2015 (terça-feira de Carnaval e Quarta-feira de Cinzas, respectivamente), sempre por volta das 17 horas, perdurando a falta de energia por muito mais de uma hora em cada dia.

Nada deixa o sertanejo do semiárido potiguar mais feliz que a chuva. Com inabalável fé em Deus, o homem e a mulher do sertão nordestino rogam todos os dias para que o período chuvoso seja regular, com chuvas dentro da média esperada. Isso porém não implica em "renúncia" ao direito de receber da COSERN, regularmente, sem interrupções, o essencial serviço de energia elétrica. É que, anunciada no horizonte a possibilidade de chuva, logo falta energia por essas bandas.

Mesmo com todo o faturamento da COSERN e apesar de toda a tecnologia disponível atualmente, a queda de energia elétrica - principalmente em dias de chuva - ainda é uma realidade, que se imaginava acabar quando houvesse a privatização da Companhia.

No entanto, se para ter chuva for preciso ficar às escuras, então que assim seja!

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Direito e Cidadania

População ainda não tem acesso a remédios de alto custo na rede estadual de saúde

O Blog já havia tratado do tema em postagem do dia 31 de janeiro de 2015 (clique aqui), mas volta ao assunto porque o problema ainda perdura.

Dando sequência a um erro verificado ao longo de quase toda a gestão da médica Rosalba Cialini Rosado (DEM), terminada em 31 de dezembro de 2014, o atual governo, de Robinson Faria, ainda não resolveu o problema da falta de medicamentos importantes em várias de suas Unidades Centrais de Agentes Terapêuticos - UNICAT´s, órgãos ligados à Secretaria de Estado da Saúde Pública - SESAP, responsável pela distribuição, à população, de medicamentos de diversas espécies.

Novamente o Blog constatou junto à UNICAT de Mossoró que, além de outros medicamentos, estão em falta o Dimorf e o Reminyl.

O primeiro é feito à base de morfina, e serve para aliviar a dor crônica grave e aguda de pacientes em geral, especialmente os pacientes que sofrem de câncer, que certamente são os que mais utilizam a droga.

Por sua vez, o Reminyl, produzido à base de bromidrato de galantamina, é usado principalmente no combate ao Mal de Alzheimer, doença igualmente grave, sem cura, que acomete milhares de pessoas em todo o Brasil.

Embora tenha chegado recentemente um lote de medicamentos à UNICAT de Mossoró, que funciona vinculada à Diretoria Regional de Saúde - DIRES mossoroense, esses medicamentos continuam em falta.

Sem disponibilidade dos medicamentos de alta complexidade na rede pública estadual, os pacientes de câncer e Alzheimer são obrigados a comprá-los nas farmácias da rede privada.

Uma caixa de Dimorf, com comprimidos para poucos dias, custa em média R$ 75,00 (setenta e cinco reais), ao passo que uma caixa de Reminyl de 8mg, com sete cápsulas, custa em média R$ 100,00 (cem reais). Se o Reminyl for de 16 mg ou mais, o preço será ainda maior.

Logo, quem necessita fazer uso constante de algum desses medicamentos, terá que arcar com despesas altíssimas, quando tais medicamentos deveriam ser disponibilizados gratuitamente na rede estadual de saúde.

Patu

Prévia Carnavalesca foi sucesso total



Foto: Blog Patu Cidade Turística

A Prévia de Carnaval realizada em Patu na última sexta-feira, 13, foi sucesso total.

A festa começou no início da noite no Bairro da Estação, de onde partiu o trio elétrico Arerê com Roberto e Banda Maior Expressão. O ex-vocalista da (já extinta) Banda Terríveis e sua banda arrastaram os foliões pela Avenida Lauro Maia e pela Avenida Rafael Godeiro, só parando na Praça de Eventos "Oliveira Rocha".

Na Praça de Eventos, as bandas Inala e Magote continuaram a festa, agora no palco montado naquele local.

Os blocos patuenses "A Troça" e "Raça Unida" se encarregaram de puxar a folia. Mas não foram os únicos. De algumas cidades da região estiveram na Prévia patuense vários outros blocos carnavalescos.

