sábado, 30 de agosto de 2014

Eleições 2014

Jean Wyllys aponta mais contradições de Marina Silva e defende a candidatura de Luciana Genro

Jean Wyllys

Em "nota de esclarecimento", Marina Silva desmente seu próprio programa de governo e afirma que não apoia o casamento civil igualitário, mas uma lei segregacionista de "união civil". Vocês já imaginaram um candidato presidencial dizendo que é contra o direito dos negros ao casamento civil, mas apoiaria uma "lei de união de negros"? A nova política da Marina é tão velha que lembra os argumentos dos racistas americanos de meados do século XX. Contudo, o pior é que ela brincou com as esperanças de milhões de pessoas! E isso é cruel, Marina!

Bastaram quatro tuites do pastor Malafaia para que, em apenas 24 horas, a candidata se esquecesse dos compromissos de ontem, anunciados em um ato público transmitido por televisão, e desmentisse seu próprio programa de governo, impresso em cores e divulgado pelas redes. Marina também retirou do programa o compromisso com a aprovação da lei João Nery, a elaboração de materiais didáticos sobre diversidade sexual, a criminalização da homofobia e da transfobia e outras propostas. Só deixou frases bonitas, mas deletou todas as propostas realmente importantes. E ela ainda nem se elegeu! O que esperar então dela se eleita presidenta quando a bancada fundamentalista, a bancada ruralista e outros grupos de pressão começarem a condicionar o apoio a seu governo? Tem políticos que renunciam a seus compromissos de campanha e descumprem suas promessas depois de eleitos. Marina já fez isso mais de um mês antes do primeiro turno. Que medo!

Como todos sabem, minha candidata presidencial é Luciana Genro. Ela SEMPRE defendeu todos os direitos da comunidade LGBT e foi a primeira candidata na história do Brasil que teve a coragem de pautar esses temas no debate presidencial da Band. Contudo, ontem, quando consultado pela imprensa, apesar da minha desconfiança com relação à Marina, elogiei o programa apresentado pelo PSB (apenas no que dizia respeito aos direitos da população LGBT, já que discordo profundamente de muitas outras propostas neoliberais e regressivas nele contidas). Fiz isso porque acho que os posicionamentos corretos devem ser reconhecidos, mesmo que provenham de um/a adversário/a.

É com essa autoridade, de quem agiu de boa fé, que agora digo: Marina, você não merece a confiança do povo brasileiro! Você mentiu a todos nós e brincou com a esperança de milhões de pessoas.

Fonte: Facebook.

Festa e Feira

Patu já vive atmosfera de festa religiosa e feira cultural

No dia 6 de setembro (sábado próximo), o Município de Patu viverá mais uma Festa da Padroeira Nossa Senhora das Dores.

Até o dia 15 de setembro, a Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores será o lugar mais visitado por cristãos católicos do Município e da região, em várias celebrações de louvor a Deus.

Antes de iniciar a Festa da Padroeira propriamente dita, a imagem de Nossa Senhora das Dores percorreu as ruas da cidade, em peregrinação, de casa em casa, em momentos espirituais de preparação ao grande evento religioso.

Paralelamente à Festa da Padroeira, acontecerá em Patu mais uma edição da Feira da Cultura, um dos eventos sócio-culturais de maior destaque no interior do Rio Grande do Norte.

A edição 2014 da Feira da Cultura de Patu terá início no dia 8 de setembro (domingo), indo até o dia 15 de setembro.

A Feira da Cultura sempre rende bons frutos ao comércio local, que desde o início de agosto se preparou para vender mais no período que antecede à Feira e durante o próprio evento.

De fato, observa-se, mesmo sem dados oficiais, que houve um aumento no movimento em torno das lojas do comércio de Patu, principalmente naquelas localizadas no centro da cidade.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Eleições 2014

Sindicato de Chico Mendes expõe contradições de Marina Silva

Nota publicada pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Xapuri (Acre), fundado por Chico Mendes, contesta afirmações da candidata, como a de que ele seria representante da "elite nacional"; assinado pelo atual presidente do sindicato, José Alves, texto coloca Chico, morto por fazendeiros em 1988, como um sindicalista, não um ambientalista que se une ao capital; sindicato também condena a política ambiental "idealizada pela candidata Marina Silva enquanto Ministra do Meio Ambiente, refém de um modelo santuarista e de grandes Ong's internacionais".

