segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Opinião

Natal é tempo de exercitar a humildade e o amor

Alcimar Antônio de Souza

O Papa Francisco, líder espiritual maior da Igreja Católica e Apostólica Romana, tem sido, certamente, a grande referência de postura para a imensa legião de seguidores de Jesus Cristo, católicos e não-católicos. Tem dado diversos exemplos práticos de como deve se portar um verdadeiro pastor à frente do seu rebanho.

Nesses dias, já no mês do nascimento de Jesus Cristo, Francisco deu mais um exemplo de comportamento cristão: festejou o seu aniversário de vida com crianças e moradores de rua de Roma, que, apesar de estar na Europa, tem também as suas mazelas de um capitalismo selvagem e desumano, que gera uma riqueza infinda para uns em detrimento de uma pobreza que cresce em todos os recantos do mundo, inclusive na sua porção economicamente mais rica.

Com o mais recente exemplo, que ratifica tantos outros, como aqueles vivenciados na Jornada Mundial da Juventude, acontecida neste ano no Rio de Janeiro, o Santo Padre deixou uma mensagem forte de que a humildade cabe em todas as pessoas e em todos os lugares.

A mensagem do Papa Francisco, transmitida nesse ato e noutros por ele protagonizados, merece reflexão mais acentuada em tempos de Natal, afinal, se estamos celebrando o nascimento de Jesus Cristo, estamos também celebrando, mesmo que o tom comercial da data não nos deixe perceber, a humildade, a simplicidade, a partilha, o amor e o respeito ao próximo, valores ensinados – mas ainda não aprendidos – por Jesus Cristo quando de sua passagem pela terra.

A mesa farta da ceia de uns, as roupas luxuosas de uma parte e as badaladas festas de outros não podem nos fazer esquecer, enquanto cristãos, que lá fora, no período natalino, há uma camada social que clama por justiça social, clamor este que se traduz em perspectiva de melhores dias, com mais igualdade, mais respeito, mais dignidade.

Ao dividir com moradores de rua a alegria por mais um aniversário de vida, o Papa Francisco quis nos dizer justamente isso: que existem cristãos, excluídos por um sistema que enrica uns poucos e empobrece outros, que precisam da nossa atenção, do nosso cuidado, do nosso respeito.

A humildade, que não se confunde com subserviência, é um dos mais nobres atributos que pode ter o ser humano. É porta de entrada para outros atributos e valores, como o amor, o respeito ao irmão, um gesto de partilha.

Sem essa visão, continuaremos a passar períodos e mais períodos natalinos preocupados com as comidas da ceia, a vestimenta da noite festiva, os presentes do amigo secreto e as fotos que agora vão parar na internet. Só isso, com certeza, não é celebração do nascimento de Jesus Cristo.

Blogosfera quase em recesso

Blogues começam a anunciar "recesso"

Como acontece todos os anos nessa época, quando diversas instituições entram em recesso, muitos blogueiros também "gozam férias" e, por uns dias, deixam de atualizar seus espaços.

Um dos primeiros a anunciar a medida foi Erasmo Firmino, do bem acessado Blog do Tio Colorau (clique aqui).

Este O Messiense, todavia, não entrará em recesso "oficialmente". Procurará manter um certo ritmo de postagens.

Parcial? Vendida!

Grande imprensa direciona opinião pública quanto a escândalos políticos

A Rede Globo de Televisão, o Jornal O Globo, o Jornal Folha de São Paulo, a Revista Veja e outros veículos de comunicação da chamada grande imprensa, situada principalmente no Sudeste do País, vêm acompanhando o caso do chamado "esquema do mensalão" desde a denúncia feita pelo deputado federal Roberto Jefferson (PTB) até os dias atuais.

Mesmo depois de julgado o caso (ainda com recursos pendentes), a mídia conservadora, a serviço da direita, acompanha passo a passo a execução das penas de alguns políticos condenados pelo Supremo Tribunal Federal - STF, cujo presidente e relator da ação penal respectiva, ministro Joaquim Barbosa, tem aproveitado bastante os holofotes da mídia para se projetar além do necessário.