E quem não estava em nenhum bloco também foi presença marcante. O povo compareceu em número expressivo. E não era apenas de Patu, pois à Prévia compareceram pessoas de vários outros Municípios, inclusive de Messias Targino.

A festa transcorreu com muita paz, pois não houve registros de fatos graves. Para tanto, uma equipe da Sétima Delegacia Regional de Polícia Civil (de Patu) acompanhou todo o trajeto do arrastão da folia e policiais militares da Companhia de Polícia Militar de Patu foram presença marcante em todo o evento, inclusive na Praça "Oliveira Rocha", onde a festa durou até por volta das 2 horas da madrugada do sábado, 14.

Para ver mais imagens da Prévia Carnavalesca de Patu, clique aqui.

Opinião

Mais um boato cretino

Crispiniano Neto

Às vésperas de completar 59 anos de idade, a vasta experiência de vida não me permite embarcar em teorias conspiratórias, tampouco me permite deixar de sentir o cheiro de maracutaia em muitas “acontecências” que parecem inocentes ou casuais, mas que no fundo têm montagens, as mais sórdidas, lhes respaldando.

Não faz tempo, tivemos um tumulto em Minas Gerais, quando de um surto de febre amarela. A imprensa, de maneira irresponsável e desonesta passou a divulgar freneticamente que as vacinas estavam vencidas ou tinham pouca capacidade imunizatória. Algumas pessoas correram a tomar uma segunda dose, e, se não me engano alguém chegou a tomar três. Uma mulher morreu diante da reação, pois como se sabe a vacina é o micróbio da própria doença inoculado em quantidade pequena, suficiente apenas para provocar a reação do organismo, a ponto de criar resistência à doença. Passando disto, o que acontece é a infecção que se queria evitar. E assim foi. Tão grande tornou-se a dose nesta repetição, que a mulher morreu.

Há menos de dois anos, o Brasil assistiu, estupefato, uma correria às agências da Caixa Econômica Federal, pois se falava aos quatro ventos que o Programa Bolsa Família estava pagando sua última mensalidade e que em seguida iria ser extinto. Um erro de comunicação seguido de uma ação intencional da imprensa, causando pânico, de forma irresponsável e criminosa.

Quando o governo Lula aumentou tributou para grandes depósitos em poupança, coisa que só atingiu poupadores muito ricos, a imprensa mais uma vez cumpriu a tarefa desonesta de dizer que havia voltado o confisco ao modo da era Collor.

Ano passado, o prefeito paulistano Fernando Haddad fez uma remodelação no IPTU em que os mais ricos, proprietários de imóveis de altíssimo valor venal passaram a pagar um pouco mais, visto que recebem bem mais benefícios públicos nas áreas de luxo da cidade onde se encontram instalados. Já os pobres tiveram o IPTU reduzido, com centenas de milhares deles ficando isentos. O trabalho da mídia foi tão cretino que estes pobres beneficiados com a isenção ficaram contra o projeto.

Vi na Câmara Municipal de Mossoró quando o então secretário de Recurso Hídricos, Rômulo Macedo veio apresentar o projeto da Adutora Assú-Mossoró colegas da imprensa local, ouriçadíssimos. Eram rosalbistas e saíram histericamente gritando: “Temos que detonar essa adutora, pois se ELA for feita Garibaldi não perde mais eleição em Mossoró”. E daí nasceram os boatos, até de que iríamos tomar refresco de defunto do cemitério de São Rafael. Uma campanha sórdida, que mudou da água poluída para o Old Parr, quando Rosalba aderiu ao governo e passou a ser “a senadora de Garibaldi” nos palanques. Logo ele voltou a ser o “governador das águas”.

Quem não se lembra de Luiz Colombo Pinto, um homem de muita grandeza de caráter, sendo pintado como “o rei do baralho” numa emissora do sandrismo, porque estava se candidatando a prefeito. E João Batista Xavier, o grande professor de Filosofia e ex-seminarista mostrado a Mossoró como “iconoclasta”, o quebrador de imagens da Catedral e das catacumbas do Cemitério de São Sebastião. E a molecagem de tratar um jovem médico como “comedor de fígados de crianças”, só porque era um profissional de alto nível e, tendo se ligado a uma família política adversária dos Rosados, tinha potencial para ser prefeito ou disputar uma vaga de deputado no futuro próximo.