Blog do Esmael - Um texto que circula pelas redes sociais desde ontem (27), data da sua publicação, chama a atenção por expor contradições da candidata à presidência, Marina Silva, em relação a sua origem ambientalista no Acre. O texto é assinado pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Xapuri (Acre), José Alves e pelo assessor jurídico, Waldemir Soares. Chico Mendes foi um dos fundadores desse sindicato em 1975. Ele foi assassinado em 1988 por fazendeiros contrários a sua luta pelos direitos dos trabalhadores extrativistas da floresta.

Como o sindicato não possui página na internet, o Blog do Esmael entrou em contato por telefone com a entidade e em conversa com o presidente José Alves foi verificada a autenticidade do texto que reproduzimos a seguir:

"Diante da declaração da candidata à Presidência da República para as próximas eleições, Marina Silva, onde esta coloca o companheiro Chico Mendes junto a representantes da elite nacional, o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Xapuri (Acre), legítimo representante do legado classista do companheiro Chico, vem a público manifestar-se nos seguintes termos:

Primeiramente, o companheiro Chico foi um sindicalista e não ambientalista, isso o coloca num ponto específico da luta de classes que compreendia a união dos Povos Tradicionais (Extrativistas, Indígenas, Ribeirinhos) contra a expansão pecuária e madeireira e a consequente devastação da Floresta. Essa visão distorcida do Chico Mendes Ambientalista foi levada para o Brasil e a outros países como forma de desqualificar e descaracterizar a classe trabalhadora do campo e fortalecer a temática capitalista ambiental que surgia.

Em segundo, os trabalhadores rurais da base territorial do Sindicato de Xapuri (Acre), não concordam com a atual política ambiental em curso no Brasil idealizada pela candidata Marina Silva enquanto Ministra do Meio Ambiente, refém de um modelo santuarista e de grandes Ong's internacionais. Essa política prejudica a manutenção da cultura tradicional de manejo da floresta e a subsistência, e favorece empresários que, devido ao alto grau de burocratização, conseguem legalmente devastar, enquanto os habitantes das florestas cometem crimes ambientais.

Terceiro, os candidatos que compareceram ao debate estão claramente vinculados com o agronegócio e pouco preocupados com a Reforma Agrária e Conflitos Fundiários que se espalham pelo Brasil, tanto isso é verdade, que o assunto foi tratado de forma superficial. Até o momento, segundo dados da CPT, 23 lideranças camponesas foram assassinadas somente neste ano de 2014. Como também não adentraram na temática do genocídio dos povos indígenas em situação alarmante e de repercussão internacional.

Por fim, os pontos elencados, são os legados do companheiro Chico Mendes: Reforma Agrária que garanta a cultura e produção dos Trabalhadores Tradicionais e a União dos Povos da Floresta.

Xapuri, 27 de agosto de 2014

José Alves – Presidente

Waldemir Soares – Assessor Jurídico"

Fonte: página do Facebook de Joaquim Crispiniano Neto

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Pague duas, tenha uma...

Operadora prossegue lesando usuários de telefonia móvel

Acredite em tudo o que falarem de mal sobre a Tim. Mesmo se a informação tiver algum exagero, terá enorme probabilidade de ser verdadeira.

A empresa Tim, que se diz a operadora de telefonia móvel com a maior área de cobertura, é useira e vezeira na arte de maltratar seus clientes, ususários dos serviços por ela oferecidos.

Não é de hoje que usuários da Tim reclamam que precisam fazer duas ou três chamadas para que consigam, na segunda ou na terceira, realizá-la com sucesso.

Na primeira chamada, e às vezes até na segunda, o cliente Tim fica falando sem ser ouvido por quem está do outro lado da linha, ou vice-versa.

Onde reside a lesão ao consumidor nessa situação? Simples, cada chamada gera uma cobrança de tarifa. E com quantos consumidores isso não acontece todos os dias?

