sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Patu

Município está em festa

Começou nesta sexta-feira, 6 de setembro, a 236ª Festa de Nossa Senhora das Dores, padroeira de Patu e da Paróquia de mesmo nome.

Os atos religiosos seguirão até o dia 15 de setembro. O novenário na Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores é o ponto alto do evento religioso, que costuma levar às ruas e à Igreja Matriz um grande número de fieis cristãos-católicos.

Para consultar a programação completa da Festa de Nossa Senhora das Dores (clique aqui).

E neste sábado, 7 de setembro, a cidade viverá a 30ª edição da Feira da Cultura, evento social e cultural que acontece paralelamente à Festa da Padroeira de Patu.

A Feira da Cultura acontecerá até o dia 14 de setembro, com uma vasta programação social e cultural em praça pública.

Para viasualizar a programação completa da Feira da Cultura (clique aqui).

Vergonha!

Rede Globo muda regra do voleibol

Em nome da não-mudança da sua programação, a Rede Globo de Televisão novamente interfere de forma vergonhosa no esporte nacional, a ponto de mudar as regras de um dos esportes mais difundidos no País do futebol.

Nos próximos campeonatos brasileiros de voleibol, ou Superliga masculina e Superliga feminina de vôlei, os sets das partidas (à exceção do quinto set, se houver) terão apenas vinte e um pontos, e não os vinte e cinco pontos definidos como regra do jogo.

Assim se dará para que a toda-poderosa Rede Globo, detentora dos direitos de transmissão das duas Superligas de voleibol do Brasil, passe menos tempo transmitindo as partidas e, consequentemente, não tenha que alterar tanto a sua grade de programação.

Isso é uma vergonha. E vergonha maior é saber que a medida arbitrária conta com o aval dos dirigentes do esporte no Brasil e também com a cumplicidade de praticamente todos os jogadores de voleibol das duas Superligas, exceto um ou outro que, fora dos holofotes da Globo, disse discordar da nova fórmula de disputa.

Um boicote generalizado aos jogos das próximas edições da Superliga masculina e da Superliga feminina de voleibol certamente seria uma boa resposta da sociedade a mais uma ação ditatorial da Rede Globo de Televisão.

A pouca presença dos amantes do vôlei nos ginásios de esporte onde se realizarão as partidas e a falta de audiência da TV dos Marinho durante as transmissões das partidas das duas Superligas talvez freassem essa ideia maluca e arbitrária da Rede Globo e dos dirigentes subservientes da Confederação Brasileira de Voleibol.

Rede Globo já manipula o calendário do futebol

No futebol, em que a Rede Globo detém os direitos de transmissão dos principais torneios do Brasil e da América do Sul, partidas chegam a ter dias e horários alterados para que se atenda aos caprichos da TV da família Marinho.

Agora, o voleibol acompanha a pouca vergonha, e regra importante do esporte será alterada em nome da comodidade da Rede Globo.

Até quando?

Do Xerife

Lula diz que EUA se acham "xerife do mundo"
O ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva disse, nesta sexta-feira (6), que a espionagem praticada pelos EUA sobre a presidente Dilma Rousseff é um risco para a soberania do País. Ele fez a declaração durante encontro com a bancada de deputados estaduais do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo.
— O mínimo que se espera é que o presidente Obama venha humildemente pedir desculpas.
O ex-presidente também afirmou que as intenções dos EUA de defender o mundo de ataques terroristas não justificam a espionagem.
— Os EUA não foram nomeados xerife do mundo, ninguém pediu, se eles querem saber alguma coisa da Dilma que perguntem. Os americanos passaram do limite, mas sempre haverá no Brasil um vira-lata que acha que eles estão certos.
Para Lula, “a verdade é que os EUA não suportam o fato de o Brasil ter virado um ator global”.
— Os americanos acham que nós estamos incomodando.
O ex-presidente disse que os brasileiros lutaram mais de 20 anos por democracia e que “não podemos admitir que um país se dê ao luxo de ficar tentando gravar, copiar e-mail de um presidente da República”.
— Conheço bem a Dilma e sei que ela vai tomar as providências necessárias, mas é preciso ficar claro que estamos vulneráveis.
Fonte: www.R7.com via www.robsonpiresxerife.com

