Rodovia tem problemas que parecem sem fim
Na maior parte do seu trecho já pavimentado, a Rodovia BR 226 é relativamente nova. Partindo de Natal, ela atravessa parte da região do Trairi, do Seridó e chega ao Médio Oeste no Município de Triunfo Potiguar, de onde parte para Campo Grande, Janduís, Messias Targino, Patu, Almino Afonso e daí até Pau dos Ferros, já no Alto Oeste norte-riograndense.
De Pau dos Ferros, o seu destino será o Ceará e, de lá, o Estado do Maranhão, no Município de Porto Franco. Nesse itinerário, o asfalto já passou da maior cidade do Alto Oeste do Rio Grande do Norte, devendo em breve chegar ao Vale do Jaguaribe, no vizinho Estado do Ceará.
No entanto, embora a maior parte do trecho seja nova ou construída há pouco tempo, a BR 226 tem problemas repetidos e que não recebem a atenção do DNIT - Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes.
O subtrecho da BR 226 que passa por Trifunfo Potiugar, Campo Grande, Janduís, Messias Targino, Patu e Almino Afonso, no Oeste potiguar, vez por outra é recapeado ou recebe reparos à base da conhecida "operação tapa-buracos". O problema é que os buracos voltam a existir com muita facilidade, inclusive em locais que tinham recebido novo asfalto, como aconteceu na altura do Km 320, próximo a Messias Targino, no subtrecho Janduís-Messias Targino. Ali apareceram buracos onde o novo asfalto foi colocado muito recentemente.
No Municípío de Campo Grande, os buracos também aparecem com muita facilidade na pista de rolamento da BR 226, inclusive ou principalmente em locais que haviam recebido reparo asfáltico, que não tem se mostrado de boa qualidade.
Próximo a chegar à cidade de Messias Targino, no sentido Janduís-Messias Targino, e daí até próximo à cidade de Patu, a rodovia não tem acostamento, o que aumenta a possibilidade de acidentes.
Na sua parte que atravessa a zona urbana de Messias Targino, a BR 226 tem sido palco de muitos acidentes, alguns inclusive com vítimas fatais. A Prefeitura de Messias Targino já formulou ao DNIT a construção de redutores de velocidade na parte da BR 226 que atravessa a cidade, mas a autarquia federal deu o silêncio por resposta.
Próximo à cidade de Patu, um percurso de cerca de cem metros da BR 226, atingido pelas chuvas de 2008, desde então não foi mais recuperado no mesmo padrão do restante da rodovia, existindo ali apenas uma fina camada de óleo, que periodicamente - como agora - fica cheia de buracos.
No subtrecho Messias Targino-Patu-Almino Afonso, alguns proprietários de imóveis rurais situados às margens da BR 226, num gesto de desmedida ganância, levaram as cercas que limitam as suas propriedades para muito próximo da rodovia, invadindo a faixa de terra já pertencente à União.
As cercas de madeira e arame farpado ficam a no máximo dois ou três metros do asfalto, aumentando consideravelmente a possibilidade de acidentes, sem se falar que esses proprietários estão se apossando indevidamente de terras que agora pertencem à União.
Do Município de Almino Afonso até próximo ao Município de Pau dos Ferros, a BR 226 fica praticamente sem acostamento asfáltico. Ele até foi construído, mas a mata de caatinga avançou sobre o pista, deixando-a, em alguns locais, até bem estreita.
A falta ou deficiência de sinalização em vários subtrechos da BR 226 é outro problema grave, principalmente para motoristas que precisam trafegar durante a noite, aumentando-se tal problema em dias de chuva, quando a perfeita sinalização ajuda bastante na visibilidade do motorista.
Situação comum a toda a extensão da BR 226 em solo potiguar é a existência de animais sobre a pista de rolamento ou muito próximo a esta. Conjugando-se essa presença de animais ao fato de existirem muitos buracos em vários locais da rodovia e ao fato de a vegetação nativa da região estar invadindo a pista em vários lugares, chega-se a uma possibilidade enorme de aumento no número de acidentes.
Diante de tantos problemas, o DNIT se faz omisso, pois, no máximo, faz o recapeamento de alguns trechos ou o conhecido "tapa-buracos" em outros, sempre através de empresas terceirizadas, sem atentar para a qualidade do serviço e, principalmente, para os demais problemas que afetam essa importante rodovia federal.
Para completar, a falta de fiscalização por parte da Polícia Rodoviária Federal - PRF contribui para que armas, drogas e veículos furtados ou roubados possam ser conduzidos muito facilmente por toda a extensão da BR 226, o que contribui sobremaneira para o aumento da criminalidade em todo o o Rio Grande do Norte.
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