Pelo grande número de clientes e pela repetição do "erro", a Tim acaba faturando uma boa grana ao final do dia.

E não se pense essa situação é comum apenas aos Municípios onde só há sinal de telefonia móvel da Tim. Não! Em centros maiores onde existem várias operadoras de telefonia celular em atuação, como Mossoró e Pau dos Ferros, por exemplo, o problema vem acontecendo corriqueiramente.

Mas, do que adianta mesmo reclamar, se para a Tim não há temor de Justiça, Ministério Público Federal, Anatel?

De qualquer forma, o Blog seguirá protestando, inclusive em solidariedade à meia-dúzia de seus webleitores, usuários da Tim em sua grande maioria.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Thaisa Galvão

Do secretário-geral do PSB para Marina Silva: "A senhora está cortada das minhas relações pessoais"

A presidenciável Marina Silva já está se achando a eleita.

E além de criar problemas com os aliados do seu mais fiel defensor, Eduardo Campos, agora cria problemas para ela mesma.

Hoje o coordenador da campanha de Eduardo, o secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira, disse à Folha que não seguirá na função ao lado de Marina Silva.

"Pela maneira grosseira como ela me tratou. Eu havia anunciado que minha função estava encerrada com a morte do meu amigo. Na reunião [de quarta-feira (20)] ela foi muito deselegante comigo. Eu disse que não aceitaria aquilo e afirmei: 'a senhora está cortada das minhas relações pessoais", disse Siqueira à Folha.

"Não houve engano nenhum. Não estou e não estarei em hipótese alguma na campanha desta senhora", completou.

Carlos Siqueira não quis contar detalhes da reunião.

Segundo a Folha apurou, entretanto, Marina chegou a dizer a ele que não precisaria mais se preocupar com a coordenação da campanha. Ele reagiu prontamente pela forma dita.

"Se ela comete uma deselegância no dia em que está sendo anunciada candidata, imagine no resto. Com ela não quero conversa", disse.

Durante reunião nesta quarta, que durou cerca de seis horas em Brasília, Marina colocou o deputado Walter Feldman na coordenação-geral da campanha ao lado de Carlos Siqueira. Bazileu Margarido, que estava na vaga que agora é de Feldman, foi nomeado titular do comitê financeiro. Henrique Costa, então tesoureiro, passou a ser o adjunto.

O PSB superou divergências internas para lançar a ex-senadora como candidata.
*
Do Blog Thaisa Galvão – Deram cabimento, agora se segurem.

O PSB se rendeu a Marina quando prometeu, inclusive, que, caso seja eleita presidente da República (agora já tem pessebista batendo três vezes na madeira), ela poderia deixar o partido e se filiar à Rede, partido que ela tenta criar.

E exatamente por ão ter conseguido, foi abrigada, literalmente, por Eduardo Campos.

Marina não demorou muito a cuspir no prato que comeu.

Ou cuspir no túmulo que enterrou seu padrinho mágico.

Fonte: www.thaisagalvao.com.br

Marina brigou de novo: agora com o PSB


"Ela que vá mandar na Rede dela", diz ex-coordenador de campanha do PSB sobre Marina


   

Secretário-geral do PSB e ex-coordenador da campanha de Eduardo Campos à Presidência, Carlos Siqueira teceu críticas diretas à nova candidata da sigla ao Planalto, Marina Silva, nesta quinta-feira. Durante reunião com a cúpula do partido, Siqueira se desentendeu com Marina e resolveu deixar o cargo.

Ao sair da sede do PSB em Brasília, ele falou com os jornalistas e disparou: "ela que vá mandar na Rede dela", disse, em alusão a Rede Sustentabilidade, partido político da ex-senadora.

"Magoado, eu não estou, não. Não tenho mágoa nenhuma dela. Apenas acho que quando se está numa instituição como hospedeira, como ela é, tem que se respeitar a instituição, não se pode querer mandar na instituição. Ela que vá mandar na Rede dela porque no PSB mandamos nós", afirmou.

