Primeiro mundo ainda sofre com problemas graves. Economia brasileira resiste, mas precisa se adequar à nova ordem mundial
Se um problema financeiro grave acontecer em Pequim, na China, seus efeitos se estenderão muito além da Grande Muralha asiática. Em tempos de aldeia global, a economia de um país interessa não apenas a si mesmo, mas a todos os demais, principalmente se esse país é de primeiro mundo.
Os Estados Unidos da América, o país todo-poderoso do mundo, ainda se recuperam de uma recessão recente, com muito desemprego, quebra de programas habitacionais, socorro a bancos e outros problemas na sua economia.
No Velho Mundo, a situação da Europa é ainda pior. Nos países de moeda comum, aglutinados economicamente na chamada Zona do Euro, a quebradeira econômico-financeira é quase geral. Espanha, Portugal e Grécia, por exemplo, sofrem profundamente com a recessão, o desemprego e vários outros sintomas de economias fragilizadas.
Aliás, Grécia e Portugal, os filhos pobres do Mercado Comum Europeu, estão de pires na mão, esperando a ajuda e a benevolência dos demais países daquele continente. A Grécia deve bastante e já se apresenta como um problema quase sem solução. A propósito, foi na Grécia que fizeram recentemente uma ampla revisão nos processos de concessão de aposentadorias e benefícios previdenciárias, pois descobriram, dentre outras anomalias, que havia falsos cegos vivendo de mordomias numa ilha grega após se aposentarem.
Para piorar a situação, a Ucrânia, antiga República da extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas - URSS, vê-se em guerra com separatistas apoiados diretamente pela Rússia, que sonha em reagrupar territórios que foram perdidos quando da extinção da poderosa União Soviética. A guerra afeta diretamente a economia dos dois países europeus, sendo um desastre para a Ucrânia mas também para a Rússia, que se vê diante de sanções econômicas impostas por Estados mais ricos do planeta, liderados pelos Estados Unidos da América.
A América Latina, formada por países colonizados (explorados, melhor dizendo) por espanhóis e portugueses, não poderia ficar imune a essa situação caótica que é vivenciada na quase totalidade do Primeiro Mundo.
O Brasil, nesse contexto, só agora sofre mais duramente os efeitos dessa crise econômica mundial, depois de resistir bravamente desde o início do primeiro governo do presente Luiz Inácio Lula da Silva. E anda longe de estar quebrado, apesar dos agouros diários de uma penca de jornalistas e órgãos da imprensa interessados no quadro do "quanto pior, melhor".
Mas gente como Miriam Leitão e outros economistas a serviço dos veículos de comunicação social que diariamente batem no governo da presidente Dilma omitem essa realidade para os leitores, ouvintes e telespectadores de jornais, portais eletrônicos de notícias, rádios e televisão. E então se percebe que falta seriedade à imprensa no momento de noticiar os fatos e formar opinião.
A ideia de um grupinho da mídia convencional é baratear ainda mais o valor de mercado da principal empresa brasileira, a Petrobrás, para, quem, sabe, conseguir vendê-la ao capital estrangeiro, num tresloucado sonho de conclusão do projeto neoliberalista entreguista encabeçado por Fernando Henrique Cardoso, que, quando presidente da República, conseguiu vender a preço de banana quase tudo o que o Estado brasileiro tinha de maior patrimônio econômico. Por muito pouco a Petrobrás não foi também entregue aos gringos.
E não digam que a corrupção neste país teve início há pouco tempo. Neste torrão da América, ela foi inaugurada quando os portugueses "compraram" os índios com espelhos e presentinhos mixurucas.
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