Opinião

A ingratidão da Globo
Mino Carta


Editorial de O Globo


Ingratidão da Globo me espanta, ela vomita no prato em que comeu, com o perdão pelo uso do verbo, de eficácia indiscutível, no entanto. Aludo ao editorial com que o mais autorizado porta-voz das Organizações, O Globo, brindou seus leitores dia 1º de setembro. Diz-se ali que apoiar o golpe de 64 foi erro nascido de um equívoco. Veio a ditadura, como sabemos, provocada pelos gendarmes chamados pelos donos do poder civil, entre os quais figurava, com todos os méritos, Roberto Marinho, e os anos de chumbo de alguns foram de ouro para a Globo.
A empresa do doutor Roberto cresceu extraordinariamente graças aos favores proporcionados pelos ditadores, gozou de regalias incontáveis, floresceu até os limites do monopólio. O apoio de 64 prosseguiu impavidamente por 21 anos, enquanto o Terror de Estado imperava. Grassavam tortura e censura, repetiam-se os expurgos dentro do Congresso mantido como estertor democrático de pura fancaria. Só o MDB do doutor Ulysses Guimarães redimiu o pecado original ao reunir debaixo da sua bandeira todos os opositores do regime. Para desgosto da Globo.
Sim, O Globo apoiou o golpe, juntamente com os demais jornalões como o editorial não deixa de acentuar, e também apoiou os desmandos do regime, a começar pelo golpe dentro do golpe que resultou no Ato Institucional nº 5. E prisões e perseguições, e até as ditaduras argentina, chilena e uruguaia.
Em contrapartida, combateu Brizola governador, e de modo geral, os demais governos de estado conquistados pela oposição em conjunturas diversas, bem como o movimento sindical surgido sob o impulso de um certo Luiz Inácio, presidente do Sindicado dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema, responsável pelas greves de 78, 79 e 80, finalmente preso e enquadrado na famigerada Lei de Segurança Nacional.
Derradeiro lance global, a condenação inapelável do movimento das Diretas Já, quando a Globo foi alvo da ira popular e um veículo da empresa foi incendiado na Avenida Paulista no dia 25 de janeiro de 84, ao término de uma manifestação que reuniu na Praça da Sé 500 mil pessoas. Rejubilou-se, contudo, o doutor Roberto, com a rejeição da emenda das Diretas, obra magistral da Arena de José Sarney, e com a formação da Aliança Nacional, nome de fantasia da enésima, inesgotável conciliação das elites.
Não se diga que a Globo deixou de ser coerente com seus ideais. Decisiva na eleição de Fernando Collor em 89, com a manipulação do debate de encerramento com Lula, comandada pelo doutor Roberto em pessoa. Nosso colega, como sustentavam seus assalariados, não hesitou em promover a festa carnavalesca contra o presidente corrupto, desmascarado somente pela IstoÉ ao descobrir a testemunha inesperada e fatal, o motorista Eriberto. Antes disso, o governo Sarney contara com o apoio irrestrito da Globo, sempre beneficiada por Antonio Carlos Magalhães, ministro da Comunicações, na mesma medida em que o fora por outro amigo insubstituível, Armando Falcão, ministro da Justiça do ditador Ernesto Geisel.

O governo Fernando Henrique quebrou o País três vezes, mas nunca lhe faltou o aplauso global oito anos a fio, tanto mais na hora do singular episódio intitulado “Privataria Tucana” e da compra dos votos para garantir a reeleição do príncipe dos sociólogos, sem falar do “mensalão" também tucano. Houve até o momento em que, tomado de entusiasmo, o doutor Roberto acreditou cegamente na sua colunista Miriam Leitão, segundo quem, eleito pela segunda vez, FHC garantiria a estabilidade da moeda até o último alento. Doze dias depois de reempossado, o príncipe desvalorizou o real e cobriu a Globo de dívidas. Havia, contudo, um BNDES à disposição para tapar o buraco.