Esta é “a indústria do boato”. Lá e cá. Querem entender melhor, leiam “Murro na Cara”, livro sobre as campanhas políticas dos Estados Unidos. É essa indústria do boato, da bandalheira, da canalhice que está no ar, com mais uma edição, agora espalhando, de novo, um confisco da poupança.

E ainda tem quem ache que a mídia não precisa de regulação, coisa absolutamente diferente de censura, pois censura é o que fazem atualmente dirigentes de veículos de comunicação a serviço do golpismo como a diretora do conglomerado Globo de Comunicações que proibiu de vincular o nome de FHC ao Lava Jato mesmo diante da contundente denúncia de Pedro Barusco, dizendo que foi no governo dele que a corrupção tornou-se sistêmica na Petrobras.

Crispiniano Neto é agrônomo, bacharel em Direito, jornalista, poeta e escritor.

Fonte: www.crispinianoneto.blogspot.com.br

Cadê a água?

Messias Targino e Patu continuam sem água da CAERN

A mídia noticiou, há dias, que foi encontrado um vazamento na tubulação da Adutora Arnóbio Abreu, que traz água da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, de Assu/Itajá, para os Municípios de Paraú, Triunfo Potiguar, Campo Grande, Janduís, Messias Targino e Patu, e que esse vazamento levaria à suspensão do fornecimento de água por vários dias (clique aqui), o que de fato aconteceu.

Depois, a mídia também noticiou que o conserto do problema se daria por volta do dia 10 de fevereiro, e que logo o abastecimento de água nos Municípios afetados seria restabelecido (clique aqui).

Fato é que, até o presente momento, ninguém sabe se o problema foi realmente resolvido, pois a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte - CAERN, mantendo a prática, mantém-se silente e nada informa às populações atingidas.

Enquanto isso, ao menos em Messias Targino e Patu o Blog tem a certeza de que faltou água proveniente da Adutora Arnóbio Abreu até este sábado, 14 de fevereiro.

Mesmo para quem aciona o caro serviço particular de carro-pipa, a água demora a chegar, já que os poços e cacimbões da região de onde são retiradas diariamente grandes quantidades de água estão com suas capacidades abaixo de um limite razoável, em face da grande demanda. Sobra necessidade, falta vazão nos poços e cacimbões.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Baraúna

Um lengalenga que coloca em xeque a Justiça Eleitoral
Depois de 16 mudanças (ou mais) na cadeira de prefeito de Baraúna, de 2013 para cá, a Justiça Eleitoral do país precisa ser repensada.
O custo desse lengalenga para o município é irreparável e incomensurável.
É insondável, também, para as partes litigantes, o investimento milionários com escritórios de advocacia.
Na terça-feira (10), a prefeita Luciana Oliveira (PMDB) foi outra vez afastada do cargo pelo Tribunal Refional Eleitoral (TRE).
Mas antes de mais um bota-fora, outra vez o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a garantiu no cargo, ontem (quarta-feira, 11).
Amanhã…
Texto: Carlos Santos
Fonte: Blog do Carlos Santos

sábado, 31 de janeiro de 2015

Direito e Cidadania

Rede pública de saúde estadual tem falta de medicamentos para pacientes com doenças graves

Terminada em 31 de dezembro de 2014 a gestão de Rosalba Ciarlini Rosado (DEM) como governadora do Rio Grande do Norte, os efeitos maléficos à sociedade ainda são fortemente sentidos.

Na área de saúde, o caos vai além das precárias situações dos hospitais públicos do Estado, recentemente visitados pelo novo governador, Robinson Faria, e por sua equipe de auxiliares.

Medicamentos importantes, necessários ao combate de doenças graves, estão em falta nas sedes da Unidade Central de Agentes Terapêuticos - UNICAT, órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde Pública - SESAP, responsável pela distribuição, à população, de medicamentos de diversas espécies.