Siqueira disse ainda que Marina não representa o legado de Campos, que morreu há uma semana em um acidente aéreo no litoral paulista. E criticou o fato da ex-senadora ter feito modificações na equipe de campanha. Com a saída de Carlos Siqueira, Walter Feldman assume a coordenação da campanha da ambientalista.

O presidente do PSB, Roberto Amaral, concedeu entrevista ao lado candidata e reiterou que "não há nenhum ruído entre o PSB e a Rede". A declaração de Siqueira, segundo Amaral, é um "mal entendido". "Uma reação puramente pessoal que eu respeito sem nenhum conteúdo político", concluiu.

Fonte: No Minuto via Comunicador Efectivo

Falta de respeito

Chamadas da Tim são interrompidas ou nem são completadas

A Tim continua desrespeitando seus usuários de telefonia móvel, ao menos nesse torrão do Nordeste chamado interior do Rio Grande do Norte.

Se por um lado a empresa oferece planos e mais planos anunciados como de baixo custo, vantajosos, etc., por outro lado a qualidade dos seus serviços nunca melhora, mas, do contrário, está sempre em queda livre.

O principal problema da vez agora é um usuário de telefonia celular telefonar para um contato e apenas um dos dois ouvir a voz. A chamada então é logo interrompida, o que gera outra chamada, com nova cobrança.

Também muito comumente está ocorrendo de as chamadas sequer serem completadas. Um mototaxista de Patu, usuário da Tim, ouvido pelo Blog, relatou que vem perdendo clientes porque estes dizem tentar telefonar para o mototaxista, mas as chamadas não são completadas.

E assim continua a Tim: anuncia ter a maior cobertura mas tem sempre os maiores problemas.


OAB

PL que impõe que advogados marquem hora com juízes é inconstitucional

Brasília – O Conselho Federal da OAB, reunido em plenário nesta segunda-feira (18), debateu o Projeto de Lei nº 6732/2013, que altera o artigo 40 do Código de Processo Civil (CPC) e o artigo 7º do Estatuto da Advocacia, determinando que o advogado marque horário para ser recebido por juízes em seus gabinetes. O tema foi proposto pela seccional gaúcha da entidade.

O vice-presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, que presidia os trabalhos da mesa, entende que a matéria seja inconstitucional. “Certamente a Comissão de Acompanhamento Legislativo da Ordem já está se debruçando sobre a matéria para que esse PL não seja aprovado. Os argumentos existem e a hora é de concatenarmos ideias para provar que este projeto se constitui em ofensas a diversos princípios constitucionais. Acho que a visão da magistratura em relação ao projeto será objetiva e pragmática, tenho certeza de que estarão conosco”, disse.

O conselheiro federal Evânio José de Moura Santos, da OAB-SE, leu o voto enviado pela relatora, conselheira federal Lenora Viana de Assis, também da OAB-SE. “Entendemos ser inconstitucional a marcação de horário para que o advogado seja atendido. O que pretende a referida lei é criar embaraços e até mesmo obstar o acesso do advogado ao magistrado. Temos, por força estatutária, o direito de nos dirigirmos diretamente à sala dos juízes, sem necessidade de agendamento”, citou Evânio.

Ele lembrou decisão recente sobre o assunto. “No CNJ, em julho de 2007, ficou decidido que o magistrado é obrigado a receber o advogado em seu gabinete, independentemente de marcações ou prévio aviso. É um dever funcional previsto, inclusive, na Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman), e sua não observância pode ser interpretada como improbidade administrativa”, frisou o conselheiro.

Luiz Cláudio Allemand, presidente da Comissão Especial de Direito da Tecnologia e Informação da OAB e conselheiro federal pela OAB Espírito Santo, lembrou que “o projeto de lei inviabiliza o acesso ao magistrado. É hora da bancada legislativa capixaba fazer a sua movimentação para que essa matéria não siga em frente. Fere-se prerrogativas, restringe-se direitos”.

Posição reforçada pelo Membro Honorário Vitalício, Roberto Antônio Busato. “A exposição de motivos do referido PL é ingênua e grosseira. O projeto é lamentável, uma iniciativa que realmente não pode ir pra frente. Tem vícios insanáveis de origem e é uma afronta a advocacia, principalmente à capixaba, pois o projeto nasceu no Espírito Santo”, finalizou.