Diariamente, os principais veículos de comunicação do País, principalmente os das Organizações Globo mostram com detalhes a forma de execução de pena dos condenados no chamado "esquema do mensalão". A propósito, as Organizações Globo recentemente assumiram oficialmente o óbvio, ou seja, que estiveram ao lado dos militares durante o regime que (des)governou o Brasil de março de 1964 a metade dos anos oitenta do século passado - .

Mas, enquanto isso, a mesma atenção não é dada a outros fatos de mesma ou maior proporção. O ex-governador do Distrito Federal, José Arruda, do Democratas - DEM e alguns aliados seus foram, recentemente, condenados pela Justiça, por causa de um esquema de corrupção montado no Distrito Federal durante o governo de Arruda. Mas, diversamente, a condenação dos "mensaleiros do DEM" foi apenas rapidamente noticiada pela grande imprensa, sem o mesmo destaque do outro caso. Falaram fugazmente da condenação e pronto, deixaram para lá.

O chamado "mensalão do PSDB mineiro", que envolve também o empresário Marcos Valério e diversos caciques do PSDB, provavelmente irá prescrever sem haver condenados. O tão disposto ministro Joaquim Barbosa, que chegou ao ponto de pressionar o Tribunal de Justiça do Distrito Federal - TJDF para mudar um dos juízes da execução penal do Distrito Federal no caso do chamado "mensalão do PT", faz de conta que o problema - mensalão do PSDB mineiro - não é com ele. É bastante ágil quando quer, e mais inerte ainda quando prefere.

Em São Paulo, as denúncias de corrupção no sistema de trens e metrô, já batizado de "trensalão", quase não têm espaço na mídia convencional e conservadora. As denúncias envolvem todos os governos do PSDB paulista, iniciando pelo governo de Mário Covas e passando pelas gestões de Geraldo Alckmin e José Serra. O assunto só não cai no esquecimento porque o Ministério Público de São Paulo continua firme nas investigações e porque a chamada mídia alternativa vez por outra o reacende.

No Rio Grande do Norte, o DEM (eterno aliado do PSDB) e o "puritano" senador José Agripino Maia (presidente nacional do DEM) são acusados de fazer "caixa 2" em campanha recente. Afora a Revista IstoÉ e alguns jornais locais, ninguém mais praticamente se interessou pelo assunto.

Não fossem portais virtuais como "Vi o mundo", "Blog do Paulo Henrique Amorim", "Carta Capital" e "Vermelho", além de outros que não se alinham ao perfil do chamado PIG - Partido da Imprensa Golpista, que vive sonhando com a volta do PSDB ao poder central, a parte menos informada da sociedade brasileira certamente acabaria concluindo que, no Brasil, o pecado político só veste vermelho.

Posse

Reitor dará posse à nova diretoria do Campus Avançado de Patu

Neste dia 27 de dezembro, sexta-feira, acontecerá em Patu a solenidade de posse da nova diretoria do Campus Avançado de Patu - CAP, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN.

Na ocasião, o reitor da UERN, professor Pedro Fernandes Ribeiro Neto, empossará os professores Jozenir Calixta de Medeiros e Aluísio Dutra de Oliveira nos cargos de diretor e vice (respectivamente) do CAP.

O evento terá início às 9 horas, e acontecerá no Auditório Antônio de Farias Capistrano, localizado no interior do Campus Avançado de Patu.

Campus tem cumprido o seu papel social

A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN, através do Campus Avançado de Patu - CAP tem cumprido o seu papel de ofertar gratuitamente, com qualidade, o ensino superior às populações de Patu e de dezenas de outros Municípios do interior do Rio Grande do Norte e também do vizinho Estado da Paraíba.

Atualmente são ofertados quatro graduações no CAP, a saber: Pedagogia, Matemática, Ciências Contábeis e Letras.

No entanto, é pensamento comum que a região tem uma demanda que comporta mais cursos.

Aumentar o número de cursos superiores ofertados no CAP/UERN tem sido, por sinal, uma reivindicação constante dos que dirigem a unidade e de setores de fora da Univeridade, e certamente será também uma bandeira de luta da nova diretoria que tomará posse no vindouro dia 27 de dezembro.

