Presidente da OAB critica comemorações pelos 55 anos do golpe militar de 1964
O presidente nacional da OAB, Felipe Santa Cruz, teceu críticas à
postura daqueles que comemoram com saudosismo o golpe militar de 1964,
episódio que inaugurou o período de 21 anos de ditadura no Brasil. No
próximo dia 31 de março, completam-se 55 anos de perpetração do golpe.
“Em
um cenário de crise econômica, com quase 13 milhões de desempregados, é
preciso olhar para a frente e tratar do que importa: o futuro do povo
brasileiro. Comemorar a instalação de uma ditadura que fechou
instituições democráticas e censurou a imprensa é querer dirigir olhando
para o retrovisor, mirando uma estrada tenebrosa. Não podemos dividir
ainda mais uma nação já fraturada: a quem pode interessar celebrar um
regime que mutilou pessoas, desapareceu com seus inimigos, separou
famílias, torturou tantos brasileiros e brasileiras, inclusive mulheres
grávidas? Não podemos permitir que os ódios do passado envenenem o
presente, destruindo o futuro”, apontou Santa Cruz.
A
Defensoria Pública da União pediu que a Justiça Federal em Brasília
proíba o governo de realizar quaisquer comemorações sobre o golpe
militar de 1964 e que impeça a União de efetuar qualquer gasto público
para esta finalidade sob pena de multa.
Já a Procuradoria
Federal dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal afirmou
que a comemoração do golpe militar de 1964 merece "repúdio social e
político" e pode configurar improbidade administrativa. Também há uma
ação popular para impedir as comemorações.
Texto: Assessoria de Imprensa da OAB Nacional.
Fonte: www.oab.org.br.
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