Fonte: www.oab.org.br

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Opinião

DILMA DEMITE BONNER

Paulo Henrique Amorim
 
Bonner achou que a Dilma era o Aécio ou o Eduardo e ia empurrar a Dilma contra a parede no debate de 15′ no jn.

Deu-se mal.

Numa televisão séria, Bonner teria voltado para o Rio sem emprego.

Dilma não se deixou emparedar e assumiu o controle de todas as respostas.

Empurrou a questão da corrupção pela goela abaixo dos tucanos – que sobrevivem no jn.

Lula e ela estruturaram o combate à corrupção. Deram autonomia à PF e ao MP.

No Governo dela e de Lula não tinha um Engavetador Geral da República.

A Controladoria Geral da União se tornou um orgão forte no combate ao malfeito.

Ela aprovou a Lei de Acesso à Informação (podia ter dito que o partido do jn, o PSDB, tomou como primeira providência ao chegar ao poder, com FHC, extinguir uma Comissão de Combate à Corrupção).

(Aliás, Bonner disse, na abertura, numa gaguejada, que o PSB era o PSDB … Lapso freudiano …)

Dilma ressaltou que nem todas as denuncias (do jn) resultaram em crimes comprovados.

Bonner tentou jogar a mais óbvia casca de banana: obrigar a Dilma contestar o julgamento do do STF sobre o mensalão.

Ela tirou de letra: Presidente da República nao discute decisão de outro Poder.

Bonner insistiu.

Deu-se mal.

A Poeta, finalmente, justificou a passagem, e invocou o Datafalha para dizer que o problema do brasileiro é a Saude.

Dilma enfiou-lhe pela garganta o sucesso retumbante do Mais Médicos, que atende 50 milhões de brasileiros.

Bonner revelou sua aflição, mal se continha na cadeira, bradava “a Economia !”, “a Economia !”, como se fosse sua bala de prata.

Dilma continuou, no comando dos trabalhos, a falar do problema da Saúde.

Quando bem quis, concedeu ao Bonner o direito de falar sobre a Economia !

E ele veio com  xaropada da Urubóloga.

(Interessante que o Bonner pensa que ninguém percebe que a pergunta dele, na verdade, é uma longa exposição daquilo que ele quer que o espectador pense que seja a verdade dos fatos. Ele quis falar mais que a Dilma. Ele se acha…)

Inflação explodiu !, disse o entrevistador/candidato.

Sobre a inflação, Dilma mostrou que ele não sabe nada.

A inflação é negativa.

Todos os indices estão em ZERO !

Sobre o crescimento, falou uma linguagem que o Bonner ignora: “indicadores antecedentes”.

Os dados de hoje sobre o consumo de papelão e energia indicam elevação do PIB no segundo semestre.

Dilma estourou os 15 minutos.

Continuava a falar, enquanto o Gilberto Freire com “I” (*) devia berrar no ponto do Bonner “corta ela !”.

E ela na dela.

Terminou por dizer que nao foi eleita para fazer arrocho salarial. Ou para provocar desemprego.

“Corta !”, devia berrar o “ï” no ouvido do Bonner. “Corta ! Não deixa ela falar !”.

E ela, na dela: “vamos continuar a fazer um país de classe média, como o Presidente Lula começou a fazer.”

“Corta, Bonner !”, no ponto.

“Eu acredito no Brasil”, disse ela, como se conversasse com o neto, numa tarde de domingo.

Só faltou dizer: “Bonner, eu não sou o Aécio, o Eduardo e muito menos a Bláblá”.

“Pode vir quente !, meu filho. Esse teu dedo indicador só assusta a Fátima !”

Paulo Henrique Amorim é economista, jornalista e apresentador de TV

Fonte: www.conversaafiada.com.br

Eleições 2014

Morte de Campos cria cenário de comoção social e irracionalidade política

As mortes de Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco e candidato ao cargo de Presidente do Brasil, dos seus dois pilotos e dos seus assessores de campanha, em acidente aéreo ocorrido em Santos-SP ainda recentemente, colocaram em estado de tristeza os familiares das vítimas e todo o povo brasileiro, que lamentou profundamente a tragédia.