Patu e Messias Targino

Paróquia divulga a programação de celebrações natalinas

Para os fiéis cristãos-católicos, o Natal é a maior festa religiosa do ano. E não poderia ser diferente, afinal, trata-se da festa do nascimento de Jesus Cristo, que há exatos 2013 anos vinha ao mundo para trazer uma nova e belíssima mensagem.

E é nesse espírito de festa que a Paróquia de Nossa Senhora das Dores, cuja área pastoral compreende os Municípios de Patu e Messias Targino, prepara-se para celebrar mais um Natal.

Nesta terça-feira, 24 de dezembro (véspera do dia de Natal), serão celebradas missas nos seguintes locais e horários:
18 horas - Capela de Nossa Senhora das Graças, em Messias Targino;
19 horas e 30 minutos - Santuário de Nossa Senhora dos Impossíveis, na Serra do Lima, em Patu;
21 horas - Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores, no centro de Patu.

Na quarta-feira, 25 de dezembro (Natal), as celebrações serão as seguintes:
9 horas - Romaria de Natal, no Santuário de Nossa Senhora dos Impossíveis, em Patu;
17 horas - Missa na Capela de São João Batista, no Conjunto João Pereira, Patu;
19 horas - Missa na Capela de Santa Terezinha, no Bairro Santa Terezinha, Patu.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Campo Grande-RN

Uso de capacete por motociclistas será fiscalizado

O Município de Campo Grande, no Médio Oeste do Rio Grande do Norte, é um dos tantos do Brasil onde ainda é possível ao motociclista conduzir sua moto ou ficar na garupa da moto de alguém sem utilizar o capacete, um equipamento que, pelo Código de Trânsito Brasileiro, é de uso obrigatório há muito tempo.

Mas essa prática tem data anunciada para ter fim na Terra de Santana do Oeste potiguar. É que, segundo a Companhia de Polícia Militar (CPM) de Campo Grande, subunidade do Décimo Batalhão de Polícia Militar do Rio Grande do Norte (10º BMP/RN), que tem sede em Assu, a partir de 1º de janeiro de 2014 será exigido o uso de capacete por quem circular de moto pelo Município, seja na condução, seja na garupa.

Até lá, a Polícia Militar realizará um trabalho educativo, sem punição, já iniciado.

A medida tem sido amplamente divulgada pela mídia e através de anúncios espalhados por prédios públicos da cidade de Campo Grande.

Resta saber se a medida será também aplicada nos dois outros Municípios da Comarca de Campo Grande, que são Triunfo Potiguar e Paraú.

Campo Grande segue outros exemplos recentes

Noutras Comarcas do Rio Grande do Norte, como Caraúbas e Patu, onde se permitia aos motociclistas o não-uso do capacete, recentemente o uso foi tornado "obrigatório" e passou a ser fiscalizado.

Um dos problemas para a eficiência dessa fiscalização, para alguns, reside no fato de que não há policiais de trânsito, com atribuições específicas para a fiscalização de trânsito, para realizar a referida fiscalização.

No entanto, policiais militares que não são lotados nos órgãos de Polícia Rodoviária vêm realizando a fiscalização de trânsito nesses Municípios.

Em Patu e Messias Targino, onde o uso do capacete se tornou prática mais recente, a lei, neste aspecto, vem sendo cumprida à risca.

Na Comarca de Patu, o juiz de Direito Valdir Flávio Lobo Maia baixou portaria determinando que seja cumprido o Código de Trânsito Brasileiro quanto ao uso do capacete, e a Companhia de Polícia Militar (CPM) patuense tem sido rigorosa na fiscalização da medida.

No Município de Messias Targino, o Destacamento Policial Militar (DPM), sob o comando do sargento Flávio de Freitas Oliveira, tem feito uma eficiente fiscalização.

Vez por outra uma guarnição de policiais de trânsito lotados em Pau dos Ferros, sede do Sétimo Batalhão de Polícia Militar do Rio Grande do Norte (7º BPM/RN), comparece à Comarca de Patu, onde realiza um ou dois dias seguidos de fiscalização.

Como todos esses Municípios (Patu, Messias Targino e Campo Grande) são cortados pela Rodovia BR 226, vez por outra, principalmente em fins de semana, eles recebem a presença da Polícia Rodoviária Federal - PRF, que geralmente costuma conduzir à Delegacia de Polícia Civil competente alguns infratores das regras criminais existentes no Código de Trânsito Brasileiro.

