sábado, 31 de janeiro de 2015

Direito e Cidadania

Rede pública de saúde estadual tem falta de medicamentos para pacientes com doenças graves

Terminada em 31 de dezembro de 2014 a gestão de Rosalba Ciarlini Rosado (DEM) como governadora do Rio Grande do Norte, os efeitos maléficos à sociedade ainda são fortemente sentidos.

Na área de saúde, o caos vai além das precárias situações dos hospitais públicos do Estado, recentemente visitados pelo novo governador, Robinson Faria, e por sua equipe de auxiliares.

Medicamentos importantes, necessários ao combate de doenças graves, estão em falta nas sedes da Unidade Central de Agentes Terapêuticos - UNICAT, órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde Pública - SESAP, responsável pela distribuição, à população, de medicamentos de diversas espécies.

A falta de medicamentos na UNICAT, que não é novidade e vez por outra é notícia na mídia (clique aqui), agravou-se durante o governo de Rosalba Ciarlini, findo em 31 de dezembro de 2014, e ainda não foi superada pelo novo governo, de Robinson Faria.

Recentemente, o Blog constatou junto à UNICAT de Mossoró que, além de outros medicamentos, estão em falta o Dimorf e o Reminyl.

O primeiro é feito à base de morfina, e serve para aliviar a dor crônica grave e aguda de pacientes em geral, especialmente os pacientes que sofrem de câncer, que certamente são os que mais utilizam a droga.

Já o Reminyl, produzido à base de bromidrato de galantamina, é usado no combate ao Mal de Alzheimer, doença igualmente grave, sem cura, que acomete milhares de pessoas em todo o Brasil.

Ao Blog, uma servidora da UNICAT de Mossoró, que funciona vinculada à Diretoria Regional de Saúde - DIRES mossoroense, informou que o problema é burocrático. Disse que o estoque de ambos os medicamentos acabou e o Estado prepara o procedimento de licitação para nova aquisição.

Sem disponibilidade dos medicamentos de alta complexidade na rede pública estadual, os pacientes de câncer e Alzheimer têm que comprá-los nas farmácias da rede privada.

Uma caixa de Dimorf, com comprimidos para poucos dias, custa em média R$ 75,00 (setenta e cinco reais), enquanto a caixa de Reminyl, com sete cápsulas, custa em média R$ 100,00 (cem reais).

Para quem necessita fazer uso constante de algum desses medicamentos, o tratamento fica a um preço bastante elevado.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Oeste do RN

No mesmo dia, ladrões assaltam em duas agências do Correio de cidades do Oeste potiguar

Por volta das 9 ou 10 horas da manhã desta sexta-feira, 30 de janeiro, ladrões chegaram à agência do Correio de Paraú, localizada na Rua Capitão Manoel Martins, no Centro, e novamente anunciaram mais um assalto.

Como a mesma agência tinha sido assaltada não faz tanto tempo, a movimentação de banco ainda não havia sido retomada. O Correio, como sabido, funciona como Banco Postal, como um correspondente do Banco do Brasil.

Sem dinheiro no Correio, os ladrões então levaram telefones celulares e outros objetos de pessoas que se faziam presentes na agência.

No Município de Upanema, que territorialmente se limita com Paraú, o dia também foi de assalto à agência do Correio.

No início da tarde desta sexta-feira, 30, Rondinélio Oliveira Medeiros, 20 anos, residente no Bairro Alto Sumaré, Mossoró-RN, e um comparsa de nome ainda não revelado - mas segundo a Polícia, já identificado - assaltaram funcionários e usuários da agência do Correio de Upanema, segundo informações do Blog O Câmara (clique aqui).

A Polícia Militar aguardou os assaltantes saírem da agência, para evitar confronto que pudesse vitimar inocentes, e os perseguiu quando eles empreenderam fuga. A cerca de dois quilômetros da cidade, Rondinélio caiu da motocicleta e foi preso pela Polícia, que porém não conseguiu capturar de imediato o outro assaltante, que continuou em fuga.

Violência torna-se rotina na região Oeste do Estado, uma "terra sem Lei"

A cidade de Paraú tem sido palco de vários assaltos ao Correio e à agência local do Bradesco, que por sinal foi explodida por quadrilha fortemente armada no último dia 22 de janeiro de 2015 (clique aqui).

