Desrespeitos, retrocessos e avanços
Alcimar Antônio de Souza
Conheço gente que anda se deixando levar pelo preconceito
que emana do pessoal do PSDB, a começar do chefe maior dos tucanos, o ex-presidente
Fernando Henrqiue Cardoso, que já chamou os brasileiros de preguiçosos
(enquanto ele se aposentou muito cedo) e desinformados.
Não bastasse o preconceito que nos vem de eleitores de
Aecioporto Neves das regiões Sul e Sudeste do País, ainda temos que conviver
com o preconceito e o desrespeito de alguns "irmãos nordestinos" que
votam no amigo do dono do helicóptero que foi apreendido por estar entupido de
cocaína (embora a imprensa não fale sobre o assunto).
E há também os que, assim como Aécio, desrespeitam a pessoa
- a mulher - Dilma Rousseff. Atiram-lhe impropérios diversos, inclusive outras
mulheres que, por razões óbvias, votam em Aécio.
Deveriam, antes, abrir livros da História recente do Brasil,
estudarem um pouco sobre os anos de chumbo, de regime militar, e sobre quem se
opôs a ele, bravamente. Lá encontrarão nomes fortes da resistência ao regime
totalitarista. Entre esses nomes estão Lamarca, Leonel Brizola, Ulisses
Guimarães, Lula e Dilma Roussef, apenas para citar alguns dos mais famosos,
que lutavam por liberdade embalados pela música revolucionária de Gilberto Gil,
Caetano Veloso, Chico Buarque, Zé Geraldo, Geraldo Vandré e tantos outros bons
nomes da nossa música popular brasileira.
E, para quem viveu os tempos de enorme desemprego, recessão,
arrocho salarial, falta de unidades de ensino, falta de meios de se chegar às
Universidades e aos cursos técnicos, saberá que, nos governos Lula e Dilma,
essa realidade foi deixada para trás, e as oportunidades apareceram para todos,
de forma mais igualitária.
O pequeno produtor rural, principalmente das regiões Norte e
Nordeste do Brasil, também foram agraciados pelas ações de Lula e Dilma, que
sempre tiveram em vista as pessoas precipuamente. Quem antes passava o ano
trabalhando na roça para no final do ano comprar uma muda de roupa ou trocar
uma bicicleta, agora pensa em chegar o final do ano e poder comprar uma
motocicleta, fazer um investimento na casa de morada, enfim, pensa num
benefício maior, pois, ao longo de 500 anos de história, esse País dava
dinheiro a ricos e fazendeiros, através de empréstimos bancários que não
chegavam a ser pagos e logo eram perdoados ou pelos governos dos ricos ou por
leis aprovadas pelos parlamentares que estavam, sempre, a serviço dos ricos.
A velha política do "café com leite", que deixava
o País à mercê do rodízio que se fazia entre paulistas e mineiros no poder,
quer voltar, com patrocínio escancarado da Rede Globo de Televisão e de outros
veículos de comunicação social que estão sempre a serviço das elites.
De minha parte, vou dizer não a essa proposta indecente de
retrocesso, e o farei inclusive por meus filhos.
E, se eu já tinha motivos de sobra para não querer aceitar o
candidato do Globo, o seu desrespeito acintoso e público a uma mulher me
aparece como um motivo a mais para isto. Que ele fique com Dado Dolabella, que
entende do assunto.
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