Só urgências!

Poder Judiciário está em recesso

Teve início nesta sexta-feira, 20 de dezembro, o recesso do Poder Judiciário, que se estenderá até o dia 06 de janeiro do próximo ano.

No Rio Grande do Norte, o recesso acontece na Justiça Estadual (Tribunal de Justiça potiguar e Comarcas), na Justiça Federal (Varas Federais), na Justiça do Trabalho (Tribunal Regional do Trabalho e Varas do Trabalho) e na Justiça Eleitoral (Tribunal Regional Eleitoral e Zonas Eleitorais).

Até lá, somente os casos de urgências serão analisados por magistrados plantonistas.

Depois do recesso, os prazos processuais estarão suspensos no âmbito da Justiça Estadual e da Justiça do Trabalho durante o período de 7 a 20 de janeiro de 2014.

A medida atende a pleito da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do Rio Grande do Norte (OAB/RN) e tem por objetivo propiciar aos advogados um período de “férias”.

Ministério Público Estadual adere ao recesso

O Ministério Público do Rio Grande do Norte – MPRN também decidiu aderir ao recesso, no mesmo período daquele estabelecido pelo Poder Judiciário.

Desde esta sexta-feira, 20 de dezembro, as Promotorias de Justiça fecharam suas portas e deixarem de funcionar, e assim ficarão até o dia 06 de janeiro de 2014.

O plantão dos promotores de Justiça segue a escala de plantões do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte - TJRN. Ou seja, estará de plantão o promotor que atue junte à Vara respectiva que também estiver em regime de plantão.

Saiba onde procurar a Justiça durante o recesso

Para estabelecer os plantões por Comarcas, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte – TJRN as agrupou em Regiões.

No caso da Comarca de Patu, que compreende os Municípios de Patu e Messias Targino, ela está inserida na Região XI, que tem ainda as Comarcas de Almino Afonso, Apodi, Campo Grande, Caraúbas, Janduís e Upanema.

Neste dia 20 (sexta), o juízo de Direito plantonista foi o do Juizado Especial Cível e Criminal da Comarca de Apodi.

Neste sábado, 21, o plantão fica a cargo da Vara Única da Comarca de Campo Grande-RN.

Para os demais dias, confira o cronograma traçado e publicado pelo TJRN:

. 22 de dezembro de 2013 (domingo) – Vara Única da Comarca de Caraúbas;
. 23 de dezembro de 2013 (segunda-feira) – Vara Única da Comarca de Janduís;
. 24 de dezembro de 2013 (terça-feira, véspera de Natal) – Vara Única da Comarca de Patu;
. 25 de dezembro de 2013 (quarta-feira, Natal) – Vara Única da Comarca de Umarizal;
. 26 de dezembro de 2013 (quinta-feira) – Vara Única da Comarca de Upanema;
. 27 de dezembro de 2013 (sexta-feira) – Vara Única da Comarca de Almino Afonso;
. 28 de dezembro de 2013 (sábado) – Vara Cível da Comarca de Apodi;
. 29 de dezembro de 2013 (domingo) – Vara Criminal da Comarca de Apodi;
. 30 de dezembro de 2013 (segunda-feira) – Juizado Especial Cível e Criminal da Comarca de Apodi;
. 31 de dezembro de 2013 (terça-feira) – Vara Única da Comarca de Campo Grande;
. 1º de janeiro de 2014 (quarta-feira, Confraternização Universal) – Vara Única da Comarca de Caraúbas;
. 02 de janeiro de 2014 (quinta-feira) – Vara Única da Comarca de Janduís;
. 03 de janeiro de 2014 (sexta-feira) – Vara Única da Comarca de Patu;
. 04 de janeiro de 2014 (sábado) – Vara Única da Comarca de Umarizal;
. 05 de janeiro de 2014 (domingo) – Vara Única da Comarca de Upanema;
. 06 de janeiro de 2014 (segunda-feira) – Vara Única da Comarca de Almino Afonso.