Upanema também tem sido cenário constante de assaltos à agência do Correio e também de explosões aos Bancos do Brasil (clique aqui) e Bradesco (clique aqui), além de outras formas de violência.

Diversos outros Municípios da região Oeste do Rio Grande do Norte passam pelo mesmo problema, sendo palcos até repetidos de assaltos a agências do Correio e a explosões de estabelecimentos bancários. Exemplo mais recente disso se deu em Messias Targino, onde a agência do Bradesco foi explodida por uma quadrilha fortemente armada no último dia 25 de janeiro, domingo (clique aqui).

Nessas explosões e bancos e caixas eletrônicos, geralmente acontecidas durante as madrugadas, as quadrilhas causam verdadeiro terror. Posicionam-se em frente às unidades locais da Polícia e noutros pontos estratégicos e disparam suas armas de grosso calibre, quebrando, além do silêncio da noite, a paz e o sossego dessas comunidades.

Em cidades como Upanema, Paraú, Campo Grande, Janduís, Messias Targino e tantas outras do interior do Rio Grande do Norte, o efetivo policial militar diário é de dois ou três policiais, havendo dias e casos em que apenas um policial militar se encarrega da segurança de determinados Municípios.

Delegado de Polícia Civil? Anda-se quilômetros para se encontrar um. O Estado não os dispõe em todos os Municípios, e mantém a vergonhosa prática de um mesmo delegado de Polícia Civil responder por várias Delegacias e Municípios, quando não tem condições de desenvolver um trabalho decente nem mesmo na Delegacia onde é titular, pois de tudo falta muito.

Vejam o exemplo: para quem mora em Paraú, ter que registrar uma ocorrência de furto, roubo ou outro ilícito penal, significa ter que ir a Campo Grande, distante vinte e nove quilômetros de Paraú. Como em Campo Grande nem sempre há delegado de Polícia Civil lotado na Delegacia local, muitas vezes o cidadão precisa se locomover mais quarenta e tantos quilômetros até a cidade de Patu, onde está a sede da Sétima Delegacia Regional de Polícia Civil, cujo titular, Sandro Reges, muitas vezes chega a responder por mais de dez Municípios.

Nesse faz-de-conta, os assaltantes e outros cometedores de ilicitudes penais, que levam muito a sério a "arte" de furtar, roubar e matar, "pintam e bordam" sem serem incomodados.

E não existem apenas assaltos a Correios e bancos, não. Em algumas rodovias do Estado, trafegar por elas requer muita fé em Deus e também muita sorte. Na RN 117 (no trecho entre Olho D´água do Borges e Caraúbas), na RN 233 (nos trechos entre Assu e Paraú, Campo Grande e Caraúbas e Caraúbas e Apodi) e na BR 226 (nos trechos entre Messias Targino e Janduís e Janduís e Campo Grande), os assaltos são muito frequentes.

Na maioria das vezes, as vítimas sequer querem mais registrar as ocorrências, pelo tanto de descrédito que adquiriu a segurança pública do Estado, um serviço público essencial que, infelizmente, está falido há décadas.

É bem verdade que ainda é cedo para se criticar o novo governo do Estado, mas também é verdade que as medidas mais emergenciais na área de segurança pública ficaram restritas a Natal, à região metropolitana de Natal e a alguns pouquíssimos Municípios de maior porte.

Para quem vive por essas bandas do Oeste potiguar o novo governo ainda não direcionou o seu olhar no quesito segurança, e o assunto vai cada vez mais de mal a pior.

Falta mobilização social e coletiva

Em meio à crise sem fim no que diz respeito à (falta de) segurança no Oeste do Rio Grande do Norte, um fato chama a atenção: a absoluta inércia da sociedade.

Políticos, lideranças comunitárias e as instituições em geral, como igrejas, Câmaras de Dirigentes Lojistas, sindicatos, faculdades e universidades, etc., deveriam se unir e cobrar dos responsáveis uma solução mais imediata para o problema, que atinge a todos indistintamente.

Infelizmente, todos assistem passivos a esse cenário de guerra, em que a força das armas de uns poucos amedrontam, ferem e matam a sociedade como um todo.

Até quando? 

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Patu/Messias Targino

Juiz da Comarca anuncia mais rigor na fiscalização de trânsito

Desde 1º de outubro de 2013 que o juiz de Direito da Comarca de Patu, Valdir Flávio Lobo Maia, havia determinado maior rigor na fiscalização quanto ao uso de capacete por parte de condutores e passageiros de motocicletas (clique aqui).