A falta de medicamentos na UNICAT, que não é novidade e vez por outra é notícia na mídia (clique aqui), agravou-se durante o governo de Rosalba Ciarlini, findo em 31 de dezembro de 2014, e ainda não foi superada pelo novo governo, de Robinson Faria.

Recentemente, o Blog constatou junto à UNICAT de Mossoró que, além de outros medicamentos, estão em falta o Dimorf e o Reminyl.

O primeiro é feito à base de morfina, e serve para aliviar a dor crônica grave e aguda de pacientes em geral, especialmente os pacientes que sofrem de câncer, que certamente são os que mais utilizam a droga.

Já o Reminyl, produzido à base de bromidrato de galantamina, é usado no combate ao Mal de Alzheimer, doença igualmente grave, sem cura, que acomete milhares de pessoas em todo o Brasil.

Ao Blog, uma servidora da UNICAT de Mossoró, que funciona vinculada à Diretoria Regional de Saúde - DIRES mossoroense, informou que o problema é burocrático. Disse que o estoque de ambos os medicamentos acabou e o Estado prepara o procedimento de licitação para nova aquisição.

Sem disponibilidade dos medicamentos de alta complexidade na rede pública estadual, os pacientes de câncer e Alzheimer têm que comprá-los nas farmácias da rede privada.

Uma caixa de Dimorf, com comprimidos para poucos dias, custa em média R$ 75,00 (setenta e cinco reais), enquanto a caixa de Reminyl, com sete cápsulas, custa em média R$ 100,00 (cem reais).

Para quem necessita fazer uso constante de algum desses medicamentos, o tratamento fica a um preço bastante elevado.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Oeste do RN

No mesmo dia, ladrões assaltam em duas agências do Correio de cidades do Oeste potiguar

Por volta das 9 ou 10 horas da manhã desta sexta-feira, 30 de janeiro, ladrões chegaram à agência do Correio de Paraú, localizada na Rua Capitão Manoel Martins, no Centro, e novamente anunciaram mais um assalto.

Como a mesma agência tinha sido assaltada não faz tanto tempo, a movimentação de banco ainda não havia sido retomada. O Correio, como sabido, funciona como Banco Postal, como um correspondente do Banco do Brasil.

Sem dinheiro no Correio, os ladrões então levaram telefones celulares e outros objetos de pessoas que se faziam presentes na agência.

No Município de Upanema, que territorialmente se limita com Paraú, o dia também foi de assalto à agência do Correio.

No início da tarde desta sexta-feira, 30, Rondinélio Oliveira Medeiros, 20 anos, residente no Bairro Alto Sumaré, Mossoró-RN, e um comparsa de nome ainda não revelado - mas segundo a Polícia, já identificado - assaltaram funcionários e usuários da agência do Correio de Upanema, segundo informações do Blog O Câmara (clique aqui).

A Polícia Militar aguardou os assaltantes saírem da agência, para evitar confronto que pudesse vitimar inocentes, e os perseguiu quando eles empreenderam fuga. A cerca de dois quilômetros da cidade, Rondinélio caiu da motocicleta e foi preso pela Polícia, que porém não conseguiu capturar de imediato o outro assaltante, que continuou em fuga.

Violência torna-se rotina na região Oeste do Estado, uma "terra sem Lei"

A cidade de Paraú tem sido palco de vários assaltos ao Correio e à agência local do Bradesco, que por sinal foi explodida por quadrilha fortemente armada no último dia 22 de janeiro de 2015 (clique aqui).

Upanema também tem sido cenário constante de assaltos à agência do Correio e também de explosões aos Bancos do Brasil (clique aqui) e Bradesco (clique aqui), além de outras formas de violência.

Diversos outros Municípios da região Oeste do Rio Grande do Norte passam pelo mesmo problema, sendo palcos até repetidos de assaltos a agências do Correio e a explosões de estabelecimentos bancários. Exemplo mais recente disso se deu em Messias Targino, onde a agência do Bradesco foi explodida por uma quadrilha fortemente armada no último dia 25 de janeiro, domingo (clique aqui).

Nessas explosões e bancos e caixas eletrônicos, geralmente acontecidas durante as madrugadas, as quadrilhas causam verdadeiro terror. Posicionam-se em frente às unidades locais da Polícia e noutros pontos estratégicos e disparam suas armas de grosso calibre, quebrando, além do silêncio da noite, a paz e o sossego dessas comunidades.