Para saber sobre os plantões de outras Regiões e Comarcas, acesse a página virtual do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (www.tjrn.jus.br).

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Santa Luzia de Mossoró

Encontro e reencontro com nossa identidade

Carlos Santos

“Mossoró com alegria… saúda Santa Luzia!”

Chegou o dia de nossa padroeira.

À memória, lembrança do brado de padre Américo Simonetti puxando multidões, numa força catalisadora.

Lembrança da infância: da roupa nova que eu só podia estrear na festa, das novenas, de padre Huberto Bruenning; do algodão doce e parque de diversões…

… Lembrança de Seu Mané e A Mais Bela Voz; do The Pop Som, dos primeiros flertes na “Praça do Cid” e da procissão grandiosa.

Lembrança dos leilões, pescaria e tiro ao alvo… da volta para casa, tranquilo, sem temor de ser molestado pela violência.

Lembrança da fé nos olhos, lacrimejantes, de minha mãe. Do terço envolto em sua mão firme…

Da fé incontida, que levava milhares de nós à romaria, para encontro e reencontro com nossa identidade.

O dia ainda orvalhado não se encontrou com o sol onipresente do meu sertão.

Mas hoje, o astro-rei sabe que vai ser apenas súdito da santinha em minha terra.

Amém!

Carlos Santos é jornalista e blogueiro.

Fonte: www.blogdocarlossantos.com.br

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Mossoró com alegria saúda Santa Luzia!

Vai chegando ao fim a Festa de Santa Luzia

Todos os dias, desde o início do mês, a Catedral de Santa Luzia, no centro de Mossoró, encontra-se absolutamente cheia durante as celebrações (missas e novenas). Antes das novenas, fiéis cristãos-católicos disputam assentos na Catedral.

A Festa de Santa Luzia, a maior festa religiosa do Rio Grande do Norte, vai chegando ao fim. Esta sexta-feira, 13 de dezembro, marcará o encerramento das festividades da padroeira de Mossoró.


 


Santa Luzia (reprodução do Blog da Diocese)

Com o tema "Ver com os olhos da Caridade", a Festa de Santa Luzia será encerrada com a tradicional Procissão. Milhares de fiéis e romeiros são esperados para o encerramento da Festa.

Os romeiros serão acolhidos na Escola de Artes e receberão da organização do evento café da manhã e almoço.


Imagem da procissão em edição anterior da Festa


Para facilitar o acesso dos fiéis à procissão de Santa Luzia, neste dia 13 de dezembro as empresas de transporte coletivo cobrarão preços populares de R$ 1,50 (um real e cinqunta centavos) por passagem em todos os ônibus.

Além disso, haverá um reforço de dez veículos na frota atual para o dia da procissão. Esses ônibus extras ficarão na Avenida Cunha da Mota, ao lado da “Praça da Gazeta”.

O ponto inicial da procissão será a Capela de Nossa Senhora Medianeira, na Rua Sérvulo Marcelino, Bairro Planalto 13 de Maio. Neste ano, o percurso, que seguirá pela Avenida Presidente Dutra, será de 3.450 metros.

A Paróquia de Santa Luzia orienta os motoristas a estacionarem seus carros no Centro e seguirem de ônibus ou táxi até o início da procissão. A partir das 15 horas, o acesso pela Avenida Presidente Dutra, no Bairro Alto de São Manoel, será liberado apenas para ambulâncias, ônibus, táxis e mototaxistas legalizados.



Marca da Festa, que remete à lembrança do padre Américo Simoneti (falecido)


Várias celebrações acontecerão nesta dia 13

A celebração da fé dos fiéis e romeiros de Santa Luzia acontecerá com muita intensidade neste dia 13 de dezembro, dia da Padroeira de Mossoró.

Serão celebradas sete missas neste dia 13. A primeira será à meia-noite, com a chegada da Moto Romaria. Bem cedo, às 5 horas, será celebrada a segunda Missa dos Romeiros. Às  às 6 horas e 30 minutos, haverá a terceira Missa dos Romeiros. Às 8 horas, haverá a quarta Missa dos Romeiros.

Às 10 horas, será celebrada a Missa Solene da Festa, presidida pelo Bispo Dom Mariano Manzana.