Os policiais militares lotados na Segunda Companhia de Polícia Militar (2ª CPM), sediada em Patu (subunidade do Sétimo Batalhão de Polícia Militar do Rio Grande do Norte - 7º BPM/RN) até que iniciaram uma fiscalização quanto à obediência daquela norma de trânsito (uso do capacete).

Além dos policiais militares de Patu, policiais rodoviários estaduais lotados na unidade de trânsito de Pau dos Ferros passaram também a fiscalizar o trânsito em Patu. Em Messias Targino, Termo Judiciário da Comarca de Patu, não se tem notícia da presença desses policiais de trânsito, ficando a fiscalização a cargo apenas dos policiais lotados no Destacamento Policial Militar messiense. 

Flagrado algum motociclista em desrespeito à regra legal de obrigatoriedade do uso do capacete, a motocicleta era apreendida e o seu proprietário tinha que pagar uma taxa, cujo valor era algo em torno de R$ 50,00 (cinquenta reais) - uns falam de um pouco mais, outros falam de um pouco menos desse valor. Essa taxa era paga diretamente na sede da Companhia de Polícia Militar de Patu e era revertida em prol da manutenção desta.

Além disso, dependendo da situação - menor ao volante, embriaguez ao volante ou outra conduta também tipificada como crime -, o caso ia parar também na Sétima Delegacia Regional de Polícia Civil - 7ª DPRC, de Patu, onde era lavrado para cada caso um Termo Circunstanciado de Ocorrência - TCO, para posterior encaminhamento da situação ao Juizado Especial Criminal da Comarca de Patu.

O problema é que virou senso comum o entendimento de que a Polícia Militar não pode exercer a fiscalização quanto a infrações administrativas de trânsito, e a própria PM passou a ter essa consciência e, assim diminuiu consideravelmente essa fiscalização de trânsito.

Diante desse cenário, o juiz de Direito da Comarca de Patu, Valdir Flávio, adotou medida mais rígida, e agora exigirá das autoridades responsáveis pela fiscalização, também, que seja observado o Código de Trânsito Brasileiro quanto à existência ou de habilitação dos condutores de motocicletasr.

A partir de 1º de fevereiro de 2015, segundo comunicado divulgado oficialmente pela Comarca de Patu (clique aqui), deverá ser observado também se o condutor de motocicleta porta, além do capacete, a respectiva Carteira Nacional de Habilitação - CNH.

A medida deverá valer, logicamente, para os Municípios de Patu e Messias Targino, já que os dois fazem parte da mesma Comarca.

Nesta quarta-feira, 21 de janeiro, uma nota oficial oriunda da Comarca foi amplamente divulgada na Rádio Educadora Patuense (FM 87,9) e em blogs editados a partir de Patu.

A situação muda um pouco em relação à determinação anterior, de outubro de 2013, porque o fato de conduzir veiculo automotor sem habilitação deixa de ser uma simples infração administrativa (artigo 162 do Código de Trânsito Brasileiro) para ser também conduta tipificada como crime (artigos 309 e 310 do Código de Trânsito Brasileiro).

Assim determinando, o juiz de Direito da Comarca de Patu habilitou as Polícias Civil e Militar para também cuidar do assunto e, portanto, exercerem fiscalização quanto ao tema, sem prejuízo das ações de fiscalização esporadicamente realizadas na cidade de Patu pelos policiais rodoviários estaduais, os famosos "amarelinhos".

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Política

Mossoró tem novos representantes no cenário político local e estadual e o Estado também experimenta o "novo"

Historicamente, o Rio Grande do Norte elegia, em média, dois deputados federais e dois deputados estaduais oriundos de Mossoró, nascidos nesta cidade ou que tinham base política em Mossoró. Geralmente eram políticos dos principais grupos do Município, todos do clã Rosado ou diretamente ligados a este.

O ápice mais recente dos políticos mossoroenses no cenário estadual se deu justamente com a médica e ex-prefeita da Terra de Santa Luzia, Rosalba Ciarlini Rosado, que foi eleita para o cargo de Senadora da República nas eleições gerais realizadas em 2006 e depois foi eleita para o cargo de governadora do Estado nas eleições gerais seguintes, acontecidas em 2010.