Em cidades como Upanema, Paraú, Campo Grande, Janduís, Messias Targino e tantas outras do interior do Rio Grande do Norte, o efetivo policial militar diário é de dois ou três policiais, havendo dias e casos em que apenas um policial militar se encarrega da segurança de determinados Municípios.

Delegado de Polícia Civil? Anda-se quilômetros para se encontrar um. O Estado não os dispõe em todos os Municípios, e mantém a vergonhosa prática de um mesmo delegado de Polícia Civil responder por várias Delegacias e Municípios, quando não tem condições de desenvolver um trabalho decente nem mesmo na Delegacia onde é titular, pois de tudo falta muito.

Vejam o exemplo: para quem mora em Paraú, ter que registrar uma ocorrência de furto, roubo ou outro ilícito penal, significa ter que ir a Campo Grande, distante vinte e nove quilômetros de Paraú. Como em Campo Grande nem sempre há delegado de Polícia Civil lotado na Delegacia local, muitas vezes o cidadão precisa se locomover mais quarenta e tantos quilômetros até a cidade de Patu, onde está a sede da Sétima Delegacia Regional de Polícia Civil, cujo titular, Sandro Reges, muitas vezes chega a responder por mais de dez Municípios.

Nesse faz-de-conta, os assaltantes e outros cometedores de ilicitudes penais, que levam muito a sério a "arte" de furtar, roubar e matar, "pintam e bordam" sem serem incomodados.

E não existem apenas assaltos a Correios e bancos, não. Em algumas rodovias do Estado, trafegar por elas requer muita fé em Deus e também muita sorte. Na RN 117 (no trecho entre Olho D´água do Borges e Caraúbas), na RN 233 (nos trechos entre Assu e Paraú, Campo Grande e Caraúbas e Caraúbas e Apodi) e na BR 226 (nos trechos entre Messias Targino e Janduís e Janduís e Campo Grande), os assaltos são muito frequentes.

Na maioria das vezes, as vítimas sequer querem mais registrar as ocorrências, pelo tanto de descrédito que adquiriu a segurança pública do Estado, um serviço público essencial que, infelizmente, está falido há décadas.

É bem verdade que ainda é cedo para se criticar o novo governo do Estado, mas também é verdade que as medidas mais emergenciais na área de segurança pública ficaram restritas a Natal, à região metropolitana de Natal e a alguns pouquíssimos Municípios de maior porte.

Para quem vive por essas bandas do Oeste potiguar o novo governo ainda não direcionou o seu olhar no quesito segurança, e o assunto vai cada vez mais de mal a pior.

Falta mobilização social e coletiva

Em meio à crise sem fim no que diz respeito à (falta de) segurança no Oeste do Rio Grande do Norte, um fato chama a atenção: a absoluta inércia da sociedade.

Políticos, lideranças comunitárias e as instituições em geral, como igrejas, Câmaras de Dirigentes Lojistas, sindicatos, faculdades e universidades, etc., deveriam se unir e cobrar dos responsáveis uma solução mais imediata para o problema, que atinge a todos indistintamente.

Infelizmente, todos assistem passivos a esse cenário de guerra, em que a força das armas de uns poucos amedrontam, ferem e matam a sociedade como um todo.

Até quando? 

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Patu/Messias Targino

Juiz da Comarca anuncia mais rigor na fiscalização de trânsito

Desde 1º de outubro de 2013 que o juiz de Direito da Comarca de Patu, Valdir Flávio Lobo Maia, havia determinado maior rigor na fiscalização quanto ao uso de capacete por parte de condutores e passageiros de motocicletas (clique aqui).

Os policiais militares lotados na Segunda Companhia de Polícia Militar (2ª CPM), sediada em Patu (subunidade do Sétimo Batalhão de Polícia Militar do Rio Grande do Norte - 7º BPM/RN) até que iniciaram uma fiscalização quanto à obediência daquela norma de trânsito (uso do capacete).