Todas essas celebrações acontecerão na Catedral de Santa Luzia, no centro de Mossoró.

Às 13 horas, acontecerá, ainda na Catedral, a sexta Missa dos Romeiros, e às 15 horas será celebrada a Sétima e última Missa dos Romeiros. O detalhe é que esta celebração será realizada simultaneamente na Catedral de Santa Luzia e na Capela de Nossa Senhora Medianeira, no Planalto 13 de Maio.

A solenidade de encerramento ocorrerá após a chegada da procissão e contará com a presença de padres da Diocese de Santa Luzia e autoridades políticas.

Após os pronunciamentos e o encerramento da Festa pelo bispo diocesano Dom Mariano Manzana, haverá a última apresentação do Oratório de Santa Luzia, um belíssimo espetáculo apresentado no ádrio da Catedral de Santa Luzia, ao ar livre.

A postagem tem informações e imagens do Blog da Diocese de Santa Luzia, de Mossoró.

domingo, 8 de dezembro de 2013

Direito e Cidadania

Devo, não nego, pago quando puder
A expressão popular descreve a situação financeira de muitos consumidores brasileiros diante dos bancos, financeiras, prestadoras de serviço e comércio em geral. 

Dados recentes da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, realizada pela Confederação Nacional do Comércio, revelam que o percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso subiu em novembro de 2013, em comparação com o mesmo mês de 2012.

Já a Serasa Experian, empresa especializada na administração de informações de crédito, divulgou que, no acumulado de janeiro a outubro de 2013, o índice de inadimplência do consumidor recuou0,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior, a primeira queda desde o início da apuração, em 1999.

Em outra pesquisa, realizada em 2012 com aproximadamente mil consumidores, a Serasa Experian apontou que 25% dos entrevistados se declararam inadimplentes. Destes, 38% admitiram não ter ideia do valor total das contas ou parcelas em atraso. E 60% dos devedores afirmaram que normalmente falta dinheiro no fim do mês e quase a metade de sua renda mensal está comprometida com dívidas.

As constantes ofertas de crédito e facilidades de pagamento divulgadas diariamente incentivam os consumidores a assumir compromissos além de sua capacidade e acabam por levar grande número deles aos temidos cadastros de inadimplentes. Muitas dessas situações chegam ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Obrigação do credor


Em recente julgamento, a Quarta Turma do STJ concluiu que o ônus de baixar a inscrição do nome do consumidor nos cadastros de proteção ao crédito é do credor, e não do devedor. A tese foi aplicada no Agravo em Recurso Especial (AREsp) 307.336, cujo relator foi o ministro Luis Felipe Salomão.

O recurso envolveu a Sul Financeira e um consumidor cujo nome foi mantido indevidamente em cadastros de proteção ao crédito. Os ministros mantiveram o entendimento do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que condenou a financeira a pagar indenização no valor de R$ 5 mil ao consumidor, por danos morais, em virtude da não retirada imediata do seu nome dos cadastros.

Salomão invocou o artigo 43, parágrafo 3º, e o artigo 73, ambos do Código de Defesa do Consumidor (CDC), para embasar sua conclusão. Esse último dispositivo caracteriza como crime a falta de correção imediata dos registros de dados e de informações inexatas a respeito dos consumidores.

Correção dos registros

A posição a respeito da obrigação do credor de providenciar a retirada do nome do devedor dos cadastros de inadimplentes, após a quitação da dívida, é entendimento pacífico nas Turmas que compõem a Segunda Seção, conforme o exposto pela ministra Nancy Andrighi no Recurso Especial (REsp) 1.149.998.

O recurso envolveu um consumidor e a empresa de telefonia e internet Global Village Telecom – GVT. Após ter conhecimento de que seu nome havia sido incluído em cadastro de inadimplentes, o recorrente quitou o débito que originou a inscrição. Decorridos 12 dias, o consumidor fez pedido de cartão de crédito a uma instituição financeira mas a solicitação foi rejeitada, pois seu nome ainda fazia parte dos registros do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), em virtude do débito quitado com a GVT.