Mas a gestão da governadora Rosalba Ciarlini, iniciada em 1º de janeiro de 2011 e terminada neste dia 31 de dezembro de 2014, foi um verdadeiro fiasco. Seus aliados políticos mais graduados a abandonaram na metade do mandato, os serviços públicos essenciais foram prestados em sua maioria com péssima qualidade e agora se fala abertamente numa dívida de 610 milhões de reais, que teria sido deixada pela gestão da "Rosa" (clique aqui).

Com elevado índice de reprovação popular e se mantendo elegível por força de uma decisão judicial provisória (liminar), Rosalba Ciarlini sequer conseguiu o apoio e a legenda do seu partido, o Democratas (DEM), para uma tentativa de reeleição.

Preocupado unicamente com o projeto de reeleição do seu filho, o deputado federal Felipe Maia, o presidente estadual e nacional do DEM, senador José Agripino Maia, preferiu levar o seu partido a uma coligação com o PMDB, cujo candidato a governador em 2014, deputado federal Henrique Eduardo Alves, foi derrotado nas urnas pelo atual governador Robinson Faria (PSD), que por sinal era o vice-governador de Rosalba Ciarlini até 31 de dezembro de 2014.

Na peleja local do segundo maior Município potiguar, os grupos mais tradicionais da política mossoroense, liderados por membros da família Rosado Maia (que a partir da segunda geração da descendência de Jerônimo Rosado Maia adotaram apenas o sobrenome Rosado), viram seus candidatos a prefeito serem derrotados, em eleição municipal suplementar, para o vereador e prefeito interino do Município, Francisco José Silveira Júnior (PSD) (clique aqui).

No ritmo do dito popular "depois da queda, coice", os principais grupamentos políticos mossoroenses também foram derrotados nas eleições estaduais de 2014: a então governadora Rosalba Cialini Rosado não pode sequer ser candidata à reeleição, rejeitada pelo povo e pelo próprio partido; a deputada federal Sandra Rosado (PSB) não conseguiu ser reeleita; a deputada estadual e filha de Sandra, Larissa Rosado (PSB), também não obteve êxito no seu projeto de reeleição; a ex-prefeita Fafá Rosado (PMDB) não conseguiu ser eleita para o cargo de deputada federal e o seu marido, deputado estadual e médico Leonardo Nogueira, também naufragou no seu intento de reeleição.

Apesar do desgaste popular em todo o Estado, Rosalba Ciarlini mostrou sua força dentro dos limites territoriais de Mossoró e foi fundamental para a eleição do seu candidato a deputado federal, o jovem agrônomo Betinho Rosado Segundo, ou Beto Rosado (PP), que vem a ser filho do atual deputado federal Betinho Rosado, cunhado da "Rosa", que não pode ser candidato à reeleição por ter ficado inelegível.

A partir de 1º de fevereiro de 2015, a cidade de Mossoró terá apenas, como filho da terra, um deputado federal, no caso Betinho Rosado Segundo, ou Beto Rosado (PP), e nenhum deputado estadual (já chegou a ter três por legislatura). Os demais candidatos, ligados a Henrique Alves na última campanha eleitoral, perderam-se no caminho junto com este, que mais uma vez comprovou não ter "sorte" quando disputa um cargo majoritário, mesmo sendo ele o atual presidente da Câmara dos Deputados.

Os principais grupos políticos de Mossoró ficaram a um só tempo sem muitos representantes nos Parlamentos (só terá um, no âmbito federal) e sem perspectiva de muito espaço no Governo estadual, situação que não se via há décadas.

Nesse cenário, surgiu a presença do atual prefeito mossoroense, Francisco José Silveira Júnior (PSD), ungido como o "novo" na política local, apesar dos seus muitos mandatos de vereador, em que também foi presidente do Poder Legislativo mossoroense.

Contando com uma boa pitada de sorte e também muito de articulação política, Silveira Júnior, depois de estar sentado com tranquilidade na cadeira de prefeito do segundo maior Município potiguar, abraçou com força a candidatura de Robinson Faria, do seu partido (PSD), ao governo do Estado, e agora colhe os frutos dessa parceria.

Durante a campanha eleitoral passada, Francisco José Júnior atuou como uma espécie de coordenador regional no Oeste do Estado do estafe de campanha do então candidato Robinson Faria, juntamente com seu pai, o ex-deputado estadual Francisco José Silveira.