Todos, sem exceção, ficaram tristes por mais essa tragédia nacional, de enorme repercussão e de muitos efeitos na vida política do País. O sentimento de solidariedade humana impôs essa tristeza coletiva, afinal, a vida humana tem sempre um valor imensurável.

Porém, no campo político, a tragédia tende a ser explorada para fins eleitoreiros, o que se afigura como um enorme equívoco.

Embora tenha dito desde o primeiro instante em que soube da fatídica notícia de que não falaria de imediato sobre eleições, a então candidata a Vice-Presidente da República na chapa de Eduardo Campos, Marina Silva, costurou, desde o início, a sua troca de posição na chapa, para ser alçada à condição de Presidente pelo PSB e pelos demais partidos que formam a coligação que dava sustentação à postulação do pernambucano Eduardo Campos (clique aqui).

Até no sepultamento de Eduardo, Marina aproveitou para fazer fotografias que, certamente, serão usadas em campanha eleitoral, como assim noticiou a parte da mídia que não se põe a serviço da direita brasileira (clique aqui).

Como gesto de solidariedade, políticos de diversas matizes e de pensamentos diferentes foram ao velório de Eduardo Campos, em Pernambuco, o que, do ponto de vista humanitário, é absolutamente normal e até elogiável.

O que não se pode elogiar, porém, é que, num gesto politiqueiro pequeno e mal-educado, vaias sejam dirigidas à atual Presidente da República, Dilma Rousseff, e ao ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vaias estas sonorizadas em pleno velório de Eduardo. Isto, sim, é absoluta falta de educação e enorme desrespeito a quem, como ser humano, foi prestar à família de Campos a sua solidariedade.

Marina e parte do PSB, tentando dar à campanha eleitoral um forte apelo emocional, geralmente irracional, passaram a explorar na mídia a já referida tragédia e agora querem que a  viúva de Eduardo, Renata Campos, seja a candidata a Vice-Presidente da República na chapa provavelmente encabeçada por Marina.

O eleitor, entretanto, precisa ter cuidado, pois a solidariedade prestada numa tragédia não pode servir de critério para se votar em alguém.

Não é demais lembrar que Eduardo Campos era apenas o terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto para Presidente da República e o seu candidato a governador pelo Estado de Pernambuco também não liderava as pesquisas eleitorais na terra do frevo e do maracatu.

Dentre outras críticas que se fazia a Campos estava o fato de ele ter se empenhado para indicar a sua mãe, Ana Arraes, para o cargo de ministra do Tribunal de Contas da União - TCU, prática bastante semelhante a de outros políticos tradicionais, socialmente reprovada por grande parte da população.

Quanto a Marina, resta saber se ela manterá aquela postura de defensora intransigente de diversos pontos relacionados ao meio ambiente, quando agora conta o apoio de deputados federais que compõem a chamada bancada ruralista, aquela que defende o agronegócio em detrimento da plena conservação do meio ambiente e das reservas naturais.

Marina tem se notabilizado por seguidas e grande turbulências pelos partidos nos quais passou. Virou as costas para o Partido dos Trabalhadores - PT, que lhe deu guarida e lhe projetou nacionalmente, pelo qual inclusive foi eleita Senadora da República, e também saiu do Partido Verde - PV brigada com grandes figuras da legenda verde.

Sem conseguir fundar a Rede Sustentabilidade, seu partido, Marina foi obrigada politicamente a se filiar ao PSB, de Campos, mas já advertindo a Rede, na época, que a permanência de Marina no partido socialista seria transitória, e somente se daria até a implementação da Rede, como assim já tinha sido anunciado à imprensa nacional (clique aqui).

A propósito, é de se questionar sobre a competência de quem pretende governar o Brasil mas não teve a capacidade de criar o seu próprio partido político, quando políticos e grupos bem menos preparados o fizeram desde sempre.

Alcimar Antônio de Souza