Tal situação gerou o ajuizamento de ação de indenização por danos morais pelo cliente.
Ao se pronunciar sobre a lide, o tribunal gaúcho afirmou que as providências a serem tomadas para retirada do nome dos cadastros de inadimplentes cabiam ao autor, sendo exigido do credor “tão somente a conduta de não impor embaraços, o que se entende por satisfeito pelo fornecimento de recibo a autorizar a baixa do assento”.

Entretanto, de acordo com a ministra Nancy Andrighi, a melhor interpretação do artigo 43, parágrafo 3º, do CDC é a de que, uma vez regularizada a situação de inadimplência do consumidor, deverão ser imediatamente corrigidos os dados constantes nos órgãos de proteção ao credito, sob pena de ofensa à própria finalidade dessas instituições, visto que elas não se prestam a fornecer informações inverídicas a quem delas necessite.

“Induvidoso, portanto, que cabia à GVT ter procedido à baixa do nome do recorrente nos registros do SPC”, afirmou.

Prazo

Ao dizer que a correção deve ser feita “imediatamente” ou “em breve espaço de tempo”, por vezes, os julgados deixam dúvidas quanto ao prazo a ser considerado pelo consumidor para cobrar de maneira legítima a efetiva exclusão do seu nome dos cadastros de inadimplência. Da mesma forma, os credores ficam sem um balizador para adequar seus procedimentos internos, de modo a viabilizar o cumprimento da exigência.

A solução pode ser extraída do próprio parágrafo 3o do artigo 43, conforme explica a ministra, pois ele estabelece que “o consumidor, sempre que encontrar inexatidão nos seus dados e cadastros, poderá exigir sua imediata correção, devendo o arquivista, no prazo de cinco dias úteis, comunicar a alteração aos eventuais destinatários das informações incorretas”.

Dessa forma, “é razoável que o prazo de cinco dias do artigo 43, parágrafo 3o, do CDC norteie também a retirada do nome do consumidor, pelo credor, dos cadastros de proteção ao crédito, na hipótese de quitação da dívida. Por outro lado, nada impede que as partes, atentas às peculiaridades de cada caso, estipulem prazo diverso do ora estabelecido, desde que não se configure uma prorrogação abusiva desse termo pelo fornecedor em detrimento do consumidor”, ponderou Nancy Andrighi.

Após a demonstração da negligência da GVT na exclusão do nome do recorrente dos cadastros, o STJ aplicou o entendimento consolidado, segundo o qual “a inércia do credor em promover a atualização dos dados cadastrais, apontando o pagamento e, consequentemente, o cancelamento do registro indevido gera o dever de indenizar, independentemente da prova do abalo sofrido pelo autor, sob forma de dano presumido”, conforme preconizado no REsp 957.880, de relatoria do ministro Villas Bôas Cueva.

Notificação prévia

Em julgado de relatoria da ministra Isabel Gallotti (AREsp 169.212), a Quarta Turma entendeu que a Serasa e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), quando importam dados do Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF) do Banco Central (Bacen) para inscrição do nome do consumidor em seus cadastros, têm o dever de expedir notificação prévia.

O recurso tratava de demanda entre um consumidor e o Banco Itaú. O correntista afirmou que era nula a sua inscrição nos cadastros restritivos de crédito, pois ele não havia sido comunicado previamente pelo Itaú. Entretanto, a tese adotada pelo STJ é de que a obrigação de comunicar a inscrição em órgão de proteção ao crédito “é da entidade cadastral e não do credor”, ressaltou a ministra.

De acordo com Gallotti, o disposto no artigo 43 do CDC, apontado por violado no recurso especial, dirige-se à entidade mantenedora do cadastro de proteção ao crédito e não ao credor ou à instituição bancária.

O entendimento adotado pela Corte foi o mesmo ao julgar recurso que questionava o ressarcimento de um cliente por danos morais, em razão da falta de comunicação prevista no artigo 43, parágrafo 2º, do CDC. Nesses casos, o STJ entende que a legitimidade para responder por dano moral é do banco de dados ou da entidade cadastral, aos quais compete fazer a negativação que lhe é solicitada pelo credor (Ag 903.585).

Após consolidar a jurisprudência sobre esse ponto, o STJ editou a Súmula 359, que dispõe que a entidade mantenedora do cadastro de proteção ao crédito é que deve notificar o devedor antes de proceder à inscrição.

