Em Conferência Nacional, OAB emite nota de desagravo a advogada
Porto Seguro (BA) – Na última sexta-feira, 20 de março, durante a I Conferência Nacional do Jovem Advogado, realizada em Porto Seguro, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB, a Seccional da OAB da Bahia (OAB-BA) e a Subseção da OAB de Porto Seguro desagravaram publicamente a advogada Inahani Santos Confolonieri, ofendida no exercício profissional pela juíza titular da Vara do Trabalho de Porto Seguro.
O vice-presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, classificou o ato de desagravo como um dos momentos mais lindos da profissão do advogado. “Inahani, estou com a voz embargada porque você nos deu, mesmo ainda jovem, um grande exemplo de respeito para com a nossa profissão. Quem desrespeita um advogado, não desrespeita somente os 850 mil integrantes da classe, mas desrespeita a democracia e a cidadania”, apontou o dirigente.
“Quem atenta contra a independência e a liberdade do advogado, atenta contra o próprio Estado Democrático de Direito”, continuou Cláudio Lamachia, que ainda disse: “A maturidade de uma democracia se explica pelo respeito das autoridades às normas constitucionais. O agente público deve agir sempre em nome do cidadão, pelo cidadão e em respeito ao cidadão, jamais confundindo autoridade com autoritarismo”.
Luiz Viana, presidente da seccional da OAB na Bahia, usou uma metáfora para simbolizar a luta pela valorização do advogado: “Juntos enfrentamos as onças, mas sozinhos viramos comida delas”. O conselheiro federal pela OAB-BA, Maurício Santos, que preside a Comissão de Prerrogativas da Seccional baiana, leu o ato de desagravo à advogada e lembrou que faltou urbanidade e civilidade por parte da magistrada da Justiça do Trabalho.
Bastante emocionada, a advogada Inahani agradeceu à Ordem pela postura. “Meu sincero ‘obrigada’ ao presidente de minha subseção, José Arruda, porque se mostrou um profissional de palavra e jamais me abandonou. Ao Luiz Viana e ao Fabrício Oliveira, por igual, bem como o Conselho Federal da OAB, pela unanimidade no reconhecimento. Se for pra tomar partido, tomo por parte dos 850 mil guerreiros que somos. Nasci advogada e muito me orgulho desta profissão”, disse a advogada após o desagravo.
Infelizmente, fatos como esse vez por outra acontecem, esquecendo os ofensores da advocacia o está expresso no artigo 133 da Constituição Federal, segundo o qual o advogado é indispensável à administração da Justiça.
No tripé juiz, representante do Ministério Público e advogado, não há hierarquia.
Com informações da OAB (www.oab.org.br)
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