Nem mesmo a retirada da candidatura do pai Francisco José ao cargo de deputado estadual, por falta de condições de elegibilidade, nem mesmo isto retirou do novo prefeito o prestígio que adquiriu junto ao comando estadual da campanha de Robinson Faria.

E, sem o pai para apoiar para deputado estadual, Silveira Júnior descartou apoiar o deputado estadual candidato à reeleição Leonardo Nogueira (DEM), que, juntamente com a ex-prefeita Fafá Rosado (PMDB) havia lhe dado apoio na eleição suplementar municipal para prefeito. Apostando em carreira solo, Francisco José Júnior emprestou seu apoio a Galeno Torquato, ex-prefeito de São Miguel e que foi eleito para o cargo de deputado estadual com expressiva votação no Município de Mossoró, o segundo maior colégio eleitoral do Rio Grande do Norte.

O mesmo ele fez para o caso de deputado federal, em que ignorou as candidaturas nascidas em Mossoró e resolveu apoiar Fábio Faria, que disputou a reeleição. Neste caso, havia dois fortes "atrativos": Fábio é do mesmo partido de Silveira Júnior e filho do então candidato a governador, Robinson Faria.

Empossado o governador Robinson Faria em 1º de janeiro, coube a Francisco José Júnior indicar um secretário de Estado e vários outros nomes para outros cargos importantes do Governo norte-rio-grandense. Semelhante espaço foi dado também ao deputado federal Betinho Rosado e ao seu filho, deputado federal eleito e diplomado, Beto Rosado.

Conduzindo Mossoró de volta a um lugar de destaque no cenário estadual, o que se acreditava ser impossível para data tão próxima em virtude da péssima avaliação à administração da governadora Rosalba Ciarlini Rosado e em razão dos fracassos eleitorais dos grupos políticos mossoroenses mais tradicionais, Francisco José Júnior foi eleito agora, mais recentemente, para o cargo de presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte - FEMURN, derrotando o então presidente, candidato à reeleição, Benes Leocádio, que é prefeito de Lajes, Município localizado na região Central do Estado (clique aqui).

A eleição para a presidência da FEMURN, a propósito, foi uma espécie de terceiro turno das eleições estaduais de outubro de 2014. Francisco José Júnior tinha o apoio do governador Robinson Faria e Benes contava com a força do candidato derrotado por Robinson, deputado Federal Henrique Alves. Assim como no último pleito eleitoral estadual, a disputa pela presidência da Federação de Municípios foi apertada.

Dias antes, o presidente da Câmara Municipal de Mossoró, Jório Nogueira, agora ligado ao prefeito Francisco José Júnior, havia vencido a disputa para o cargo de presidente da Federação das Câmaras Municipais do Rio Grande do Norte - FECAM/RN (clique aqui).

E é assim que, por intermédio dos deputados Betinho Rosado (com mandato a terminar em 31 de janeiro de 2015) e Betinho Rosado Segundo (diplomado) e do grupo liderado por Francisco José Silveira Júnior, Mossoró, mesmo sem os deputados que sempre elegia até pouco tempo e sem a governadora Rosalba Ciarlini Rosado, voltou a ter generoso espaço no âmbito da política estadual.

Há quem diga que a eleição de Silveira Júnior para o cargo de presidente da FEMURN servirá como trampolim para projetos eleitorais futuros dele e do próprio governador Robinson Faria. Os dois têm em comum o fato de serem chamados de "novos" na política potiguar (e nem são tão novos assim na vida pública) e, ainda, o fato de terem se aliado ao Partido dos Trabalhadores - PT e a outras siglas de menor representatividade no Estado para conseguirem suas eleições.

Novos, novos, mesmos, são o fato de o Estado do Rio Grande do Norte sair do controle que, em rodízio, era feito pelas famílias Maia e Alves (que se juntaram na última eleição estadual e perderam unidas) e o fato de Mossoró não ter, após décadas, um prefeito que seja da linhagem Rosado ou do estreito controle de um dos seus grupos, que já foram dois, três e, quem sabe, de repente pode voltar a ser apenas um, como se tinha lá atrás no tempo, antes do "racha" familiar, que por décadas foi usado como estratégia do tipo "é preciso separar para se manter no poder".

