Presidente do Banco Mundial elogia o Bolsa-Família
O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, elogiou em
discurso nesta quinta-feira, 23, o Bolsa-Família, implantado no Brasil, citando
o programa como um dos exemplos de projetos de transferência de renda para
suporte e segurança social.
O México também foi lembrado por seus programas. Ele disse
que este tipo de programa, com destinação de recursos equivalente a "menos
de 1,5% ou 1% do PIB" do País em que é implementado, "mostra que se
pode fazer verdadeira diferença com programas modestos".
Zoellick disse ainda que o Banco Mundial irá ampliar
financiamento para o Brasil, mas não citou valores específicos que serão
direcionados ao País. O chefe do Bird afirmou que a América Latina como um todo
deve receber US$ 35 bilhões ao longo de dois anos.
Zoellick reconheceu que o Brasil começou a crise "em
posição melhor, pois nos últimos 10 anos fez muito para desenvolver reservas
internacionais, melhorou produtividade, tem o tipo de programa que mencionei
(social), mas inevitavelmente será também atingido pela crise mundial". O
País, continuou o executivo, "tem a vantagem de ter uma economia de
dimensão continental, então pode depender mais da demanda doméstica".
No entanto, Zoellick observou que, mesmo com a população
crescente de renda média, ainda há "muitas pessoas pobres. E, muito destes
pobres, têm muito pouco ou nenhum amortecedor (proteção contra a
crise)".
Ele comparou os efeitos da crise nos países desenvolvidos,
citando que nestas economias a população perde casas e carros. Quando o choque
atinge as economias em desenvolvimento, "não há lugar para se ir, não tem
comida, não tem proteção. Então este é um exemplo de onde precisamos trabalhar
com as autoridades brasileiras", afirmou.
Segundo o presidente do Banco Mundial, o País "tem boas
estruturas em ação, mas precisa assegurar que haja o recurso necessário".
Texto: Crispiniano Neto
Fonte: www.crispinianoneto.blogspot.com.br
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