Além dos policiais militares de Patu, policiais rodoviários estaduais lotados na unidade de trânsito de Pau dos Ferros passaram também a fiscalizar o trânsito em Patu. Em Messias Targino, Termo Judiciário da Comarca de Patu, não se tem notícia da presença desses policiais de trânsito, ficando a fiscalização a cargo apenas dos policiais lotados no Destacamento Policial Militar messiense. 

Flagrado algum motociclista em desrespeito à regra legal de obrigatoriedade do uso do capacete, a motocicleta era apreendida e o seu proprietário tinha que pagar uma taxa, cujo valor era algo em torno de R$ 50,00 (cinquenta reais) - uns falam de um pouco mais, outros falam de um pouco menos desse valor. Essa taxa era paga diretamente na sede da Companhia de Polícia Militar de Patu e era revertida em prol da manutenção desta.

Além disso, dependendo da situação - menor ao volante, embriaguez ao volante ou outra conduta também tipificada como crime -, o caso ia parar também na Sétima Delegacia Regional de Polícia Civil - 7ª DPRC, de Patu, onde era lavrado para cada caso um Termo Circunstanciado de Ocorrência - TCO, para posterior encaminhamento da situação ao Juizado Especial Criminal da Comarca de Patu.

O problema é que virou senso comum o entendimento de que a Polícia Militar não pode exercer a fiscalização quanto a infrações administrativas de trânsito, e a própria PM passou a ter essa consciência e, assim diminuiu consideravelmente essa fiscalização de trânsito.

Diante desse cenário, o juiz de Direito da Comarca de Patu, Valdir Flávio, adotou medida mais rígida, e agora exigirá das autoridades responsáveis pela fiscalização, também, que seja observado o Código de Trânsito Brasileiro quanto à existência ou de habilitação dos condutores de motocicletasr.

A partir de 1º de fevereiro de 2015, segundo comunicado divulgado oficialmente pela Comarca de Patu (clique aqui), deverá ser observado também se o condutor de motocicleta porta, além do capacete, a respectiva Carteira Nacional de Habilitação - CNH.

A medida deverá valer, logicamente, para os Municípios de Patu e Messias Targino, já que os dois fazem parte da mesma Comarca.

Nesta quarta-feira, 21 de janeiro, uma nota oficial oriunda da Comarca foi amplamente divulgada na Rádio Educadora Patuense (FM 87,9) e em blogs editados a partir de Patu.

A situação muda um pouco em relação à determinação anterior, de outubro de 2013, porque o fato de conduzir veiculo automotor sem habilitação deixa de ser uma simples infração administrativa (artigo 162 do Código de Trânsito Brasileiro) para ser também conduta tipificada como crime (artigos 309 e 310 do Código de Trânsito Brasileiro).

Assim determinando, o juiz de Direito da Comarca de Patu habilitou as Polícias Civil e Militar para também cuidar do assunto e, portanto, exercerem fiscalização quanto ao tema, sem prejuízo das ações de fiscalização esporadicamente realizadas na cidade de Patu pelos policiais rodoviários estaduais, os famosos "amarelinhos".

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Política

Mossoró tem novos representantes no cenário político local e estadual e o Estado também experimenta o "novo"

Historicamente, o Rio Grande do Norte elegia, em média, dois deputados federais e dois deputados estaduais oriundos de Mossoró, nascidos nesta cidade ou que tinham base política em Mossoró. Geralmente eram políticos dos principais grupos do Município, todos do clã Rosado ou diretamente ligados a este.

O ápice mais recente dos políticos mossoroenses no cenário estadual se deu justamente com a médica e ex-prefeita da Terra de Santa Luzia, Rosalba Ciarlini Rosado, que foi eleita para o cargo de Senadora da República nas eleições gerais realizadas em 2006 e depois foi eleita para o cargo de governadora do Estado nas eleições gerais seguintes, acontecidas em 2010.

Mas a gestão da governadora Rosalba Ciarlini, iniciada em 1º de janeiro de 2011 e terminada neste dia 31 de dezembro de 2014, foi um verdadeiro fiasco. Seus aliados políticos mais graduados a abandonaram na metade do mandato, os serviços públicos essenciais foram prestados em sua maioria com péssima qualidade e agora se fala abertamente numa dívida de 610 milhões de reais, que teria sido deixada pela gestão da "Rosa" (clique aqui).