Saúde

No Rio Grande do Norte, 32 municípios poderão solicitar novas vagas no Mais Médicos
O Ministério da Saúde vai expandir o Programa Mais Médicos para assegurar profissionais em municípios com dificuldade de contração na Atenção Básica.
O novo edital abre uma nova oportunidade para 1.500 prefeituras e garante a incorporação de 100% das vagas do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab).
A seleção, aberta nesta sexta-feira (16), integra 424 cidades que ainda não participam do Mais Médicos. No estado do Rio Grande do Norte, 32 municípios poderão solicitar novas vagas pelo Programa.
Municípios e médicos terão até os dias 28 e 29 de janeiro, respectivamente, para confirmar sua participação e efetuar a inscrição no sistema do Programa (http://maismedicos.saude.gov.br/). Estão aptas a aderir as prefeituras do Provab 2014, que encerra em fevereiro, e aquelas de maior vulnerabilidade econômica e social.
Foram priorizadas, por exemplo, as cidades com 20% de sua população em extrema pobreza, com IDH baixo e muito baixo, localizadas no semiárido, Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Ribeira e nas periferias de capitais e regiões metropolitanas. Também foi garantida expansão para os distritos indígenas.
Os médicos brasileiros continuam tendo prioridade na seleção. Só que agora, ao invés de uma, eles terão três oportunidades para escolher o município em que irão atuar. Na inscrição, cada profissional definirá até quatro cidades de diferentes perfis, conforme a sua prioridade. Os candidatos concorrem somente com aqueles que optarem pelos mesmos municípios e, quem não conseguir alocação, terá acesso às vagas remanescentes.
Fonte: Ministério da Saúde via www.gazetadooeste.com.br.

sábado, 10 de janeiro de 2015

Direito e Cidadania

Perfil falso na internet poderá ser tipificado como crime

Para quem gosta de se esconder na rede mundial de computadores atrás de codinomes e pseudônimos, muitas vezes causando estragos à vida e a imagem de terceiros, ou mesmo cometendo outras ilicitudes diversas daquelas tidas como crimes contra a honra, a legislação brasileira poderá ficar ainda mais rigorosa.

Se depender do deputado federal Nelson Marchezan Júnior (PSDB), os falsos perfis nas muitas redes sociais da internet podrão estar com os dias contados. Para combater essa prática, o parlamentar apresentou na Câmara Federal o Projeto de  Lei nº 7.758/2014, que tipifica penalmente como crime o uso de falsa identidade através da rede mundial de computadores. 

Pela proposta de Nelson, a nova redação do crime de falsa identidade (Código Penal, Decreto-Lei nº 2848/1940) será de atribuir-se ou a outra pessoa falsa identidade, inclusive por meio da rede mundial de computadores ou qualquer outro meio eletrônico, com o objetivo de prejudicar, intimidar, ameaçar, obter vantagem ou causar dano a outrem, em proveito próprio ou alheio.

O Projeto de Lei não altera a pena atualmente prevista para o crime no Código Penal, que continua sendo o de detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave.

A Lei de Crimes Cibernéticos (Lei Federal nº 12.737/2012), aprovada no ano passado e que ficou conhecida como Lei Carolina Dieckmann, tipifica como delito a invasão de computadores para obter vantagem ilícita, a falsificação de cartões de crédito e a interrupção de serviço telegráfico, telefônico, informático, telemático ou de informação de utilidade pública.

A postagem tem informações do Blog do Aldo Araújo (www.blogdoaldoaraujo.blogspot.com.br)

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Acabou-se a folia?

Foliões do Oeste potiguar têm menos opções para dias de momo

Antigamente, praticamente em todos os Municípios do interior do Rio Grande do Norte havia folia de carnaval durante três, quatro e até cinco dias. Em Messias Targino, na região Oeste do Rio Grande do Norte, a Boate Skorpius costumava receber uma banda que geralmente tocava três "matinês" (que tinham esse nome, mas eram bailes realizados sempre à tarde) e quatro bailes noturnos. A casa de shows ficava sempre cheia.

Em Patu, também na região Oeste potiguar, a Boate Pântano e também o Módulo Esportivo foram palcos de grandes carnavais, sempre com uma única banda animando todos os dias de folia.

Em Almino Afonso, outro Município do Oeste do Estado, o Mercado Público era o palco principal da folia para muitos foliões da própria cidade e também de outros lugares. O bloco Kaeira puxava a festa.

