O jogo nunca termina
Alcimar Antônio de Souza
Diferentemente do que ocorre no futebol, no voleibol, no basquete ou noutra modalidade esportiva em que cada partida é tida como um jogo e tem um resultado definitivo ao seu final, na política o jogo nunca acaba.
De tempos em tempos
somos chamados a comparecer às urnas eleitorais para exercermos o nosso direito
(para alguns, direito-dever) de escolha quanto às pessoas que nos representarão
nos poderes constituídos por quatro anos.
Neste domingo, 26 de
outubro, mais uma vez voltaremos aos locais de votação, para exercitarmos esse “direito”.
De uma vez só, escolheremos,
ao menos nessa terra herdada dos índios potiguaras, cariris, tapuias, nanduís
(ou janduís) e monxorós, governador e presidente ou presidenta da República.
Por dever de
consciência, devemos sair de casa com a certeza de quem realmente serão nossos
escolhidos, para que não passemos quatro anos arrependidos nem também ouvindo dos “caciques”
da política (que não são tão simplórios quanto os caciques das tribos dos povos
citados anteriormente) aquelas velhas e esfarrapadas desculpas, de que foram
enganados, de que acreditaram em quem não deviam, etc.
Num Brasil transformado
para melhor nesses últimos doze anos, em que os veículos “pau-de-arara” que
carregavam os estudantes às escolas deram lugar a ônibus modernos, em que os estudantes
têm várias opções para aprender, em que pequenos agricultores e pequenos
empreendedores têm agora atenção especial e créditos disponíveis, enfim, num
Brasil que perdeu muito dos traços feudais que o marcavam até doze anos atrás, o
conceito de democracia ficou mais próximo da ideia de cidadania.
Muito foi melhorado e
muito há para melhorar. Muito foi feito nessas mais de duas décadas, mas muito
ainda está por fazer.
Nesse momento de
escolhas, mais que pessoas escolheremos projetos. E devemos tirar da mente,
nesse momento de escolhas, as manipulações que nos são passadas por uma grande
imprensa que, infelizmente, ainda teima em querer fazer ressurgir os monstros
do passado, num “beija-mão” de causar vergonha, como se a imprensa não pudesse –
como deveria – ser livre.
Neste domingo, 26, o
jogo da democracia continua. Em campo estaremos todos nós, e como troféus estarão
não as vitórias de cada candidato ou candidata, mas o nosso destino e o destino
da nação brasileira.
Esse jogo, como dito,
nunca termina. A ele seremos chamados muito em breve. Neste domingo,
participaremos apenas de mais um round,
de tantos outros que são necessários para que nos aperfeiçoemos como eleitores
e cresçamos (ou não) como cidadãos e em dignidade. Tudo dependerá daquilo que
apertarmos na maquininha da Justiça Eleitoral.
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