Com elevado índice de reprovação popular e se mantendo elegível por força de uma decisão judicial provisória (liminar), Rosalba Ciarlini sequer conseguiu o apoio e a legenda do seu partido, o Democratas (DEM), para uma tentativa de reeleição.

Preocupado unicamente com o projeto de reeleição do seu filho, o deputado federal Felipe Maia, o presidente estadual e nacional do DEM, senador José Agripino Maia, preferiu levar o seu partido a uma coligação com o PMDB, cujo candidato a governador em 2014, deputado federal Henrique Eduardo Alves, foi derrotado nas urnas pelo atual governador Robinson Faria (PSD), que por sinal era o vice-governador de Rosalba Ciarlini até 31 de dezembro de 2014.

Na peleja local do segundo maior Município potiguar, os grupos mais tradicionais da política mossoroense, liderados por membros da família Rosado Maia (que a partir da segunda geração da descendência de Jerônimo Rosado Maia adotaram apenas o sobrenome Rosado), viram seus candidatos a prefeito serem derrotados, em eleição municipal suplementar, para o vereador e prefeito interino do Município, Francisco José Silveira Júnior (PSD) (clique aqui).

No ritmo do dito popular "depois da queda, coice", os principais grupamentos políticos mossoroenses também foram derrotados nas eleições estaduais de 2014: a então governadora Rosalba Cialini Rosado não pode sequer ser candidata à reeleição, rejeitada pelo povo e pelo próprio partido; a deputada federal Sandra Rosado (PSB) não conseguiu ser reeleita; a deputada estadual e filha de Sandra, Larissa Rosado (PSB), também não obteve êxito no seu projeto de reeleição; a ex-prefeita Fafá Rosado (PMDB) não conseguiu ser eleita para o cargo de deputada federal e o seu marido, deputado estadual e médico Leonardo Nogueira, também naufragou no seu intento de reeleição.

Apesar do desgaste popular em todo o Estado, Rosalba Ciarlini mostrou sua força dentro dos limites territoriais de Mossoró e foi fundamental para a eleição do seu candidato a deputado federal, o jovem agrônomo Betinho Rosado Segundo, ou Beto Rosado (PP), que vem a ser filho do atual deputado federal Betinho Rosado, cunhado da "Rosa", que não pode ser candidato à reeleição por ter ficado inelegível.

A partir de 1º de fevereiro de 2015, a cidade de Mossoró terá apenas, como filho da terra, um deputado federal, no caso Betinho Rosado Segundo, ou Beto Rosado (PP), e nenhum deputado estadual (já chegou a ter três por legislatura). Os demais candidatos, ligados a Henrique Alves na última campanha eleitoral, perderam-se no caminho junto com este, que mais uma vez comprovou não ter "sorte" quando disputa um cargo majoritário, mesmo sendo ele o atual presidente da Câmara dos Deputados.

Os principais grupos políticos de Mossoró ficaram a um só tempo sem muitos representantes nos Parlamentos (só terá um, no âmbito federal) e sem perspectiva de muito espaço no Governo estadual, situação que não se via há décadas.

Nesse cenário, surgiu a presença do atual prefeito mossoroense, Francisco José Silveira Júnior (PSD), ungido como o "novo" na política local, apesar dos seus muitos mandatos de vereador, em que também foi presidente do Poder Legislativo mossoroense.

Contando com uma boa pitada de sorte e também muito de articulação política, Silveira Júnior, depois de estar sentado com tranquilidade na cadeira de prefeito do segundo maior Município potiguar, abraçou com força a candidatura de Robinson Faria, do seu partido (PSD), ao governo do Estado, e agora colhe os frutos dessa parceria.

Durante a campanha eleitoral passada, Francisco José Júnior atuou como uma espécie de coordenador regional no Oeste do Estado do estafe de campanha do então candidato Robinson Faria, juntamente com seu pai, o ex-deputado estadual Francisco José Silveira.