FHC deixou saudades, a justificar o apoio compacto aos candidatos tucanos nas eleições de 2002, 2006 e 2010. E a adesão à maciça campanha midiática que, como em 1964, coloca jornalões e quejandos de um lado só, então a favor do golpe, nos últimos dez anos contra um governo tido como de esquerda, atualmente a carregar a herança de Lula. Vale observar, aliás, que mesmo no instante do pretenso arrependimento, O Globo de domingo passado desfralda os mesmos argumentos de 50 anos atrás. Donde a evocação da “divisão ideológica do mundo” à sombra álgida da Guerra Fria, aprofundada no Brasil “pela radicalização de João Goulart”. Enfim, renova-se o aviso fatídico: a marcha da subversão estava às portas. Eu a espero em vão até hoje.
Sim, o doutor Roberto acreditou ter agido acertadamente até sua morte e sempre chamou o golpe de revolução. Explicaria em um dos seus retumbantes editoriais da primeira página, no 20º aniversário daquele que seus pupilos agora definem como “equívoco”, que “sem povo não haveria revolução”. E quem seria o povo daquela quadra criminosa? As marchas dos titulares da casa-grande e dos seus aspirantes, secundados pelos fâmulos momentaneamente retirados da senzala.
Sim, é verdade que muitos jornalistas de esquerda tiveram abrigo na redação de O Globo, e alguns deles foram e são amigos meus, mas não me consta que o doutor Roberto se tenha posicionado “com firmeza contra a perseguição” de profissionais de quaisquer outras redações. Vezos nativos. O Estadão chegou a hospedar colunistas portugueses, inimigos do regime salazarista. Tinham eles a virtude de escrever em castiço os editoriais ditados pelo doutor Julinho. Este gênero de situações reflete a pastosidade emoliente da realidade do País, onde o dono da casa-grande pode permitir-se tudo o que bem entender.
De todo modo, não é somente deste ponto de vista que a Globo foi deletéria. Ensaios foram escritos no exterior para provar como a influência global foi daninha, inclusive com telenovelas vulgarizadoras de uma visão burguesota, movida a consumismo e cultura da aparência, visceralmente apolítica, anódina e inodora. Como tevê, e como jornal, a Globo já foi bem melhor. Ocorrem-me programas de excelente qualidade, conduzidos por humoristas como Chico Anysio e Jô Soares, capazes às vezes de ousar o desafio sutil à ditadura. Mas a queda foi brutal, como se deu em relação ao jornal à época da direção de Evandro Carlos de Andrade. Lamentáveis as opiniões, em compensação, boa, frequentemente, a informação.
O texto do editorial carece, é óbvio, da grandeza que a situação recomendaria, pelo contrário é de mediocridade e superficialidade doridas, não somente na lida difícil com o vernáculo, mas também pela demonstração, linha a linha, palavra a palavra, e, mais ainda, no desenrolar do raciocínio central, da sua insinceridade orgânica. Surge, de resto, da covardia diante das manifestações anti-Globo e, como de hábito, aferra-se à hipocrisia típica dos senhores da casa-grande, velhacos até a medula.
Esta é a gente que gosta de brigar na proporção de cem contra um, se possível mil, sem mudar o número de quantos ousam confrontá-los. Incrível, embora natural, inescapável, nesta pasta víscida e maligna que compõe a verdade factual do país da casa-grande e da senzala, a falta de um debate em torno da peculiar confissão global, como acentua Claudio Bernabucci na sua coluna desta edição. Que dizem os jornalões acusados de conivência pelo O Globo? Que dizem as lideranças partidárias? E o Congresso? Nem se fale das figuras governistas e parlamentares que até agora enxergam na Globo um sustentáculo indispensável.
Silêncio geral, entre atônito e perplexo.
O autor do texto é jornalista e diretor da revista e do portal Carta Capital
Fonte: www.cartacapital.com.br