Recurso repetitivo

Em virtude da multiplicidade de recursos que discutiam indenização por danos morais decorrentes de inscrição do nome do devedor nos cadastros de restrição ao crédito com ausência de comunicação prévia, em especial nos casos em que o devedor já possui outras inscrições nos cadastros, o REsp 1.061.134 foi utilizado como representativo de controvérsia e julgado de acordo com o artigo 543-C do Código de Processo Civil.

O recurso versava sobre o caso de um consumidor que pediu o cancelamento do registro de seu nome dos cadastros de inadimplentes e pleiteou danos morais em razão da falta de prévia comunicação pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL). O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul não acolheu os pedidos, pois considerou que o devedor possuía diversos registros desabonadores, que evidenciavam a reiteração da conduta.

Legitimidade

O recurso serviu para a consolidação de alguns entendimentos sobre legitimidade para responder em ação de reparação de danos, caracterização do dever de indenizar e inadimplência contumaz.

Sob a relatoria da ministra Nancy Andrighi, a Segunda Seção firmou o entendimento de que a entidade que reproduz ou mantém cadastro com permuta de informações entre bancos de dados pode responder em ação indenizatória.

Nesses casos, “o órgão que efetuou o registro viabiliza o fornecimento, a consulta e a divulgação de apontamentos existentes em cadastros administrados por instituições diversas com as quais possui convênio, como ocorre com as Câmaras de Dirigentes Lojistas dos diversos estados da federação entre si”, observou a ministra.

O colegiado firmou a posição de que o Banco Central não é parte legítima para responder em ações de indenização por danos morais e materiais pelo fato de manter o CCF, pois o cadastro é de consulta restrita. Segundo a relatora, os dados do CCF apenas podem ser acessados em virtude da reprodução de seu conteúdo por outras mantenedoras de cadastros restritivos de crédito.

Dano moral

No mesmo recurso, a Segunda Seção pacificou a tese de que, para a caracterização do dever de indenizar, é suficiente a ausência de prévia comunicação, mesmo quando existente a dívida que gerou a inscrição. “O objetivo da notificação não é comunicar o consumidor da mora, mas sim propiciar-lhe o acesso às informações e preveni-lo de futuros danos”, explicou Nancy Andrighi.

Todavia, o dever de indenizar sofre tratamento específico quando o consumidor possui inscrições preexistentes, regularmente realizadas em cadastros restritivos de crédito. O pensamento foi inaugurado no julgamento do REsp 1.002.985, de relatoria do ministro Ari Pargendler, que considerou que “quem já é registrado como mau pagador não pode se sentir moralmente ofendido pela inscrição do seu nome como inadimplente em cadastros de proteção ao crédito”.

Inadimplente contumaz

A existência de outras inscrições em nome do devedor afasta, portanto, o dever de indenizar por danos morais. De acordo com Pargendler, para que seja caracterizado o dano moral, “haverá de ser comprovado que as anotações anteriores foram realizadas sem a prévia notificação do interessado”.

Nesse sentido foi julgado o REsp 1.144.272, de relatoria da ministra Isabel Gallotti. O recorrente teve seu nome inscrito em cadastro de inadimplentes, sem notificação prévia, em virtude da emissão de dez cheques sem fundos em apenas um mês.

O Tribunal de Justiça da Paraíba considerou indevida a indenização por danos morais decorrente da inscrição irregular, quando o devedor já possui anotações anteriores. E determinou apenas a exclusão de seus dados do cadastro de maus pagadores.

Insatisfeito, o devedor recorreu ao STJ. Alegou que tinha direito à indenização. O STJ ratificou a tese do tribunal de origem, pois entende que a ausência de prévia comunicação ao consumidor atrai a compensação por danos morais, salvo quando preexista inscrição desabonadora regularmente realizada.

No julgamento, foi citada a Súmula 385, que dispõe que, da anotação irregular em cadastro de proteção ao crédito, não cabe indenização por dano moral quando preexistente legítima inscrição, ressalvado o direito ao cancelamento do registro.

Matéria Especial da Assessoria de Comunicação do STJ.

Fonte: www.stj.jus.br