Nem mesmo a retirada da candidatura do pai Francisco José ao cargo de deputado estadual, por falta de condições de elegibilidade, nem mesmo isto retirou do novo prefeito o prestígio que adquiriu junto ao comando estadual da campanha de Robinson Faria.

E, sem o pai para apoiar para deputado estadual, Silveira Júnior descartou apoiar o deputado estadual candidato à reeleição Leonardo Nogueira (DEM), que, juntamente com a ex-prefeita Fafá Rosado (PMDB) havia lhe dado apoio na eleição suplementar municipal para prefeito. Apostando em carreira solo, Francisco José Júnior emprestou seu apoio a Galeno Torquato, ex-prefeito de São Miguel e que foi eleito para o cargo de deputado estadual com expressiva votação no Município de Mossoró, o segundo maior colégio eleitoral do Rio Grande do Norte.

O mesmo ele fez para o caso de deputado federal, em que ignorou as candidaturas nascidas em Mossoró e resolveu apoiar Fábio Faria, que disputou a reeleição. Neste caso, havia dois fortes "atrativos": Fábio é do mesmo partido de Silveira Júnior e filho do então candidato a governador, Robinson Faria.

Empossado o governador Robinson Faria em 1º de janeiro, coube a Francisco José Júnior indicar um secretário de Estado e vários outros nomes para outros cargos importantes do Governo norte-rio-grandense. Semelhante espaço foi dado também ao deputado federal Betinho Rosado e ao seu filho, deputado federal eleito e diplomado, Beto Rosado.

Conduzindo Mossoró de volta a um lugar de destaque no cenário estadual, o que se acreditava ser impossível para data tão próxima em virtude da péssima avaliação à administração da governadora Rosalba Ciarlini Rosado e em razão dos fracassos eleitorais dos grupos políticos mossoroenses mais tradicionais, Francisco José Júnior foi eleito agora, mais recentemente, para o cargo de presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte - FEMURN, derrotando o então presidente, candidato à reeleição, Benes Leocádio, que é prefeito de Lajes, Município localizado na região Central do Estado (clique aqui).

A eleição para a presidência da FEMURN, a propósito, foi uma espécie de terceiro turno das eleições estaduais de outubro de 2014. Francisco José Júnior tinha o apoio do governador Robinson Faria e Benes contava com a força do candidato derrotado por Robinson, deputado Federal Henrique Alves. Assim como no último pleito eleitoral estadual, a disputa pela presidência da Federação de Municípios foi apertada.

Dias antes, o presidente da Câmara Municipal de Mossoró, Jório Nogueira, agora ligado ao prefeito Francisco José Júnior, havia vencido a disputa para o cargo de presidente da Federação das Câmaras Municipais do Rio Grande do Norte - FECAM/RN (clique aqui).

E é assim que, por intermédio dos deputados Betinho Rosado (com mandato a terminar em 31 de janeiro de 2015) e Betinho Rosado Segundo (diplomado) e do grupo liderado por Francisco José Silveira Júnior, Mossoró, mesmo sem os deputados que sempre elegia até pouco tempo e sem a governadora Rosalba Ciarlini Rosado, voltou a ter generoso espaço no âmbito da política estadual.

Há quem diga que a eleição de Silveira Júnior para o cargo de presidente da FEMURN servirá como trampolim para projetos eleitorais futuros dele e do próprio governador Robinson Faria. Os dois têm em comum o fato de serem chamados de "novos" na política potiguar (e nem são tão novos assim na vida pública) e, ainda, o fato de terem se aliado ao Partido dos Trabalhadores - PT e a outras siglas de menor representatividade no Estado para conseguirem suas eleições.

Novos, novos, mesmos, são o fato de o Estado do Rio Grande do Norte sair do controle que, em rodízio, era feito pelas famílias Maia e Alves (que se juntaram na última eleição estadual e perderam unidas) e o fato de Mossoró não ter, após décadas, um prefeito que seja da linhagem Rosado ou do estreito controle de um dos seus grupos, que já foram dois, três e, quem sabe, de repente pode voltar a ser apenas um, como se tinha lá atrás no tempo, antes do "racha" familiar, que por décadas foi usado como estratégia do tipo "é preciso separar para se manter no poder".