Em Janduís, igualmente no Oeste norte-rio-grandense, a Casa da Música teve muitos animados bailes de carnaval, além das tradicionais "matinês".

Depois os bailes e "matinês" perderam o charme e deixaram de existir em muitos lugares. Muitos carnavais de rua e alguns carnavais de clubes passaram a ser a grande atração do período momesco.

No entanto, de uns dois anos para cá, nem mesmo essa nova forma de carnaval para quem mora no interior do Rio Grande do Norte e no vizinho Estado da Paraíba continua em alta. Veja o caso do Clube Atlético Piranhas - CAP, de Jardim de Piranhas, que costumava receber multidões em suas animadas tardes de sol carnavalescas. Por lá já não existe folia, embora a estrutura física do CAP seja uma das melhores para esse tipo de festa.

A área de lazer do Hotel de Olho D´água do Milho, em Caraúbas, era outro ambiente de muita folia durante o período de carnaval. Mas, depois de reformado, ampliado e transformado no Hotel Park Olho D´água do Milho, o local deixou de promover as famosas tardes de sol de carnaval, onde a festa, assim como no CAP, entrava por boa parte da noite.

Quem quiser mesmo participar de uma tarde carnavalesca tem agora pouquíssimas opções. Uma delas é o Complexo Cachoeira, localizado na zona rural de Catolé do Rocha-PB.

No mais, para quem quiser cair na folia, o jeito será viajar até Apodi (que até o ano passado teve carnaval de rua), Caicó (que tem no Bloco do Magrão um grande resgate do velho e bom frevo) ou para alguma dessas cidades-praias que ainda promovem a festa de momo, como Areia Branca e Macau, por exemplo.

Para quem assim não desejar, os quatro dias de paralisação da vida nacional poderão servir para um bom descanso, sem prejuízo de outros programas que poderão ser realizados. Nesse campo, os retiros espirituais e religiosos vêm ganhando espaço e passam a ser boa opção.

sábado, 3 de janeiro de 2015

Opinião

Com que roupa eu vou?

Alcimar Antônio de Souza

A oposição brasileira anda mesmo de mal a pior. Tentou promover a todo custo a imagem de bom moço de Aecioporto Neves. O homem perdeu a eleição, inclusive, nos dois Estados que mais o conhecem (Rio de Janeiro e Minas Gerais, nesta ordem).

A oposição também tentou fazer com que o espírito de Eduardo Campos, morto em acidente de avião, movesse a campanha da ex-ambientalista e ex-política de esquerda Marina Silva. O plano também não foi exitoso.

Paralelamente a isso tudo, a Rede Globo de Televisão, a Revista (In)Veja e outros veículos de comunicação a serviço da elitizinha besta desse País fizeram de tudo para convencer o povo a não votar em Dilma Rousseff . Também não deu certo.

Em atos de desespero, próceres da campanha de Aécio e muitos eleitores seus passaram a fomentar o ódio e a ira contra nordestinos, beneficiários de programas sociais e eleitores de Dilma em geral. O tiro saiu pela culatra.

Passada a eleição, tentaram criar um terceiro turno. Aecinho e a direita chorona entraram com ações na Justiça Eleitoral, para impedirem a diplomação da presidenta Dilma. O projeto também não deu certo. Dilma foi diplomada, já tomou posse e, para desespero da oposição, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral - TSE disse publicamente que não haverá terceiro turno.

A oposição e a mídia e a seu serviço intensificaram, então, uma campanha acirrada para desqualificar a Petrobrás e, com isto, tentar vender a estatal brasileira ao capital estrangeiro a preço de banana, como o PSDB e o DEM fizeram com várias empresas estatais brasileiras ao longo aos 8 anos de governo de Fernando Henrique Cardoso, o que gerou inclusive o famoso conjunto de escândalos conhecido como "Privataria Tucana". A medida também não deu certo.

Agora, depois de esgotadas todas as tentativas inúteis de voltar ao poder, eis que a direitona brasileira, ecoada em vozes já surradas como Miriam Leitão e outros, passou a desqualificar a roupa com a qual a presidenta Dilma foi à sua posse.

Ora, mas que besteira. Por puro capricho e desespero da direita, temos agora que discutir se a roupa de Dilma usada em sua posse está ou não dentro dos padrões aceitos pelos especialistas da moda?

Sinceramente, a direita perdeu o prumo e o rumo, definitivamente.