sexta-feira, 31 de julho de 2015

Em defesa da democracia

Nem a volta dos militares, nem o absolutismo de Cunha

É incrível ver como ainda existem uns idiotas, imbecis, que defendem o retorno do regime militar ao governo brasileiro. São pessoas que ou não têm noção do que foi o tempo duro de exceção. Certamente não tiveram um amigo ou um familiar vítima daquele período negro da História recente do Brasil. Ou então são pessoas simplesmente de corações maus.

E não venham dizer que a corrupção começou hoje. Ela existe desde os tempos do descobrimento do Brasil, quando os portugueses, mandados para cá na sua pior espécie, começaram a colonização corrompendo nossos nativos indígenas e depois surrupiando nossas riquezas.

Também não apontem os déspotas militares como salvadores da pátria, pois eles também cometeram seus duros e graves "pecados". O que foi o tal "milagre econômico" se não um desses pecados? E quem fiscalizava e agora fiscalizaria os governos militares? Ninguém, afinal, o regime militar fechou todas as instituições que tivessem um sopro de democracia e novamente o faria se fosse restabelecido.

Por outro lado, também não se pode dar crédito aos desatinos de essência absolutista e antidemocrática de Eduardo Cunha, presidente da Câmara Federal. Ele se acha dono da Constituição Federal, senhor do Regimento Interno da Câmara dos Deputados e dono absoluto do Brasil. Já anunciou que seu próximo alvo será a Ordem dos Advogados do Brasil - OAB, justamente uma das instituições que mais defenderam a democracia brasileira.

Para que cenas iniciadas a partir do comício de 13 de março de 1964 não mais aconteçam; para que políticos como Eduardo Cunha sejam forçados a reconhecer que esse torrão da América é um Estado Democrático de Direito; para que o povo não sinta saudades de governos tiranos nem de políticos hipócritas que se acham acima do bem e do mal, o Blog convida para refletir ao som de Gilberto Gil, um dos marcos na resistência contra a tirania do regime militar.

A canção "No woman no cry", de Bob Marley, foi traduzida por Gil como "Não chores mais". Segue a pérola interpretada por esse baiano arretado, que fez mais pela História desse País e por sua gente do que muitos gaiatos de terno e gravata que se dizem defensores do povo e da democracia mas que, em sua maioria, só defendem seus interesses mesmos. A propósito, Gil, Caetano, Chico Buarque, Zé Geraldo, Geraldo Vandré e outros nomes da música popular brasileira colocaram seus dons e talentos a serviço da nação, defendendo com muita força e muita inteligência a democracia. Deram alma musical à revolta instalada por homens como Lamarca.

Assistam e ouçam:





Vídeo extraído do You Tube.

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