Foliões do Oeste potiguar têm menos opções para dias de momo
Antigamente, praticamente em todos os Municípios do interior do Rio Grande do Norte havia folia de carnaval durante três, quatro e até cinco dias. Em Messias Targino, na região Oeste do Rio Grande do Norte, a Boate Skorpius costumava receber uma banda que geralmente tocava três "matinês" (que tinham esse nome, mas eram bailes realizados sempre à tarde) e quatro bailes noturnos. A casa de shows ficava sempre cheia.
Em Patu, também na região Oeste potiguar, a Boate Pântano e também o Módulo Esportivo foram palcos de grandes carnavais, sempre com uma única banda animando todos os dias de folia.
Em Almino Afonso, outro Município do Oeste do Estado, o Mercado Público era o palco principal da folia para muitos foliões da própria cidade e também de outros lugares. O bloco Kaeira puxava a festa.
Em Janduís, igualmente no Oeste norte-rio-grandense, a Casa da Música teve muitos animados bailes de carnaval, além das tradicionais "matinês".
Depois os bailes e "matinês" perderam o charme e deixaram de existir em muitos lugares. Muitos carnavais de rua e alguns carnavais de clubes passaram a ser a grande atração do período momesco.
No entanto, de uns dois anos para cá, nem mesmo essa nova forma de carnaval para quem mora no interior do Rio Grande do Norte e no vizinho Estado da Paraíba continua em alta. Veja o caso do Clube Atlético Piranhas - CAP, de Jardim de Piranhas, que costumava receber multidões em suas animadas tardes de sol carnavalescas. Por lá já não existe folia, embora a estrutura física do CAP seja uma das melhores para esse tipo de festa.
A área de lazer do Hotel de Olho D´água do Milho, em Caraúbas, era outro ambiente de muita folia durante o período de carnaval. Mas, depois de reformado, ampliado e transformado no Hotel Park Olho D´água do Milho, o local deixou de promover as famosas tardes de sol de carnaval, onde a festa, assim como no CAP, entrava por boa parte da noite.
Quem quiser mesmo participar de uma tarde carnavalesca tem agora pouquíssimas opções. Uma delas é o Complexo Cachoeira, localizado na zona rural de Catolé do Rocha-PB.
No mais, para quem quiser cair na folia, o jeito será viajar até Apodi (que até o ano passado teve carnaval de rua), Caicó (que tem no Bloco do Magrão um grande resgate do velho e bom frevo) ou para alguma dessas cidades-praias que ainda promovem a festa de momo, como Areia Branca e Macau, por exemplo.
Para quem assim não desejar, os quatro dias de paralisação da vida nacional poderão servir para um bom descanso, sem prejuízo de outros programas que poderão ser realizados. Nesse campo, os retiros espirituais e religiosos vêm ganhando espaço e passam a ser boa opção.
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